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Carregadores gratuitos para carros elétricos viram problema para a expansão do setor

Com carregadores antigos e filas, modelo de carregamento gratuito para carros elétricos precisa ser superado no Brasil

O mercado de veículos elétricos no Brasil vem crescendo significativamente, com 49.245 unidades vendidas em 2022, segundo a Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE). No entanto, a falta de infraestrutura de recarga é um obstáculo para o aumento da popularização dos veículos elétricos no país. Em particular, a questão dos carregadores gratuitos e pagos tem sido objeto de debates e reflexões.

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Para Ricardo David, sócio-diretor da Elev, empresa especializada em soluções para a eletromobilidade, os carregadores gratuitos são apenas temporários e usam tecnologia antiga, e poderão estar com seus dias contados quando o setor avançar.

“Eles são viáveis apenas em períodos iniciais de transição, quando o mercado de carros elétricos ainda é incipiente. Embora sejam divulgados por fabricantes como uma vantagem, esses carregadores gratuitos podem causar filas e frustração aos motoristas de carros elétricos”, afirma o executivo. Além disso, ele explica que os carregadores gratuitos podem não oferecer a mesma velocidade e capacidade de carregamento dos carregadores pagos.

O executivo ainda aponta que o carregamento elétrico gratuito é um dos entraves para o desenvolvimento tecnológico dos carregadores disponíveis no mercado brasileiro e que também são necessários estudos sérios para o entendimento do sistema de carregamento como um todo, além da criação de um plano nacional para a eletrificação.

“Tenho certeza que o setor da eletromobilidade continuará em constante crescimento e, com isso, principalmente com a popularização dos carros mais avançados no país, teremos uma demanda crescente para carregadores mais avançados e rápidos. Estes estarão apenas disponíveis em modos de distribuição pagos”, explica o executivo.

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Porém, para os consumidores que desejam continuar economizando na hora de carregar seus carros elétricos, ainda há soluções. “Uma das soluções mais viáveis encontradas em outros mercados é investir em um carregador doméstico. Assim, você terá maior controle, por mais que os carregadores pagos disponíveis tenham um custo de carga muito mais baixo do que o valor da energia consumida nas residências”, explica.

Os carregadores pagos são mais avançados e têm capacidade de carregamento rápido, oferecendo mais comodidade aos proprietários de veículos elétricos. No entanto, o investimento em carregadores pagos requer uma infraestrutura mais robusta e ampla, o que tem sido um desafio no Brasil.

Atualmente, o governo brasileiro, liderado pelo ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços e vice-presidente Geraldo Alckmin, tem mostrado interesse em investir no setor, mas ainda há inúmeros desafios. Segundo Ricardo David, um deles é a falta de um padrão para o plug de recarga, um obstáculo para a expansão da eletromobilidade.

“Ainda precisamos de um marco civil para a eletromobilidade. Apenas assim poderemos ver o setor desenvolver-se de forma plena e atingindo todas as lacunas que atualmente temos no mercado brasileiro”, explica.

Em resumo, enquanto os carregadores gratuitos são uma opção para os proprietários de veículos elétricos no Brasil, eles não oferecem a mesma qualidade e velocidade de carregamento dos carregadores pagos. A falta de uma infraestrutura adequada e a falta de um padrão para o plug de recarga são fatores importantes a serem considerados ao se avaliar o impacto da eletromobilidade no país. “O investimento em infraestrutura é crucial para garantir a expansão da eletromobilidade no Brasil e para oferecer opções de carregamento de qualidade aos motoristas de veículos elétricos”, completa Ricardo David.

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