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Milhares de carros continuam circulando com airbags potencialmente fatais

Maior recall automotivo da história continua fazendo vítimas.

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Há menos de uma década, o potencial de explosões de airbags da Takata com defeito em um acidente explodiu na crise de segurança mais complexa e de longo alcance da história da indústria automobilística global. São milhares de veículos que continuam circulando com airbags potencialmente fatais.

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Na semana passada a BMW convocou mais de 51 mil clientes para realização do recall dos airbags no Brasil em modelos fabricados entre junho de 2004 e dezembro de 2016.

A marca é apenas mais uma entre vários fabricantes envolvidos no recall dos airbags da Takata no Brasil. Toyota, Honda, Nissan, Fiat, Chrysler, Jeep, Mitsubishi, Mercedes-Benz, BMW, Honda Motos, Ferrari, Audi, Subaru, Ford, Renault, Chevrolet e Volkswagen. Ao todo, mais de 30 montadoras foram afetadas.

O que pode acontecer? Qual o risco que realmente existe? A resposta está na química dentro do airbags, que trabalha para inflá-lo durante um acidente. Em uma batida, o airbag explode com uma força maior, liberando fragmentos de metal nos ocupantes do veículo. Isso pode causar sérios ferimentos e até a morte.

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O maior risco está nos veículos antigos, especialmente naqueles que rodam por lugares quentes e úmidos.

No mês passado, mais de 14 milhões de veículos ainda não haviam sido consertados apenas nos Estados Unidos, além de um número desconhecido, mas provavelmente substancial, no resto do mundo.

Isso significa que milhões de proprietários de automóveis – especialmente em países com fraca proteção ao consumidor – podem permanecer inconscientes de que o propelente usado nos airbags de seus carros pode ser deflagrado como resultado do calor e da umidade, transformando seus veículos em potenciais riscos de explosão.

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Pelo menos 37 mortes e 450 ferimentos supostamente relacionados às peças defeituosas em todo o mundo foram relatados aos reguladores de segurança automotiva dos EUA.

Das mortes, 19 ocorreram nos Estados Unidos, enquanto outras ocorreram em todos os cantos do globo, incluindo Guiana Francesa, Nigéria, Brasil, Austrália e China.

Enquanto no resto do mundo a taxa de atendimento ao recall fica acima de 80%, no Brasil apenas cerca de 50% dos veículos envolvidos foram até as concessionárias para substituição do componente defeituoso.

Desde 2019 o documento do veículo, CRLV, passou a informar quando existe alguma convocação de recall não atendida.

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