Recife (PE) Com assessoria da PSA Peugeot Citroën
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A PSA Peugeot Citroën apresentou mundialmente hoje no seu Centro de Produção de Porto Real, no Estado do Rio, o novo motor EC5.
Resultado do trabalho em conjunto das equipes dos Centros de Pesquisa e Desenvolvimento do Grupo PSA na América Latina, França e China, este novo propulsor de 1,6 litro e 16 válvulas é o mais potente de sua categoria produzido no Brasil.
O motor EC5 começa a ser produzido desde já na Fábrica de Motores do Centro de Produção de Porto Real e será um dos destaques do novo Peugeot 308, que será lançado no mercado brasileiro no primeiro trimestre de 2012.
“Este projeto foi totalmente desenvolvido para atender às características do mercado brasileiro, com recursos avançados e foco na sustentabilidade. Ele é um fruto de nosso plano de investimentos de R$ 3,7 bilhões no Brasil entre 2010 e 2015”, afirma Carlos Gomes, Presidente Brasil e América Latina da PSA Peugeot Citroën.
“O projeto privilegiou a adoção de soluções avançadas, ainda inexistentes ou pouco comuns em motores brasileiros, conseguindo um excelente equilíbrio entre potência, torque e economia”, explica François Sigot, Diretor de Pesquisa, Desenvolvimento e Estilo América Latina da PSA Peugeot Citroën.
Uma das suas principais novidades é o fato de ser o primeiro motor de larga produção a usar o sistema Flex Start, da Bosch.
O sistema Flex Start Bosch chega para proporcionar mais conforto ao motorista, já que dispensa o uso do “tanquinho” de gasolina em veículos flexfuel.
“Com esta tecnologia, associada ao trabalho conjunto das engenharias PSA e Bosch, o usuário não tem mais que se preocupar em abastecer o tanquinho de gasolina e ainda possui melhor resposta do motor à aceleração, independente da temperatura; além de reduzir as emissões de poluentes”, ressalta Gerson Fini, vice-presidente da divisão Gasoline Systems da Robert Bosch América Latina.
A produção em larga escala do Flex Start também é um marco muito importante para a indústria automotiva brasileira, considerando que 90% dos carros fabricados são flexfuel.
Para aplicação no motor EC5, a Bosch desenvolveu uma nova galeria de combustível, com elementos de aquecimento integrados (lanças aquecedoras), uma unidade de controle de aquecimento e o software de controle do sistema, tudo isso para garantir que a temperatura do combustível atinja valores ideais para uma partida segura mesmo em baixas condições climáticas e, ao mesmo tempo, oferecer um controle preciso da temperatura do combustível em todas as condições de operação do motor, evitando o sobreaquecimento.
“O Flex Start vem para consagrar o sucesso dos veículos bicombustíveis e a capacidade da engenharia brasileira de transformar a criatividade em inovação, com benefícios concretos para a vida do consumidor. O motorista sentirá a diferença no desempenho e na dirigibilidade dessa nova geração de veículos”, diz Fini.
Ao sistema Flex Start, as equipes de projeto da PSA e da Bosch integraram um diferencial: o Wake up.
Com ele, o sistema começa o pré-aquecimento do etanol quando a porta do motorista é aberta, eliminando o tempo de espera de 6 segundos quando a temperatura ambiente é de +5ºC.
Caso a chave de ignição seja inserida no contato antes do completo aquecimento do etanol, uma luz no painel ficará acesa, indicando que o sistema está em aquecimento. A partida só é permitida após a luz indicadora se apagar.
Outro destaque do motor EC5 é o comando de válvulas variável (VVT) para a admissão, que otimiza o funcionamento e contribui para que se tenha mais de 80% do torque já a partir de 1.500 rpm.
Uma novidade importante é a utilização, pela primeira vez no país, de uma bomba de óleo variável, que ajusta automaticamente o fluxo de óleo enviado, de acordo com a rotação do motor e a carga, fazendo com que menos energia seja absorvida.
Com isso, há economia de combustível.
“Nossa equipe de Pesquisa e Desenvolvimento trabalhou para dotar o EC5 com equipamentos modernos e ainda incomuns nos motores disponíveis no Brasil. Eles contribuem para seu bom desempenho e reduzem o consumo e as emissões. Com isso, demonstramos mais uma vez nosso compromisso de oferecer aos clientes produtos avançados”, destaca François Sigot, da PSA Peugeot Citroën.
Como complemento a estes sistemas modernos, os pistões e anéis são “low friction”. O acabamento dos cilindros também usa este tipo de tecnologia para reduzir atritos.
Já as bielas foram desenvolvidas para apresentar alto nível de resistência com baixo peso.
O projeto do EC5 foi todo desenvolvido com foco na otimização de seu funcionamento com os combustíveis locais; por isso, a taxa de compressão da versão flexfuel é 12,5:1.
Todos estes componentes, controlados por um computador de última geração, fazem com que o motor de 1.587 cm3 desenvolva, com gasolina, 115 cv de potência máxima a 6.000 rpm, e, com etanol, 122 cv a 5.800 rpm. O torque máximo é de 15,5 kgfm (gasolina) e 16,4 kgfm (etanol), a 4.000 rpm.
Além da versão flexfuel, desenvolvida exclusivamente para o mercado brasileiro, na Fábrica de Motores de Porto Real também começa a ser produzida uma versão a gasolina, para equipar veículos comercializados fora do Brasil.
Novidades na Fábrica de Motores – O lançamento do motor EC5 faz parte dos investimentos de R$ 3,7 bilhões do Grupo PSA Peugeot Citroën no Brasil, no período 2010 a 2015.
Por isso, o desenvolvimento do projeto deste novo propulsor também tem ligação com a ampliação este ano da capacidade de produção da Fábrica de Motores de Porto Real.
No primeiro semestre de 2011, foram concluídas as obras da unidade industrial para o aumento da capacidade de produção: de 220 mil para 280 mil motores por ano.
“Agora nos preparamos para uma nova fase com o objetivo de atingir a capacidade de 400 mil motores ano até 2015”, explica Tarcísio Telles, Diretor Industrial América Latina da PSA Peugeot Citroën.
Para produzir o motor EC5 no Brasil, além da ampliação da capacidade de produção, tanto a linha de montagem de motores quanto a Unidade de Usinagem, que compõem a Fábrica de Motores de Porto Real, passaram por uma série de modificações e ganharam novos equipamentos.
A Unidade de Usinagem, por exemplo, recebeu uma nova prensa para o cabeçote e um equipamento para medição do estado da superfície dos cilindros do novo motor, além da adoção de novas regulagens em vários postos de trabalho.
Na linha de montagem da Fábrica de Motores foram criados novos postos de trabalho para atender às características e aos modernos componentes do EC5.
Entre os novos equipamentos, adotou-se um sistema de montagem automática do conjunto formado por biela, pistão e pino, um aparelho de inspeção a laser para a montagem de prato e semicone, além de uma nova máquina de montagem de pistões.
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