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Tamanho dos faróis já beira o exagero: nos modelos apresentados mais recentemente, a peça avança pelo capô e pelos pára-lamas

Os faróis e lanternas estão passando por uma verdadeira revolução de design.

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Tornaram-se muito maiores nos modelos recém-lançados – basta ver os novos Toyota Corolla e o Honda Civic japoneses, o Ford Focus e o C5, modelo da Citroën que substituirá o Xantia –, comeram partes do capô e do pára-lamas e, de quebra, estão transparentes, mostrando uma parte do carro que só eletricistas costumavam ver.

O advento das lentes de policarbonato, em substituição ao vidro, proporcionou maior liberdade para criar os mais variados formatos, bem diferentes dos tradicionais redondos ou retangulares.

Um dos fatores que ocasionaram o aumento do tamanho dos faróis, segundo Edgard dos Santos, gerente-comercial da Arteb, fabricante de faróis, é o fato de que o pisca agora está incorporado a ele, numa mesma peça.

A última novidade, segundo Santos, é incluir o farol de milha na peça.

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Além disso, os faróis de modelos mais antigos formam monoparábolas – em uma única superfície arredondada, onde fica o refletor, há uma só lâmpada, que incorpora o farol alto e o baixo.

Hoje, entretanto, existe a tendência de produzir faróis com biparábolas: duas superfícies arredondadas abrigam lâmpadas separadas. Isso pode elevar para cinco o número de lâmpadas.

A transparência do policarbonato torna a peça quase uma vitrine: é possível ver tudo o que há dentro. Assim, o cuidado com a aparência aumentou bastante.

“A metalização do refletor precisa ser muito bem feita, pois qualquer defeito se torna visível”, explica Santos.

Para o professor Fábio Ferrero, da Faculdade de Desenho Industrial da FAAP, o aumento do tamanho dos faróis é muito mais determinado pelo estilo do que pela técnica.

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“A tecnologia permite fazer faróis menores, mas os estilistas têm buscado os mais rasgados”, afirma.

Segundo Ferrero, os detalhes dos carros, como faróis, lanternas e grades, são mais alterados porque são elementos mais baratos do que outros componentes, como capô e portas. “Existe uma tendência de mudar estilos a cada década, contrapondo-se ao modelo anterior, para estimular venda.”

Para o coordenador do curso de Mecânica Automobilística da FEI, Ricardo Bock, os faróis são artifícios muito sutis, que ajudam a identificar a personalidade do veículo.

“De uma forma subliminar, é como se os faróis representassem os olhos de uma pessoa e transmitissem seu estado de espírito”, afirma.

Segundo ele, é possível passar um perfil suave, arrogante ou potente. “Os carros populares têm aparência de humildes”, diz.

Imitação – Bock afirma que, durante alguns anos da década de 90, principalmente devido à invasão dos carros asiáticos no mercado americano, os faróis ficaram muito semelhantes: “Uns tentavam imitar os outros.”

Entretanto, de acordo com Bock, de dois ou três anos para cá as montadoras perceberam a importância dos faróis para a imagem dos modelos e para identificar os carros. E essa peça tornou-se tão importante que, segundo Santos, alguns veículos têm os faróis patenteados por serem muito característicos do modelo.

Para Fausto Bigi, diretor-geral da fábrica de faróis Cibié, embora a tendência dos faróis e lanternas no momento seja crescer, há modelos em que deverão diminuir.

Bigi informa ainda que futuros modelos terão faróis com superfícies mais complexas, alguns verticais, mais finos e compridos, ou ainda com espessura reduzida.

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