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Nova liga permite que carros fiquem mais fortes ao tomar sol

Cientistas descobriram um novo processo que pode levar em breve à produção de carros de alumínio e aviões que, quanto mais tempo ficam “assando” ao sol, mais fortes ficam.

O pesquisador Roger Lumley, do laboratório de Metais Elaborados Transformados do CSIRO (Pesquisa Científica e Industrial da Comunidade Britânica), na Austrália, diz que o novo processo envolve a “cura” (endurecimento por idade) do alumínio a um ponto em que o processo pode ser completado pela exposição à luz solar em vez de em um forno.

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“Descobrimos que se o processo de envelhecimento por altas temperaturas usado para endurecer os componentes de alumínio, como moldes ou partes do motor, é interrompido, e então o material é levado para um processo secundário em temperatura ambiente, ele aumenta sua resistência em 20%”, diz Lumley.

Ao mesmo tempo, o ponto de “energia-total-até-a-ruptura” também pode ser extendido dramaticamente (até 800%), resultando em carros mais seguros com zonas de impacto capazes de absorver muito mais energia enquanto se deforma ou se rompem no impacto.

“Desenvolvemos dois tratamentos de calor que superam o problema de envelhecimento ou aumento a força do alumínio, e reduzindo sua resistência à fraturas, ou vice-versa”, diz Lumley.

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“Ligas de alumínio usadas nas indústrias automotiva, de construção civil e aeroespacial são tipicamente endurecidas pelo envelhecimento -isto é, elas são reforçadas depois de sua formação inicial em um processo de cura, ou por altas temperaturas em um grande forno.”

O método produz um leque de tempos de cura para ligas de alumínio. O exemplo é o tratamento mais comum, que gera as ligas mais fortes, chamado de T6.

Para gerar as propriedades de tensão requeridas para aplicações estruturais, o alumínio tratado pelo T6 fica de 6 a 8 horas em temperaturas de 150 a 170°C.

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“O tratamento que criamos reduz significativamente o tempo de cura por altas temperaturas para cerca de uma hora, e usa o clima quente da Austrália para completar o processo”, explica.

“Isso significa que as partes da carroceria feitas em alumínio, por exemplo, podem ser montadas e pintadas, e que continuarão a se fortalecer no sol”.

De acordo com o gerente industrial do instituto, Barrie Finnin, resultados ainda melhores podem ser obtidos usando outro processo criado pelo CSIRO em que, depois de várias horas em temperatura ambiente, o material é submetido novamente ao forno.

“Uma aplicação provável para nosso processo seria a produção de carenagens para aviões e outras aplicações aeroespaciais, em que a redução de peso e alta resistência são cruciais.”

Ambas as técnicas oferecem ganhos consideráveis em tempo e uso de energia sobre as técnicas convencionais, e, em muitos casos, não requerem equipamento adicional.

Os cientistas do CSIRO dizem que as vantagens do novo processo para a indústria são enormes.

Não somente os produtores de ligas de alumínio aumentam a resistência de seus produtos enquanto economizam energia, mas também o processo permite uma rotatividade mais alta de produtos prontos.

A tecnologia agora está em avaliação pela Forgecast Australia Pty, siderúrgica australiana que produz componentes metálicos não-ferrosos.

TECHtalk.com.br

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