Diversas tonalidades, como o azul e o amarelo, ganharam vantagem em algumas regiões, enquanto o vermelho e o violeta conquistaram mais espaço entre as cores acromáticas em outras partes do mundo.
Essa expansão tornou o espectro geral mais amplo do que em 2019 e adicionou brilho.
Apesar da mudança, as cores acromáticas – branco, preto, prateado e cinza – seguiram um padrão similar, cobrindo a maioria dos veículos produzidos.
Como em anos anteriores, o branco ainda é o mais popular entre os veículos em todo o mundo.
Tem uma beleza clássica, atemporal, além uma conexão tanto com o ambiente como com a alta tecnologia.
Os dados deste relatório mostram uma produção total de veículos menor comparado com os anos anteriores, incluindo o período em que as montadoras tiveram que fechar devido à COVID-19. A pandemia global afetou profundamente a economia da mobilidade e o mundo.
América do Sul: compradores escolhem cores mais conservadoras – O vermelho mantém uma boa popularidade principalmente entre os carros esportivos, onde os compradores buscam expressar melhor a sua individualidade.
Por outro lado, o azul, tão popular em outras regiões, tem uma participação menor na América do Sul.
Historicamente, os consumidores da América do Sul escolhem cores mais tradicionais e menos chamativas.
Como em outras regiões, o branco é, de longe, o favorito, abrangendo cerca de 39% dos veículos.
A popularidade do cinza e do prateado é maior comparada a outras regiões, com 18% para cada um.
O preto tem a menor preferência, com 12%. Ao todo, as cores acromáticas comandam uma participação de 87%.
Ao contrário de outras regiões, com mais de 9%, o vermelho se destaca como a principal cor cromática.
Diversas tonalidades de azul são importantes no mundo todo, enquanto na América do Sul o azul representa apenas 2% do mercado.
O laranja é novidade, o marrom continua firme e o bege praticamente desapareceu.
“As tendências que são populares em outras partes do mundo acontecem de forma mais lenta na América do Sul. Embora este seja um continente com muitos aspectos coloridos em sua cultura, as pessoas tendem a ser mais conservadoras com seus carros”, explica Marcos Fernandes, Diretor Regional da Divisão de Tintas Automotivas da América do Sul.
EMEA: Maior diversidade de cores e tonalidades cromáticas – A Europa, Oriente Médio e África (EMEA) segue o movimento global de cores cromáticas.
Em 2020, cerca de 11% dos novos veículos na EMEA foram pintados de azul, o que torna a cor cromática mais popular.
O violeta é novo no mercado, que se junta ao grupo diversificado.
Outras cores cromáticas também estão ganhando popularidade, especialmente nos SUVs menores, à medida que o seu segmento de mercado cresce.
Parte da variedade está na diversidade de tonalidades. As montadoras OEM utilizaram mais de 160 tonalidades diferentes de azul em 2020 nos veículos na EMEA.
O cinza ficou em segundo lugar, com 140 tonalidades. Ambos os espaços de cor eram mais diversificados do que o branco, que tinha apenas 70 tonalidades distintas.
No espectro acromático, o branco ainda está no topo em 28% do mercado, seguido do cinza e do preto.
“A variedade de cores muda com o tamanho. Por exemplo, enquanto o violeta está mais presente em SUVs de tamanho médio, não aparece muito em SUVs menores ou maiores”, comenta Mark Gutjahr, Chefe de Design de Cores Automotivas, EMEA.
“O contrário acontece com o amarelo, que está presente tanto nos menores como nos maiores, mas não nos veículos de tamanho médio. Estas são posições de cor específicas e únicas que aparecem e desaparecem pelos segmentos”.
América do Norte: Mais azul, conforme o previsto – Os compradores de veículos norte-americanos possuem uma variedade menor de cores cromáticas, mas isso não significa que escolham menos veículos, SUVs ou caminhões cromáticos.
O azul se tornou mais popular como a cor automotiva na América do Norte, ultrapassando o vermelho, enquanto o bege e o marrom saíram da lista.
Isso torna o verde a única outra cor cromática em números significativos de veículos na região.
As tonalidades de azul são vistas como mais elegantes, e os compradores que podem ter escolhido o bege ou o marrom no passado têm mudado para o azul ou cinza. Os designers da BASF previram isso.
Já em 2016, descreveram o azul como “uma cor importante para a indústria automotiva que conquistará parte do mercado nos próximos anos”.
Os designers automotivos, muitas vezes, possuem a perspectiva de 3 a 4 anos à frente quando desenvolvem as cores, e o mercado tem funcionado exatamente como previsto.
“Há muito entusiasmo com as cores brilhantes que estamos vendo”, acredita Paul Czornij, Chefe de Design, Américas.
“Como previmos há três ou quatro anos, o azul está se destacando, e estamos usando alguns belos efeitos e pigmentos que aumentam as possibilidades de tonalidade e textura neste importante espaço de design”.
Ásia Pacífico: crescimento do preto e cinza e surgimentos de novas cores – A Ásia Pacífico possui o maior volume de produção automotiva do mundo, e um microcosmo de popularidade global de cores.
Embora cada região seja diferente, as preferências da região espelham dados globais, e as suas cores brilhantes espelham o surgimento das cores cromáticas em outros lugares.
O branco ainda é a cor mais popular na região, abrangendo cerca de 48% dos veículos produzidos. O preto e o cinza continuam crescendo, seguindo uma tendência de três anos que consome a predominância do branco.
Embora os números totais não sejam enormes, o marrom, o verde e o violeta são todos consistentes na popularidade das cores.
Vai demorar muito até que eles superem o branco como o mais popular. Contudo, por enquanto, eles contribuem para a enorme diversidade de cores na Ásia Pacífico.
“As pessoas na Ásia Pacífico gostam muito de escolher cores para os seus veículos. As cores são muito humanas, flexíveis e livres, mostrando a diversidade da região e do seu povo”, disse Chiharu Matsuhara, Chefe de Design, Ásia Pacífico.
O Relatório de Cores para Tintas Automotivas OEM da BASF é uma análise de dados da Divisão de Tintas da BASF com base na produção automotiva global e aplicação de tintas em veículos leves em 2020.