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Com o motor 326 Otto Vu Fiat, a história seria outra

Quando, em 1976, a Fiat veio para o Brasil, tecnologicamente o fez em grande estilo: seu produto, o 147, era o mais avançado, com invejável administração de espaços, inteligente como o estepe no compartimento do motor e este, moderno, pioneiramente colocado em posição transversal.

Entretanto, pouca gente sabe, tentou vir antes e em idêntico avanço técnico com motor de 8 cilindros dispostos em V. Era o Otto Vu, coração do Projeto 326, de autoria do brilhante Dante Giacosa, construído na Fiat Carrozzeria Speciale, suspensões independentes nas 4 rodas, linhas por Luigi Rappi, um dosdesigners do Simca Vedette III – o nosso Simca Chambord.

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Um automóvel dez anos à frente do mercado – daí seu insucesso comercial. Como Fiat o motor, V8, 2.000 cm3, comando no “V” central, acionando duas válvulas por cilindro, dois carburadores Weber 36DCF produzia 110 hp a 5.600 rpm. Como Siata, 127 hp a 6.600 rpm. Superava os 200 km/h. Falamos do princípio da década de ’50 e esta potência e velocidades só foram atingidas no Brasil na década de ’90.

Em 1956 a Simca, francesa porém meio Fiat, resolveu vir ao Brasil fazer o Vedette II – em fim de linha. A Fiat aderiu: planejaria o empreendimento e forneceria o motor Otto Vu. Fariam um misto quente.

Desistiu. A Simca resolveu vir só, com a versão mais moderna de automóvel, e a mais antiga de motor, também V8, origem Ford, 2.400 cm3, modestos 84 hp, fraco para o conjunto.

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Mantido o motor Fiat Otto Vu talvez a história de nossa indústria automobilística fosse outra. Um motor novo e performático instigaria os demais concorrentes a atualizar-se, substituindo o cenário de então, quando nossos veículos eram movidos por engenhos muito antigos e superados.

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