No fim do ano, carros brasileiros começarão a rodar com motor tetracombustível. A tecnologia é uma evolução do bicombustível, que permite abastecer o tanque com álcool ou gasolina.
No tetra, há mais duas opções: o gás natural (GNV) e a nafta (gasolina pura), usada em países como Argentina e Chile.
O Brasil já negocia a exportação desse sistema, assim como o do bicombustível, que pode ser adotado na China.
Uma grande montadora iniciará a produção em série de veículos tetracombustível, sistema desenvolvido pela Magneti Marelli, empresa do grupo Fiat que atende várias fabricantes no País.
Será adotado em carros de médio e de grande porte, com porta-malas capaz de receber cilindros de gás. O nome da montadora ainda é segredo, diz o presidente da Marelli no Brasil, Silvério Bonfiglioli.
O executivo negocia também a exportação do sistema. Entre os principais clientes estão países do Oriente Médio, principalmente o Irã, onde há gás em abundância. A América Latina também é potencial compradora.
”Será o carro Mercosul”, compara Bonfiglioli. Segundo ele, cerca de 22 mil veículos movidos a gasolina são adaptados mensalmente para usar gás nos países da região. O produto de fábrica, diz ele, custará em média 30% menos que o serviço de transformação.