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Opcionais X Segurança: quanto custa cada parte?!

Legislação, preço alto e displicência. Três fatores que têm respectivamente como responsáveis governo, montadoras e consumidor, e que resultam na preferência por equipamentos de conforto em detrimento dos de segurança

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Ao comprar um veículo zero e equipá-lo com os vários opcionais disponíveis, a preferência do consumidor passa longe de equipamentos como airbag e freios ABS, que custam muito caro.

Além do preço, a mentalidade do brasileiro ainda não está preparada para exigir a presença de tais itens de segurança que (é importante lembrar, com poucas exceções) só são de série nos veículos luxuosos.

As pessoas acham que o que a legislação manda é o essencial: cintos de segurança, apoios de cabeça dianteiros e pelo menos para os ocupantes dos bancos traseiros laterais. Ainda não existe uma consciência clara sobre o benefício do airbag.

Aliás, nem no que diz respeito à importância do apoio de cabeça central para o passageiro do meio. Fato também ignorado por várias montadoras.

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Na opinião da Promotoria de Justiça de Defesa do Consumidor de Belo Horizonte, o airbag deveria virar equipamento obrigatório. Não poderia ser disponível simplesmente para as pessoas que quiserem (e pagarem por isso).

Os jovens, que são os que mais se envolvem em acidentes, normalmente possuem um carro 1.0, mais barato, quase sempre sem airbag.

Aparência-O consumidor prefere aqueles itens que pode ver o benefício de cara, como direção hidráulica, ar-condicionado e duo elétrico.

Devido ao fato de o Brasil ser um país de clima quente, um dos equipamentos mais desejados é o ar-condicionado, que tem um preço elevado, de cerca de R$ 2 mil.

Num automóvel “popular”, como o Gol, a aplicação de airbag e freios ABS é reduzida. Ainda existe uma procura maior por rodas de liga leve do que por esse tipo de equipamento.

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Tais itens de aparência têm sido pedidos em cerca de 20% a 30% dos veículos, enquanto a adesão aos airbags e ABS’s não chega a 5%.

Na Ford, tal porcentagem não é diferente. O público consumidor ainda é mais ligado ao conforto.

Normalmente os itens mais comentados, ou seja, aqueles que o consumidor considera que têm que haver no carro, são direção hidráulica, ar-condicionado, CD Player, bancos e volante ajustáveis. Já nas pick-ups grandes e médios da marca, os freios ABS são itens de série nas rodas traseiras.

Na Fiat Automóveis, menos de 1% das solicitações nas vendas são de airbag e freios ABS. A montadora tem feito para contrabalançar é aumentar a oferta, pelo menos, do airbag, como equipamento de série.

Nos Palio Stile e Palio Weekend Stile, o airbag já é de série e também no ELX 2002. Além disso, Brava e Marea já oferecem o sidebag (airbag lateral) como opcional.

A presença ou não dos equipamentos de segurança depende também do tipo do carro. Num carro de luxo, além de querer estilo, o cliente vai querer um bom nível de equipamentos de segurança e de conforto. A partir de certa faixa, ele faz questão.

Para um carro de R$ 40 mil, R$ 50 mil, o consumidor passa a exigir o que há de melhor. Ou seja, não só airbags e freios ABS, como tudo mais a que tem direito.

Em contrapartida, quem está adquirindo um carro 1.0 ainda vai ter que escolher o que colocar no veículo. É quando entra a questão do preço do equipamento.

De série-Uma estratégia que deu certo: todos os veículos da Renault, independente da categoria, vêm com airbag duplo de série.

O consumidor passou a identificar a marca com o fator segurança. Pesquisa recente da montadora mostrou que quem compra um Clio está preocupado com segurança. Enquanto o conceito de inovação é o mais forte quando o assunto é o monovolume Scénic.

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