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GM Hy-wire: um carro presente no futuro

‘Toda tecnologia em desenvolvimento num carro conceito que promete ser uma revolução no mundo do automóvel

O Hy-wire é resultado de uma cooperação entre designers e engenheiros da GM nos Estados Unidos e em Mainz-Kastel, na Alemanha, que integraram ao veículo o sistema de propulsão por célula de combustível, o mesmo projetado para o carro-conceito HydroGen 3 – cuja velocidade máxima é de 160 km/h –, baseado em uma Opel Zafira e mostrado pela primeira vez em 2001 no Salão de Frankfurt, na Alemanha.

Segundo o vice-presidente de Pesquisa, Desenvolvimento e Planejamento da GM norte-americana, Larry Burns, a propulsão do Hy-wire e todos seus sistemas de controle estão contidos em um chassi no formato de uma tábua de skate com 11 polegadas de espessura.

“Isso maximiza o espaço interior para cinco ocupantes e suas bagagens. Não há motor visível, nem pedais para se operar, mas simplesmente uma unidade chamada X-drive que é facilmente acionada tanto para a posição de direção direita como esquerda”, explica Burns.

O X-drive, que pode ser incorporado a sistemas de outros veículos e controlá-los eletronicamente em vez de mecanicamente, confere aos condutores grande liberdade.

Esse dispositivo contém botões com todos os comandos para o motorista: acelerador, freio, volante, etc. Por exemplo, para acelerar basta girar um botão. O X-drive agrega também um monitor eletrônico com as funções vitais do carro, dispostas em uma barra horizontal que se estende por toda a largura do carro.

Uma porta de recepção proporciona a conexão elétrica entre o chassi, feito todo de alumínio, e a carroceria de fibra de vidro. A bateria da célula de combustível, que produz uma energia contínua de 94 kw, está instalada na parte traseira do chassi.

O motor elétrico, que comanda as rodas dianteiras, está disposto de forma transversal entre elas. Três tanques cilíndricos estão localizados no centro do chassi.

Requisitos passivos de segurança serão preenchidos por meio do uso de elementos de absorção de impactos, chamados de crash boxes (caixas de colisão), em um futuro estágio de desenvolvimento do carro.

O Hy-wire pesa 1,9 mil quilos e tem pneus dianteiros de 20 polegadas e traseiros de 22 polegadas. Segundo a montadora, o fato de todos os elementos técnicos estarem dentro do chassi proporciona um baixo centro de gravidade, dando à arquitetura altos níveis de segurança e de potencial dinâmico de dirigibilidade.

Externamente, o Hy-wire é um elegante e esportivo veículo de quatro portas com linhas claras e definidas e extremidades curtas. Segundo o diretor-executivo de Design para Arquiteturas de Carroceria da montadora norte-americana, Ed Welburn, o design do sedã é construído a partir do fato de não existir compartimento de motor.

“O veículo é muito aberto, desde a frente até a traseira. Isso foi feito intencionalmente para realçar a abertura no interior”, afirma Welburn. Os painéis dianteiro e traseiro são feitos de vidro transparente, o que, aliado à ausência de tampas, favorece a visibilidade das vias pelo motorista.

“O fato de termos desenvolvido o Hy-wire como um veículo-conceito em apenas oito meses (desde sua introdução em Detroit) mostra nosso comprometimento com essa tecnologia e a velocidade com que estamos avançando”, diz o presidente mundial da GM, Rick Wagoner.

“O Hy-wire acelera nosso progresso com uma prova funcional de conceito que reforça a confiança na nossa habilidade de ganhar a aceitação do mercado de produção de veículos com células de combustível”, diz Wagoner.

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