Negociações firmadas em ano anteriores entre Brasil e Iraque favorecem a participação brasileira no evento
O Brasil se prepara para participar da 4º edição da Feira Internacional Rebuild Iraq. Dezoito empresas brasileiras e uma entidade setorial estarão na Jordânia, de 7 a 11 de maio, negociando a exportação de materiais de construção, alimentos, equipamentos elétricos e de segurança, produtos médicos e hospitalares, cutelaria, cerâmica, máquinas e equipamentos, e veículos (ônibus e caminhão).
A presença do Brasil nos anos anteriores do evento gerou uma grande expectativa e demanda por parte dos compradores iraquianos.
Por conta disso, a APEX-Brasil busca refinar a representação do país com empresas de pequeno e médio porte.
Baseada nas participações do Brasil no processo de reconstrução do Iraque, a meta para este ano é de US$ 1,8 milhão.
A disposição dos estandes, a decoração e a localização foram pensadas, minuciosamente, para estimular os negócios, já que terão o Brasil como fundo e o destaque para as empresas participantes.
A rodada de negócios entre os países contará com o apoio da CCIBI (Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Iraque).
Com isso, a estrutura com tradutores, certificado de origem e conformidade dos produtos, equipe de consultores legais, além da promoção comercial estão garantidas.
Além da possibilidade de movimentação financeira, será a oportunidade de apresentar o Brasil e suas potencialidades.
Juntamente com o Ministério das Relações Exteriores, estão programadas palestras expositivas sobre o mercado brasileiro. Em contrapartida, especialistas em mercado iraquiano terão a função de apresentar os canais de comércio do seu país.
Já existem empresas e entidades setoriais brasileiras com presença confirmada na Rebuild Iraq.
São elas: a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (ABIEC), Astra, Braço forte, IMV indústria e comércio de válvulas, ITB equipamentos elétricos, Marcopolo, Master equipamentos de proteção individuais, Randon, Scitech produtos médicos, Semacol serviços médicos e odontológicos, TEE componentes elétricos e a Tramontina.
A última edição do evento contou com a participação de mais de mil expositores de 49 países e com mais de 14 mil visitantes.
O Brasil atua em uma das etapas mais importantes da história do Iraque. A promoção de produtos brasileiros no país iniciou-se em 2005, quando foi realizada uma feira exclusiva – Brasil na Reconstrução do Iraque.
O evento contou com a presença de 200 empresas brasileiras, que juntas, geraram mais de US$ 244,5 milhões de negócios.
Comércio Bilateral – Desde o início da guerra, em março de 2003, as exportações brasileiras para o Iraque foram abaladas, sendo que houve recuperação em 2006.
As exportações brasileiras para o país nesse ano foram de US$ 153 milhões, o que representou um aumento de 206% em relação a 2005, quando o Brasil havia exportado US$ 50 milhões para o mercado iraquiano.
Segundo estatísticas do Euromonitor, em 2005 o Iraque teve como principais países fornecedores: Turquia, Síria, Estados Unidos, Jordânia e China.
Os principais produtos exportados pelo Brasil para o Iraque em 2006 foram: açúcar, conservas, carnes bovina e de frango, transformador de dielétrico líquido, chassis com motor a diesel e cabina, tratores.
O único produto importado pelo Brasil do Iraque, durante o ano de 2006, foi óleos brutos de petróleo (US$ 596,6 milhões).
Setores cujos produtos são amplamente importados pelo Iraque e apresentam potencial de incremento das exportações brasileiras: Máquinas e Materiais Elétricos, Aparelhos de Som, Imagem, Televisão e Acessórios, Automóveis, Máquinas, Equipamentos e Instrumentos Mecânicos, Aeronaves, Plásticos, Armas e Munições, Papel, Cartão e Obras de Pasta de Celulose, Alumínio, Borrachas, Artigos e Equipamentos Médico-Odontológicos e Hospitalares, Produtos Farmacêuticos, Sabões, Produtos de Limpeza, Vestuário, Móveis, Mobiliário Médico-Cirúrgico, Colchões etc.