Excesso de oscilação da carroceria e chiados durante a frenagem podem ajudar o motorista a identificar onde está a origem dos problemas
Nem tudo pode ser feito na garagem. Se o conserto precisar de maior conhecimento técnico ou ferramental específico, não hesite em consultar um especialista.
Freios – Segundo o engenheiro mecânico Rubens Venosa, o item de segurança máxima são os freios. “Pastilhas, discos e lonas não podem estar desgastadas e muito menos o fluido vazando.” Se o veículo tiver mais de 35 mil km ou um ano de uso e a luz do painel acesa, o fluido deve ser trocado. Ruídos durante a frenagem ou pedal sem firmeza podem indicar problemas.
Bateria – As não-seladas exigem reposição de água destilada. Se houver formação esbranquiçada nos terminais, solte-os, limpe toda a sujeira e aperte novamente os cabos.
Direção – A caixa de direção não pode ter folgas. Se o carro “puxar” para um dos lados, calibre os pneus. Se a falha persistir, faça o alinhamento.
Suspensão – Comportamento anormal em curvas, excesso de oscilação da carroceria e barulhos vindos das partes inferiores do carro podem ser sintomas de problemas com amortecedores.
Pneus – Calibre-os enquanto estiverem frios, sem se esquecer do estepe. Se for viajar com o carro lotado, veja no manual se o fabricante recomenda pressão maior para essas situações. Atente também para o degaste da banda de rodagem. Pneus “carecas” são perigosos e proibidos. A falha é passível de multa, ou mesmo de interrupção de viagem. Pior que isso, porém, é correr risco de acidente. Pneus com sulcos reduzidos oferecem menos estabilidade e aumentam o risco de aquaplanagem (situação em que o carro “flutua” acima de uma lâmina de água sobre a pista). Os pneus têm um índice de desgaste, denominado TWI (limite internacional de segurança). Trata-se de um ressalto na parte inferior dos sulcos. Quando ele chegar à superfície da banda, deve ser trocado. Recomenda-se a substituição quando o sulco atingir o limite de 1,6 mm de profundidade. Se o desgaste for irregular, pode evidenciar problema com a geometria da suspensão (alinhamento e cambagem).
Velas – Verifique o desgaste e, se necessário, troque. “Pelo estado da vela podemos saber como está o motor”, afirma o mecânico Fábio Fukuda.
Filtros – É aconselhável trocar o filtro de combustível a cada 10 mil km. O de ar permite limpeza antes de pedir troca.
Correias e mangueiras – As correias têm de estar em boas condições. O manual informa a quilometragem indicada para troca. Quanto às mangueiras, as borrachas não devem estar ressecadas, o que causa rachaduras e vazamentos.