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O mercado dos motores 1000

O mundo das novas tecnologias está sempre em evolução. O tempo do estudo de viabilidade técnica até a implantação de uma nova solução tecnológica ficou muito menor.

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O grande limitador para o acompanhamento frenético das novidades tecnológicas é o custo, este é o grande fator impeditivo, mesmo nos países mais desenvolvidos.

Produtos, materiais, manufatura, distribuição, reparação, clientes; novas relações e novos conceitos em um novo mercado.

No Brasil ainda há mais um impedimento: novidades eletroeletrônicas são voltadas para os veículos de porte médio e o mercado atual encontra-se hiper concentrado em produzir veículos de baixa cilindrada com preço de veículo médio. A limitação é mercadológica e não tecnológica.

Hoje, a produção local destes engenhos ultrapassa a casa do milhão (já atingimos mais de 1 milhão de unidades produzidas com motorização de 1 litro). Uma incongruência econômica, mercadológica e tecnológica.

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Não é necessário ser um expert em automóveis para saber: carro 1000 é ruim para o trânsito pesado dos grandes centros urbanos porque é grande demais. É ruim de estrada porque falta motor e sobra insegurança.

Tentando minimizar as questões de ordem técnica, os fabricantes investiram pesado em tecnologia. Hoje fabricamos os motores de 1 litro mais potentes do mundo. Além de não resolver o problema ainda encarece o produto.

O carro 1000 transformou-se em opção por imposição legal e falta de opção política para a indústria e para o setor de transportes.

Um produto totalmente inadequado ao usuário e ao país, limitado ao mercado doméstico, pois as regras mundiais não utilizam os motores de 1 litro como referência ou parâmetro de classificação de veículos.

O fato é que os veículos 1000 custam o preço de veículo 2000, graças as sofisticações agregadas e a falta de opção nas cilindradas intermediárias.

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O mercado não oferta mais modelos médios e médios-grandes, os usuários que necessitam destes modelos estão a deriva e sem porto para atracar…

O intervalo dos 10 % de IPI dos modelos 1000 até os 25 % de IPI para os modelos acima desta cilindrada criou um abismo tecnológico e tributário limitando os modelos ao mercado interno e afastando-os do mercado externo, não dá nem para dividir o problema…

Todo o mercado espera por mudanças e torce para que o Brasil passe a ter um mercado similar ao de qualquer país civilizado.

Paulo Roberto Poydo e Marco Calixto
Synergy Consultoria e Treinamento Automotivo

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