No futuro, 2011 sob o aspecto da indústria automobilística, será conhecido como ano trêfego e fugaz.
Em termos de produção, dentro da maluquice consentida oficialmente do atrapalhado rótulo de ano/modelo, os veículos modelos 2011 construídos em 2011, terão sido breves, de curta existência, pois neste princípio de ano todas as marcas anunciam os modelos 2012.
Novidades da semana, a Volkswagen lançou o Beetle. É o sucessor do Novo Beetle, simpático e personalista visão vintage sobre o Golf. Substituída a base, trocou-se o automóvel.
Desafio. Carro surgido da prancheta de estilista e não dos cálculos e projeções de gente de marketing, o New Beetle foi projeto de J.
Mays, hoje oban-ban-ban de estilo da Ford, à época na VW. Sucesso ultrapassando as barreiras de nicho, durou 10 anos. Agora, a nova plataforma exigiu novo carro.
Chamaram designer de sobrenome para fazê-lo: o milanês Walter De Silva, famoso por ter criado os Alfa 145, 146, 156 e 166. Segundo curiosa descrição pela Volkswagen, “a nova geração do Beetle liberta-se da geometria da versão anterior”.
Seja o que isto signifique na prática a soma das necessidades de redução de consumo e emissões; maior distância entre eixos da plataforma; e premência em oferecer espaço interno para competir com veículos com cara retrô, De Silva manteve o conceito e chamou seu assessor Marc Lichte para ajeitar o produto. É menos fiel que a primeira geração, mas corporifica uma evolução, como pretendia a VW.
O Beetle será produzido no México e, como o antecessor, exportado para o Brasil com isenção alfandegária.
Preços? Dentro da inconseqüência que hoje grassa e permeia por todas as marcas, é capaz de ser apresentado em dezembro de 2011 como modelo 2013!
Made in Catalão – É o aprimoramento da fórmula de sucesso da MMC Automotores, o nome da montadora brasileira dos produtos Mitsubishi: aproveitar veículo em fim de ciclo, traze-lo para cá, conformá-lo ao gosto nacional.
O Mitsubishi Dakar HPE, modelo e versão existentes apenas no Brasil teve montagem iniciada há pouco, estoque formado e distribuição à centena de revendedores.
O rótulo HPE remete à antiga empresa de desenvolvimento formada pelos sócios da MMC e se refere a conter algo mais.
No caso não é em tecnologia, mas em acessórios e equipamentos, nesta bem sucedida fórmula de oferecer o sonho de capacidade de ir, mas com um entorno confortável, com sistema multimídia, GPS carburado para o Brasil, CD, DVD e MP3 Player e Bluetooth com viva-voz, sensor de chuva, acendimento automático dos faróis, volante com controle de áudio e piloto automático, tração e freios à disco nas quatro rodas, auxiliares ABS e EBD, terceira fileira com bancos embutíveis no assoalho com mais espaço para o porta-malas e ar-condicionado independente na terceira fileira.
Diferenciando-se do modelo importado, novo desenho nas rodas em liga leve, interior mesclando couro e tecido pretos.
Fora, Vermelho Bordeaux, Verde Pantanal, Branco Alpino, Cinza Londrino, Prata Rodhium, Prata Tecno e Preto Ônix.
Motorização conhecida, inicial motor diesel, 4 cilindros, 16 válvulas, turbo eintercooler, mas as medidas não são brilhantes: 3.200 cm3, potência de 165 cv a 3.800 rpm, e torque de 38,1 kgf.m a 2.000 rpm.
Transmissão com monitoramento eletrônico, adequada ao torque do motor, porém opaca pelas limitadas 4 marchas, com operação seqüencial.
Não é automóvel enfeitado e cheio de prosopopéia, do tipo enganar-mãe-de-moça. Sugere ter capacidade de ir e é capaz de proezas pela bem conformada ficha técnica que, lembre-se, tem origem nas vitórias do Rallye Paris-Dakar.
Mais – Custa R$ 147 mil e picos. O modelo anterior, importado, com frete caro, elevadas despesas de manejo e 35% de imposto alfandegário custava apenas R$ 7 mil a mais. A MMC prepara duas novidades em junho.
Primeira, motor V6 flex. Segunda, versão sem a plaqueta HPE, simplificado em equipamentos, como o GPS, e transmissão mecânica em 5 velocidades, desenvolvida a pedido dos revendedores, tentará preço faceando os R$ 135 mil.
Roda-a-Roda – Cresceu – 21,9% de expansão nas vendas globais em março estão sendo comemorados pela Kia Motors. Do número a maior alegria é pelo crescimento no atrativo mercado norte-americano, com 41,8%.
Internet – Dado interessante, sedimentando o interesse pela marca JAC Motors é a liderança de audiência do sítio www.jacmotorsbrasil.com.br dentre todos da indústria automobilística.
Diz relatório Nielsen/Ibope, superou 798 mil usuários únicos. Para lembrar a assinatura dos anúncios, Inesperado, mesmo para a empresa.
Dúvida – O governo federal está em dúvidas se importa gasolina, álcool, ou os dois. Talvez fosse melhor importar um manual de planejamento
Tradição – Diz a Ford, a Ribeiro Jung de Porto Alegre, fundada em 1928 e que em abril de 1931 passou a Agente Ford, distribuindo a marca, é a mais antiga de sua rede.
Negócio – Além de automóveis aos seus concessionários, a Citroën também vende artigos relacionados à marca, mas o faz diretamente aos consumidores.
Camisas, bonés, mochilas, relógios, canetas e outros itens exclusivos lembrando a sigla Criative Technologie. Pela internet: www.citroen.com.br/laboutique.
Assim – Produtora de motos, a BMW Motorad descobriu a mágica do mercado: redução de preços aumenta vendas.
Passou a montar dentro do generosíssimo projeto governamental na Zona Franca de Manaus; baixou custo ao cliente; tem constante crescimento.
Em 2011, 54% em vendas relativamente a igual período do ano passado, ao iniciar a superficial operação industrial na fábrica da Dafra. Vendeu 767 motocicletas.
Mais – Situação ruim em outros mercados, e boa aqui permite montar outro modelo, o F 800R, ao lado da atual G 650GS. Custará R$ 36.900.
Crescimento – Expansão no mercado de veículos; falta de investimento industrial; aumento do custo da matéria prima provocam faltar pneus no mercado doméstico, suprida por marcas estrangeiras fornecendo às montadoras nacionais ou exportando para o mercado de reposição.
Solução – De Brasília, Rinaldo Siqueira Campos, presidente da Abidipa, associação dos importadores informa, não fossem os importados, parque circulante estaria parado. E pede auxílio contra a sobretaxação dos pneus chineses e a burocracia nos portos.
Outro lado – A importação de pneus pelas montadoras, em veículos estrangeiros, ou montados nos nacionais, desampara os consumidores pela falta de reposição.
Cortou, estragou, não se consegue pneu da mesma marca ou medida. E a solução é ruim e cara: trocar dois para igualar os pneus no mesmo eixo.
Re-call – Dois Citroën em chamada para consertos: Aircross e C5, respectivamente para verificar aperto na dobradiça do capô e motor do limpador de parabrisas.
Para conferir os chassis dos veículos que devem passar pela conferencia, 0800 011 8088 www.citroen.com.br
Ecologia – Reduzir em 25% as emissões de CO2 no processo produtivo é o objetivo da Pirelli. Da matéria prima ao transporte até a loja de vendas, cada pneu emite 80 kg deste gás.
O esforço é trazer a 60. Quando emissões superam o peso do produto final, alguma coisa está errada.
Automobilismo – Família Fittipaldi em alta. Christian, filho do Wilson e sobrinho do Emerson, será patrocinado pela Rede PitStop, do grupo Comolatti, em seu minuto em programa de rádio e no Torneio Fiat Linea.
Pietro, primo de segundo grau do Christian, sobrinho neto do Wilson, filho da Juliana e neto do Emerson, será apoiado pelas Baterias Moura nas provas de base da Nascar, da Stock Car nos EUA. É a única categoria a admitir pilotos de 14 anos, como ele.
Gente – Grace Lieblein, engenheira em produtos e sistemas, 50, nova presidente da GM no Brasil. OOOO Laureada, ex presidente da GM México, versada em latinidade.
OOOO Vender os defasados carros GM Mercosul, atuais e futuros, indutores da saída de sua antecessora, manter a parte da marca no encolher de participação no mercado pelas quatro grandes, é desafio. OOOO