O mito de que o câmbio automático é artigo de luxo e de cara manutenção está caindo por terra, sendo substituído pelo conceito de conforto
A produção de veículos com câmbio automático nunca foi tão grande quanto a deste ano. Marcas como Honda, Ford e Fiat já têm cerca de 60% de suas vendas concentradas em modelos que oferecem essa tecnologia.
Já as marcas de veículos de luxo fabricam seus modelos com câmbio automático há mais tempo.
O mito de que o câmbio automático é artigo de luxo e de cara manutenção está caindo por terra, sendo substituído pelo conceito de conforto. Apesar de ainda serem mais caros, os sistemas de câmbio automático têm ganhado a preferência dos consumidores.
De acordo com Luiz Lopes, gerente de pós-vendas da concessionária Eurobike, atualmente o câmbio automático exige menos cuidados e pode durar anos sem apresentar problemas ou exigir a troca de componentes. “Um carro pode rodar mais de 300 mil quilômetros sem apresentar nenhum tipo de problema no câmbio”, afirma.
Outra mudança que os carros com transmissão automática estão sofrendo é referente ao combustível. Se antes esses modelos gastavam mais, hoje em dia reconhecem o momento certo para a troca de marcha, o que evita o desperdício e contribui com o meio ambiente.
A procura é maior nas grandes cidades devido ao trânsito frequentemente congestionado. Com a transmissão automatizada, sem pedal de embreagem, o motorista pode descansar o pé esquerdo e ficar sem mudar de marcha. Esse tem sido o principal argumento dos clientes que engrossam as estatísticas cada vez mais favoráveis à transmissão sem pedal de embreagem.
“Há os câmbios automáticos e os automatizados, que são uma alternativa mais barata. Ambos possuem a mesma função, porém, os automatizados dispensam o uso do pedal de embreagem, mas nada mais é do que uma caixa manual com sensores”, explica o gerente de pós-vendas da Eurobike. Os automatizados atuam como se existissem pés e mãos virtuais para trocar as marchas, sendo que o custo para a fabricação é menor.
Entre os automáticos existem algumas variações. Há os que possuem transmissão automática convencional, com opções de trocas manuais por meio de uma alavanca ou de borboletas atrás do volante.
Já o sistema CVT (Continuos Variable Transmission), como os modelos da Audi, A4 e A6, a variação da correia determina a relação de marchas.
A passagem de torque não é interrompida, garantindo uma condução confortável, sem trancos. Há ainda o DCT (Dual Clutch Transmission), encontrado na maior parte dos modelos da Porsche e no Audi A3 Sportback.
Esse sistema é semelhante ao câmbio automatizado, mas possui duas embreagens sólidas (disco e platô) sendo que uma atua nas marchas ímpares e a outra nas pares. Esse sistema ainda possui preço elevado, mas é tão econômico quanto o manual.