O verão pode trazer sérios danos ao automóvel. O clima quente, além de aumentar a temperatura interna do veículo, estraga a pintura, bancos e as partes plásticas.
Principalmente se o automóvel for submetido a super exposição solar. A incidência dos raios ultravioletas sobre a lataria provoca manchas esbranquiçadas e queimaduras na pintura.
Quem mais sofre com os efeitos solares são os carros de cores escuras. Os veículos de cor preta, vermelha, azul e o verde, por reterem mais calor, absorvem mais os raios solares.
Por esse motivo, eles queimam mais facilmente do que os de cores mais claras. “Em carros brancos a tendência é a pintura amarelar”.
“A camada de verniz aplicada sobre a pintura não é suficiente para proteger os automóveis dos efeitos do sol. Por isso, a pintura tende a descolorir”.
O sol também representa um perigo para as partes plásticas do carro. Para se ter uma idéia, o painel de um carro que fica exposto a uma temperatura de 35 graus centígrados chega a atingir 65 graus. Se o automóvel for de cor preta, o calor que incide sobre a peça pode chegar a 68 graus.
“O painel, pára-choques, puxadores e outras partes expostas aos raios solares tendem a ressecar e ficar opacas. Em alguns casos pode trincar”.
PREVENÇÃO – Nem sempre é possível manter o automóvel ao abrigo do sol, ainda mais para quem utiliza estacionamento público.
No entanto, existem alguns cuidados que impedem que os efeitos nocivos dos raios ultravioleta danifiquem o carro.
Realizar o polimento da pintura após a lavagem é um deles. Uma forma mais eficiente e duradoura é a revitalização. “Ela é indicada para os carros que apresentam perda da cor”.
No processo de revitalização da pintura são usados produtos mais abrasivos, que removem a oxidação, pequenos riscos, imperfeições e manchas provocadas pela exposição excessiva ao sol.
“O polímero acrílico, que compõe a cera revitalizadora, proporciona um brilho intenso e a proteção necessária para a pintura do carro”.
Com a revitalização é possível remover o queimado da pintura sem atingir a camada de verniz do automóvel.
“A boina de espuma sintética espalha o produto apropriado para a remoção da mancha ou queimado sem atacar a pintura”. Depois desse processo, uma outra boina lustradora espalha a cera protetora. A durabilidade da revitalização é de seis meses.
Além de proteger a pintura, o proprietário do automóvel deve tomar algumas precauções no momento de lavar o carro.
“Às vezes, as manchas na pintura são provocadas pelo uso de produtos inadequados, como xampus à base de solda cáustica e muito ácidos”. O ideal é lavar o carro com xampu neutro ou de PH 7.
Para evitar o ressecamento do painel, pára-choques, retrovisores, puxadores e demais partes plásticas do carro, deve-se utilizar produtos à base de silicone.
“O silicone forma uma camada protetora, renovando as partes plásticas, sem deixar as peças gordurosas, como outros produtos feitos com óleo”. O silicone deve ser aplicado sempre que o carro for lavado.
“Se o carro ficar por muito tempo em exposição ao sol, é aconselhável utilizar o produto com mais freqüência”.
A conservação das partes plásticas internas e externas do automóvel requer o uso de produtos apropriados.
“A limpeza de peças externas do carro exige produtos de maior durabilidade e mais resistentes à água. Os usados no painel, por exemplo, não devem ter cheiro e precisam ser de fácil absorção”.
O sol também interfere na durabilidade dos assentos dos automóveis. Ele queima o tecido dos bancos.
Para conservá-los, o mais indicado é fazer a lavagem para remoção da sujeira acumulada e, depois, impermeabilizar. “A impermeabilização forma uma capa protetora, evitando que os raios solares penetrem no tecido”.
“A impermeabilização também protege do ácaro e manchas de líquidos”, enfatiza Suamir. O serviço tem garantia de um ano.
“Mas para manter a impermeabilização é necessário aspirar os bancos do automóvel uma vez por mês”.