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Raio-X do mercado de eletromobilidade no Brasil: desafios para o futuro

Matriz altamente renovável de energia limpa coloca o país em lugar de destaque em esforços de descarbonização do transporte; Entre 2021 e 2022, vendas de veículos eletrificados cresceram 43% segundo a ABVE (Associação Brasileira do Veículo Elétrico); Um dos principais desafios para o mercado é a implementação da infraestrutura de carregamento das frotas em nível público e particular.

De acordo com o último boletim publicado pelo Ministério de Minas e Energia (setembro/2022), 86% da energia consumida no Brasil veio de matriz renovável.

Isso não apenas coloca o país na dianteira das iniciativas de descarbonização do planeta, como também mostra como o Brasil está bem à frente da média global, que é de aproximadamente 28% (segundo dados da EPE – Empresa de Pesquisa Energética).

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Seguindo o exemplo da matriz energética limpa, a frota de veículos leves e pesados terá como consequência a eletrificação, com o objetivo de reduzir impactos ao meio ambiente.

O cenário extremamente otimista vem ao encontro do mercado de veículos eletrificados, que registrou aumento de vendas de 43% em 2022, segundo a ABVE (Associação Brasileira do Veículo Elétrico).

O tema já está mobilizando empresas, incluindo a Siemens, líder em tecnologia com propósito, em discussões relevantes acerca da importância desta evolução e também da criação de uma infraestrutura compatível com esse crescimento.

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Daqui a sete anos, em 2030, a frota de veículos PHEV (Plug-in Hybrid Electric Vehicle, veículo elétrico plugável) e BEV (Battery Electric Vehicle, veículo elétrico a bateria) vai aumentar 160 vezes, passando das 31.064 unidades para 507 mil, segundo um estudo realizado pela Boston Consulting Group, empresa de consultoria global, que prevê ainda a necessidade de investimentos de R$ 14 bilhões no mercado de infraestrutura de carregamento para mobilidade elétrica até 2035.

A progressão dos números traz com ela não apenas uma transformação inevitável, mas todas as variáveis que acompanham essa mudança e pautam as principais discussões de ESG: a valorização da excelente matriz renovável brasileira, o incremento das políticas públicas sobre o assunto e a construção de cidades inteligentes que transformem o cotidiano dos cidadãos, com redução de poluição, ruídos e melhoria na saúde da população.

Hoje, 13% das emissões de CO2 mundiais são provenientes de transportes, sendo 91% do modelo rodoviário, segundo o Sistema de Estimativas de Emissões e Remoções de Gases de Efeito Estufa (SEEG) e o Climate Watch (CAIT) – Country Greenhouse Gas Emissions Data.

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“Não há mais como negar que o conceito de cidade inteligente está diretamente ligado ao impacto que o transporte causa na vida das pessoas. E neste momento as discussões avançam para a relevância do transporte elétrico compartilhado, o tempo e local de carregamento e a infraestrutura necessária para isso acontecer”, diz Paulo Antunes, responsável pela área de Mobilidade Elétrica da Smart Infrastructure da Siemens.

Infraestrutura necessária de carregamento – Com a evolução do mercado de eletrificados, surge a necessidade urgente da criação de uma infraestrutura de carregamento para esses veículos, sejam eles carros de usuários comuns, de motoristas de aplicativo, ônibus de frota ou caminhões.

E essa infraestrutura precisa entregar uma experiência ótima para o usuário, de maneira que o processo de carga seja o mais similar o possível com o abastecimento de combustível. Por isso, a infraestrutura da carregamento ultrarrápido (carregadores com potência superior a 150kW) é estratégica na adoção de veículos elétricos em escala.

Recentemente, a Siemens realizou um estudo para um cliente que tem uma rede de postos de abastecimento urbanos e rodoviários e que buscava entender qual é o melhor carregador para a frota circulante no Brasil. Para atender a um contingente de quase 8 mil veículos, foi estudada a potência média de carregamento da bateria e sua capacidade para que o veículo possa circular.

Buscando a experiência do usuário em rodovias, considerando a potência média da frota e a capacidade da bateria, um carregador que melhor se adapta seria, por exemplo, um modelo DC (Corrente Contínua — Carga Rápida) de 160kW ou 180kW, com 2 plugs CCS (80kW a 90kW por plug), com tempo de carregamento médio de 40 minutos (de 0% a 100% da bateria) ou 32 minutos (de 20% a 100% da bateria).

Cenário bastante adequado para uma parada rápida em um posto antes de seguir viagem. Ainda distante do tempo de abastecimento de veículos à combustão, porém, mais próximo do tempo que normalmente se gasta em uma parada de uma longa viagem.

Novos modelos de negócios – Um novo modelo de negócio une a Siemens e a Brasol, empresa do grupo especializada em soluções de energia distribuída no modelo de serviço.

Trata-se de um serviço customizado de carregamento para veículos elétricos e geração de energia solar limpa na modalidade “Charging as a Service” (CaaS). Com ele, o cliente do setor industrial ou comercial fica isento da compra e do gerenciamento dos equipamentos da Siemens, que ficam sob a responsabilidade da Brasol durante o período de contratação.

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