A transformação em lei do programa Rota 2030 e a regulamentação de alguns dos seus itens principais vão impactar as estratégias de lançamentos de produtos fabricados no Brasil ou na Argentina, já a partir do próximo ano.
Um dos pontos sensíveis foi o enquadramento de modelos híbridos, com motor flex, em uma nova categoria fiscal.
Eles não estavam contemplados com nenhuma diferenciação de imposto sobre os que utilizam apenas gasolina.
Antes, é preciso explicar o IPI nos carros atuais.
Até 1 litro de cilindrada a alíquota de 7% aplica-se a qualquer combustível.
Entre 1 e 2 litros, gasolina tem alíquota de 13% e motores flex (ou só a etanol), 11%.
Acima de 2 litros, 25% e 20%, respectivamente.
Agora, um híbrido flex se enquadra numa faixa de IPI de até 8%.
Deve-se destacar que um modelo com essa motorização, se abastecido com etanol, apresenta emissão de CO2 (gás de efeito estufa) quase igual à de um carro elétrico cuja bateria seja recarregada por energia de fonte fóssil (termoelétrica a carvão, gás ou diesel).
Tudo dentro do conceito de ciclo fechado (do “poço” à roda, no jargão técnico).
A mudança fiscal levou a Toyota a anunciar, imediatamente, que fabricará um automóvel com essa solução alternativa no Brasil, sem marcar data ou apontar um produto.
Mas é fácil concluir que se trata da 12ª geração do Corolla, a ser lançada em agosto ou setembro próximo, e sua versão híbrida flex, em novembro ou dezembro.
Como o preço deverá ser um pouco mais em conta que o atual híbrido Prius, este provavelmente deixará de ser comercializado aqui.
Outra japonesa, a Nissan, aproveitará para lançar o Kicks e-Power, elétrico de baixo custo por utilizar um motor/gerador para carregar uma pequena bateria de tração.
O motor poderá usar etanol ou gasolina (flex) e alcançar entre 25 e 35 km/l, respectivamente.
Talvez fique para 2020.
Em 2019 haverá muitas novidades, embora não seja possível prever todos os meses exatos.
Logo em janeiro surge o Caoa Chery Tiggo 7 (versão de sete lugares do 5x), enquanto o Tiggo 8, também de sete lugares, está previsto para dezembro.
JAC T80 (7 lugares) estreia em fevereiro.
Ainda no final do primeiro trimestre chega às concessionárias o VW T-Cross, nova referência entre SUVs compactos.
A marca alemã também terá Polo e Virtus GTS, além do híbrido Golf GTE.
Será um ano muito forte para a GM.
As principais atrações são a segunda geração de Onix e Prisma (hatch e sedã mais vendidos no País) e a estreia de novos motores de três cilindros.
Previsão: meados do segundo semestre.
Para a Hyundai, 2019 será importante com a segunda geração dos HB20/HB20S (hatch e sedã), ainda no primeiro semestre, cuja diretriz de estilo é o conceito Saga, exibido no recente Salão do Automóvel de São Paulo.
Renault terá reestilização de meia-geração do Sandero e do Logan, no segundo trimestre.
Peugeot 2008 e Suzuki Jimny (este apresentado no salão paulista) também receberão atualizações mais profundas, no primeiro trimestre.
O mercado de picapes também terá novidades.
Além da Mercedes-Benz Classe X no segundo semestre, Ranger Storm foi confirmada para novembro.
Incógnita continua sendo a Renault Alaskan, irmã gêmea da Nissan Frontier, em razão do imbróglio Carlos Ghosn que abala a aliança franco-nipônica.
ALTA RODA-TIGGO 5X é aposta forte da CAOA Chery nos SUVs.
Com 2,63 m de distância entre eixos, garante espaço interno superior aos atuais rivais.
Conjunto mecânico de primeira linha: motor turboflex de 1,5 L/150 cv (etanol) e câmbio automatizado de duas embreagens (seis marchas) proporciona trocas bem rápidas.
Freio de imobilização elétrico automático é muito útil no para-e-anda do trânsito.
DESTACAM-SE ainda no Tiggo 5x banco do motorista elétrico, monitoramento de pressão e temperatura dos pneus, multimídia de 9 pol. e rodas de 18 pol. de diâmetro.
Suspensão poderia ser um pouco mais firme, mas o mercado tem preferido esse tipo de acerto.
Porta-malas de 340 litros é um ponto fraco.
Preços bastante competitivos: R$ 86.990 a 96.990.
EVOLUÇÃO de meia geração do Honda HR-V destaca-se pelo acerto da suspensão.
Um pouco mais macia, sem comprometer comportamento em curvas, absorve melhor as irregularidades do piso.
Novos bancos aumentaram o conforto e “abraçam” melhor o corpo.
Câmbio CVT evoluiu discretamente, mas só na posição “S” da alavanca desempenho ganha vida.
OBSERVATÓRIO Nacional de Segurança Viária (ONSV) analisou números de mortos no trânsito de 2011 a 2016.
Houve redução de 15%, mas o Brasil não deve alcançar a meta proposta pela ONU até 2020.
Neste ritmo, a previsão é de que o Brasil registre 33 mil óbitos/ano ao fim do prazo.
Para cumprir o acertado, a mortalidade deveria cair de 62.000/ano para 31.000/ano.
ESTUDO em parceria J.D. Power Brasil/iCarros apontou quais as redes sociais mais utilizadas nas pesquisas de compra.
Os consultados podiam citar mais de uma e, assim, a soma passa de 100%.
Com 53% Facebook liderou, seguido por YouTube (40%), WhatsApp (31%) e Instagram (17%).
A última, no entanto, mostrou-se a mais eficiente na decisão de escolha de um modelo.
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