Depois dos computadores portáteis e dos toca-MP3, o próximo destino dos discos rígidos deverá ser o automóvel.
Inicialmente usado nos carros apenas para funções de entretenimento –em aparelhos de som digital e tocadores de DVD automotivos, por exemplo–, o disco rígido vem ganhando aplicações que o transformarão em algo muito parecido com um co-piloto.
Pelo menos é com isso que sonham as montadoras, como a Maserati, que apresentou no Salão do Automóvel de Genebra o protótipo Birdcage 75th.
Trata-se de uma parceria entre a Maserati, os designers italianos da Pininfarina –cuja comemoração de 75 anos serviu de inspiração para o nome do carro– e a empresa de telefonia móvel Motorola.
O carro possui um sistema de comando central que oferece acesso à internet, faz ligações e organiza as informações exibidas na tela –transparente e localizada na parte superior do vidro dianteiro.
Nela são projetadas informações sobre a performance, imagens enviadas pelas câmeras externas, mapas de rotas e anotações, que podem ser feitas na superfície sensível por uma iPen.
As aplicações não devem parar por aí. Segundo o gerente de parcerias da fabricante de discos rígidos Seagate, Alexandre Cidade, em breve o motorista poderá acessar as músicas e os vídeos armazenados em casa ou no escritório e ter os e-mails lidos por um sistema de voz enquanto dirige.
“O tamanho dos discos rígidos está encolhendo, e a sua capacidade, aumentando. Há modelos de 1×1 polegada com 6 Gbytes”, diz.
Resta saber se os discos rígidos suportarão as vibrações e as mudanças climáticas que um carro em deslocamento está sujeito a enfrentar.