Antes de colocar o carro na estrada é preciso tomar alguns cuidados com o sistema de freios e amortecedores
A Fras-le, uma das líderes mundiais na fabricação de materiais de fricção, de Caxias do Sul (RS), sugere que os motoristas tomem cuidados especiais antes de iniciar a viagem de férias.
O sistema de freios, por ser um item de segurança, deve receber especial atenção. Veja algumas dicas da empresa para que não ocorram imprevistos e o percurso seja tranqüilo:
Pedal do freio: o percurso do pedal não deve ser maior que 5,0cm ou 2,5cm em carros com servo-freio.
Quando o pedal estiver muito baixo ou não houver resistência, pode haver falha no circuito hidráulico ou formações de bolhas de ar no sistema.
Se o pedal ficar duro/pesado, é sinal de que o servo-freio deixou de atuar por algum problema.
Com o carro ligado, coloque o pé no freio com esforço médio por 15 segundos: se o pedal não se mover, é sinal de que o freio está em boas condições.
Espelhamento das pastilhas: por excesso de temperatura no sistema, no início da vida útil das pastilhas pode acontecer o espelhamento.
Geralmente isso pode ser evitado com o pré-assentamento entre pastilhas e discos, ou através da manutenção completa no sistema.
A cada 5.000 km faça a verificação nas pastilhas, e revise o sistema de freios a cada 10.00 km. A espessura mínima nas pastilhas é de 2mm, e nas lonas é de 0,5mm acima dos rebites.
Líquido de freio: por ser higroscópico, o líquido de freio absorve água no sistema hidráulico, principalmente quando está sujeito a grandes esforços.
Descida de serra e trânsito intenso, por exemplo, são situações que geram superaquecimento nos freios, elevando a temperatura a mais de 150o C, podendo formar bolhas de ar no sistema de freios.
Isso pode gerar deficiência nos freios, levando o motorista a pisar em falso no pedal. O líquido de freios deve ser trocado conforme recomendação do fabricante.
Sempre que trocar pastilhas ou lonas: faça retífica nos discos ou tambores, ou troque-os, para que possa haver um melhor assentamento, melhorando a eficiência nas frenagens, aumentando a vida útil de pastilhas e lonas, eliminando ruídos.
Se as rodas dianteiras travam: o veículo segue sua trajetória e perde dirigibilidade. A causa pode estar em pastilhas ou lonas traseiras aplicadas de maneira errada; desgastadas ou com óleo; regulador de freio mal ajustado; disco ou tambor desgastado ou defeituoso e problema no circuito hidráulico traseiro.
Se as rodas traseiras travam: o veículo perde estabilidade e pode derrapar. Um má aplicação ou desgaste das pastilhas dianteiras, ou ainda um defeito nos cavaletes do freio dianteiro, pode ser a causa.
Estabilidade e derrapagens: o veículo deve manter sua trajetória nas frenagens. Quando isso não ocorre, há falha em um dos lados no sistema de freios, podendo ser: pistões dos cilindros presos, discos defeituosos ou gastos, pastilhas com aplicação errada, desgastadas, com óleo ou espelhadas.
Amortecedores também merecem revisão – Os amortecedores são fundamentais para manter o contato permanente entre o pneu e o solo.
O equipamento com vida útil ultrapassada provoca diversos riscos ao automóvel, como aquaplanagem, desgaste prematuro dos pneus, balanço excessivo do carro, ruídos na suspensão e perda de estabilidade.
Um veículo com apenas um amortecedor com 50% de utilização, andando a 50 km/h, pode aumentar a distância de frenagem em dois metros.
Se os quatro amortecedores estiverem 50% gastos, e o automóvel fizer uma curva a 57 km/h, pode-se perder o controle.
Em uma estrada, os amortecedores se comprimem aproximadamente 2.625 vezes a cada mil metros percorridos, o que corresponde a 105 milhões de ações estabilizadoras a cada 40 mil quilômetros.
“O estado de conservação do asfalto afeta diretamente a vida útil do amortecedor. Dentro deste contexto, recomendamos ao motorista realizar freqüentes revisões para garantir a segurança do veículo”, explica Ecaterina Grigulevitch, gerente nacional de Marketing e Administração de Vendas da Monroe.
Revisão dos amortecedores – No momento da revisão, se for detectada a necessidade de troca do amortecedor, o consumidor deve ter muita atenção para não instalar um equipamento falsificado, que além de colocar a vida do motorista e dos passageiros em risco, pode causar sérios problemas ao carro.
O amortecedor falsificado ou recondicionado é uma peça usada. De acordo com o Centro de Treinamento da Monroe, as formas mais comuns de falsificação de amortecedores são:
– a pintura da peça, que consiste na lavagem e na repintura para dar aparência de novo ao equipamento que já não está em condição de uso
– troca do óleo do amortecedor, em que é utilizado geralmente o óleo hidráulico, destinado ao uso em caixas de mudança e de direção.
Para checar os amortecedores antes da viagem de férias, o consumidor pode fazer uma revisão em um revendedor Monroe Club.
Para mais informações sobre a localização das lojas credenciadas, basta ligar para 0800-166004 (ligação gratuita).