Enfrentamos uma pandemia e agora um cenário de escassez de semicondutores e chips que vai resultar num cenário muito ruim para o segmento automotivo brasileiro, o que não é muito diferente em todo o mundo.
E os fabricantes automotivos procuram alternativas como períodos de férias coletivas, antecipação de feriados e folgas aos funcionários para driblar a crise da falta de componentes, especialmente de semicondutores.
E o cenário do final de ano não é nada bom. A opção voltou a ser o lay-off (suspensão de contratos de trabalho), que permite períodos mais longos de dispensas. Também estão nos acordos com os funcionários programas de demissão voluntária (PDV) e redução de jornada e salários.
A Renault inicia outubro com um PDV para 250 funcionários da fábrica de São José dos Pinhais (PR) e vai colocar outros 300 em lay-off inicialmente por cinco meses. O complexo emprega 6.450 trabalhadores, cerca de 5 mil deles na área de produção.
Segundo comunicado a Renault informa que as medidas foram aprovadas em assembleia dos trabalhadores e são resultado dos “impactos provocados pela covid-19 na fabricação de componentes eletrônicos e da falta de perspectiva de melhora do cenário global”.