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GWM: produção começa com SUV híbrido Flex

O interesse dos chineses em ter fábrica no Brasil vem desde 2014. Nos dois anos anteriores o País era o quarto maior mercado do mundo, 3,8 milhões de unidades entre veículos leves e pesados.

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A Chery investiu US$ 400 milhões (R$ 2,1 bilhões na cotação atual) em Jacareí (SP). No entanto, as vendas no País caíram para 2 milhões em 2016 e tanto o Celer quanto o QQ não atraíram o consumidor. O Grupo CAOA adquiriu 50% da operação em 2017 e impulsionou a marca.

Agora a GWM (Great Wall Motor Company), empresa de capital privado e ações em bolsa na China, chega com mais empenho financeiro (R$ 4,4 bilhões até 2025, mais R$ 6 bilhões até 2032) e muito apetite.

Adquiriu a fábrica da Mercedes-Benz em Iracemápolis (SP) e pretende ampliar a capacidade instalada de 20.000 para 100.000 unidades/ano.

Espera gerar até 2.000 empregos diretos e 8.000 indiretos. No último trimestre deste ano vai importar o primeiro modelo e a produção aqui começa no segundo semestre de 2023.

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A empresa manterá foco em SUVs das marcas Haval, com pegada urbana, e Tank, mais voltada ao mundo 4×4, além das picapes Poer. Os modelos escolhidos começarão a ser conhecidos no Salão do Automóvel de Pequim, em abril.

No total entre importados e de produção local (com índice de nacionalização de até 60%) serão 10 modelos das três marcas. Também vai oferecer produtos 100% elétricos da marca Ora.

A GWM desenvolveu enfoque diferenciado em relação aos modelos híbridos plugáveis atualmente no mercado mundial. Para isso adotou bateria de até 45 kWh que, em geral, é usada apenas em veículos elétricos.

Assim, enquanto híbridos plugáveis têm bateria pequena e alcance entre 50 e 90 km, a solução dos chineses é bem interessante, pois permite rodar até 200 km em trânsito urbano.

E ainda pode-se viajar por estradas, aproveitando o silêncio e as ótimas acelerações dos elétricos, sem necessidade de planejamento prévio para recarga.

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Para se tornarem mais competitivos no Brasil houve planejamento minucioso. Aproveitaram os programas de incentivos fiscais com desconto de até 25% do ICMS no Estado de São Paulo.

Há ainda o federal Rota 2030 que diminuiu três pontos percentuais do IPI, desde 1º de janeiro último, exclusivamente para híbridos flex (hoje, só Corolla e Corolla Cross se enquadrariam, caso não ocorra alguma reviravolta).

Dessa forma enquanto os SUVs importados serão híbridos a gasolina, posso adiantar que os de produção local já terão motorização híbrida flex.

A fabricante ainda não revelou as especificações dos produtos que estarão disponíveis aqui entre híbridos convencionais e híbridos plugáveis.

Na China os motores de 1,5 litro turbo, em conjunto com dois e até três motores elétricos, entregam potências combinadas entre 230 e 430 cv e torques combinados de 41 a 77 kgf.m.

Os plugáveis, dependendo da capacidade da bateria, conseguem consumo com gasolina entre 75 km/l e 208 km/l, embora os preços sugeridos sigam diretamente estes valores. As baterias de íon de lítio desenvolvidas pela própria GWM são livres de cobalto e menos sensíveis a variações de temperatura ambiente.

Com amplos recursos de conectividade (incluindo a nova internet 5G), de condução semiautônoma e até de reconhecimento facial (numa segunda fase) os preços serão altos, mas bastante competitivos frente ao que oferecerão em termos de alta tecnologia e equipamentos de série.

A rede de concessionárias da GWM começará com 30 pontos no País, porém aumentará gradativamente até 130 conforme a demanda.

ALTA RODA – FÁBRICA da BMW em Araquari (SC) completou 30.000 unidades do Série 3 desde sua inauguração em 2014.

O sedã médio-grande, em três versões produzidas aqui (320i GP, 320i Sport GP e 320i M Sport, todas com motor flex), divide a linha de montagem com os SUVs e crossovers X1, X3 e X4. Haverá mais um produto a ser anunciado em junho.

Roberto Carvalho, diretor comercial, afasta o pessimismo para este ano: “Teríamos crescido mais que os 17% em 2021, se não faltassem componentes mundialmente. Este ano espero incremento de 10% a 12% do mercado premium no qual estamos e lideramos com 33% de participação. Híbridos plug-in e elétricos vão continuar a crescer no segmento premium brasileiro. Até 2030 acredito que possam chegar a 50% das vendas”.

PULSE vem crescendo e já aparece entre os dez modelos mais vendidos em janeiro último entre hatches, sedãs, SUVs e crossovers. Seu ângulo de ¾ de traseira é o mais bonito.

Por dentro, espaço um pouco maior do que o Argo, especialmente no banco traseiro. Os porta-malas dos dois modelos aparentam volumes equivalentes, mas a Fiat mudou o método de medição e informa maior volume no Pulse.

Sua tela multimídia tem boa resolução, permite espelhamento sem fio e conexão 4G (paga). Na versão Audace avaliada, o volante não pode ser regulado em distância.

Maior destaque é a combinação muito boa entre motor turbo 1-litro (130 cv (E)/125 cv (G)) e a caixa CVT. As sete marchas estão sempre presentes, mesmo no modo automático.


www.fernandocalmon.com.br

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