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Centro de estudos de gestão naval é lançado em São Paulo

Iniciativa visa reunir competências de diversos centros de pesquisas para dar suporte a indústria naval brasileira na trajetória da competitividade

Criado no início do ano, o Centro de Estudos em Gestão Naval (CEGN), ligado ao Departamento de Engenharia Naval e Oceânica da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli/USP), lançou recentemente um portal na internet (www.gestaonaval.org.br) para ser um ponto de convergência de idéias e discussões do meio acadêmico e empresarial.

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No ar desde agosto, o site tem entre seus destaques as publicações e estatísticas, seções onde são divulgados os resultados mais significativos dos estudos do CEGN sobre o setor naval mundial.

De acordo com o professor Marcos Pinto, do Departamento de Engenharia Naval e Oceânica da Poli, coordenador do CEGN, o principal objetivo dessa iniciativa é consolidar o conhecimento, hoje disperso no Brasil, das informações relacionadas à gestão da construção de navios e sugerir caminhos concretos para o sucesso do país nessa sua reentrada no setor.

“O projeto é estratégico já que os conhecimentos adquiridos servirão como suporte para as decisões que a indústria naval brasileira tomará para atingir patamares de competitividade que garantam sua sustentabilidade”, explica Oliveira Pinto.

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Respaldo estratégico – A indústria naval brasileira, que hoje está em ritmo lento, terá um grande impulso a partir de 2007.

A Transpetro, subsidiária da Petrobrás, vai renovar sua frota. Hoje, a empresa utiliza 46 navios próprios e 76 fretados de armadores estrangeiros para o transporte dos seus produtos.

“Apenas 17% do volume transportado pela Transpetro é em embarcações próprias”, diz Oliveira Pinto. “Por isso, a necessidade de substituição, dada a sua idade avançada (mais de 20 anos) de parte da frota, e de aumentar a participação de navios próprios no transporte motivou o programa de construção de 42 navios, iniciando-se com 26 agora e os outros nos próximos anos.”

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O pesquisador da Poli explica que, dentro desse Programa Tecnológico da Transpetro, foram contratados projetos de pesquisa para promover o reaquecimento da pesquisa no setor dentro das universidades.

“O CEGN nasce dentro de um projeto USP/Petrobrás, para delinear estratégias de produção de navios e de desenvolvimento da cadeia de suprimentos navais”, explica.

“Os resultados dos estudos podem contribuir muito para que o reaquecimento do setor se dê de forma competitiva e sustentável. Isso porque, a partir de profundas análises do mercado e das práticas mundiais, as pesquisas fornecem informações de alto nível para a tomada de decisão dos gestores que aumentam a probabilidade de sucesso na empreitada.”

Daí a importância da interação do CEGN com o setor privado. O site de divulgação dos resultados das pesquisas dispõe de áreas específicas para isso.

No seção Fórum, por exemplo, existe um espaço destinado a críticas e discussões relacionadas aos principais assuntos referentes à Industria de Construção Naval e principalmente aos materiais disponibilizados no site.

Além disso, há um espaço destinado a acréscimo de informações que os visitantes queiram citar, relacionadas aos materiais publicados. Para lançar idéias para discussão, basta se cadastrar.

Já o painel profissional é um espaço para divulgação de oportunidades de trabalho e currículos de profissionais.

“Queremos formar um forte elo entre o meio acadêmico e a iniciativa privada”, diz Oliveira Pinto.

Competências – O CEGN é uma entidade aberta na qual atuam docentes, pesquisadores, alunos e profissionais de diversas instituições de ensino e pesquisa do país.

Fisicamente, o centro fica no Departamento de Engenharia Naval e Oceânica da Poli, onde trabalham cerca de 20 pesquisadores e são realizadas diversas atividades, como encontros e palestras.

A criação CEGN faz parte de um projeto contratado pela Transpetro junto à Financiadora de Estudos e Projeto (Finep).

Sua coordenação está a cargo da Universidade de São Paulo e os trabalhos desenvolvidos contam com a colaboração do Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo (IPT), do Núcleo de Economia Industrial e da Tecnologia do Instituto de Economia da Unicamp, da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

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