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Romi-Isetta, uma história à parte

O pioneiro da indústria automobilística brasileira foi a Romi-Isetta, o pequeno carro urbano para duas pessoas que, se “vivo”, completaria em setembro próximo 45 anos de idade.

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O veículo chegou ao Brasil, em 1956, com motor dois tempos de 9,5 cv e reduzidíssimas dimensões: 2,32 m de comprimento, 1,35 m de largura e 1,32 m de altura, o que lhe permitia que fosse estacionado de frente ou de ré para o meio-fio.

Era feito pela Iso, empresa italiana que cedera para a Romi, fabricante nacional de máquinas industriais, o direito de produção no Brasil.

O modelo era um projeto com soluções avançadas para a época. Suas linhas ovais, sem cantos vivos, e o chassi tubular conferiam grande resistência ao conjunto.

Seu sistema elétrico, de 12 volts, chegaria ao Fusca apenas em 1967. A Romi-Isetta também tinha pisca-pisca quando o Volks ainda usava “bananinhas” como luz de direção. E o teto solar já era equipamento de série.

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O eixo traseiro curto deixava as rodas bastante próximas – uma solução para dispensar o diferencial. A transmissão era feita por corrente banhada em óleo.

A Isetta nasceu na Itália em 1953 e, com a Europa empobrecida pela Segunda Guerra Mundial, o minicarro agradou.

Foi produzida também na França, Inglaterra, Espanha, Bélgica e Alemanha (neste país foi feita pela BMW, com motor quatro-tempos de moto e mais potente, com 13 cv).

No Brasil, a fabricação durou cinco anos – de 1956 a 1958 com motor italiano, de 1959 a 1961 com motor BMW.

Em 1957, o presidente Juscelino Kubitschek criou o Grupo Executivo da Indústria Automobilística, mas a Romi-Isetta foi excluída porque, para gozar de incentivos, o carro deveria ter “duas portas ou capacidade para quatro passageiros”. Por isso, o carro que deveria custar US$ 700 foi vendido por US$ 1,4 mil.

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A Romi vendeu aproximadamente 3 mil unidades, das quais estima-se que 300 ainda estejam espalhadas pelo Brasil, principalmente nas mãos de colecionadores.

Percy Faro – Diário do Grande ABC

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