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Habilidade de pilotos no trânsito

Um dos fatores mais estressantes do mundo moderno é o trânsito. Em horários de pico, como meio-dia e seis da tarde, os motoristas podem levar horas para percorrer trechos pequenos, graças aos congestionamentos, cada vez mais comuns em grandes centros urbanos.

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Se apenas de imaginar esta situação você já se sente nervoso, imagine como é a vida de quem precisa furar os engarrafamentos com velocidade e segurança. Este é o dia-a-dia dos pilotos de ambulância, carros de resgate e viaturas da polícia.

Para estes motoristas rapidez e eficiência é uma necessidade, pois alguns minutos a mais podem significar uma vida.

“Além de tudo temos que pensar nos nossos companheiros dentro do carro, que colocam suas vidas em nossas mãos”, afirma Edson Peçanha, que há seis anos dirige viaturas da Rádio Patrulha da Polícia Militar.

O policial já participou de diversas perseguições e diz que o maior problema é antever os gestos dos outros motoristas. “As pessoas não têm muita noção de trânsito e cometem diversas infrações”, comenta.

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Há sete anos dirigindo um dos carros de resgate do Corpo de Bombeiros, José Wilson Simas diz que já se acostumou à responsabilidade que o trabalho exige.

Ele sabe que o tempo que leva para fazer o percurso, entre o quartel na avenida João de Barros e o local da ocorrência, pode ser determinante para quem está acidentado.

Simas afirma que precisa dirigir ofensiva e defensivamente. “Tenho sempre que pensar rápido, agir logo e, ainda assim, tomar cuidado com os outros no trânsito”.

O motorista de ambulância Carlos Freire e o policial Moisés Lino concordam com Simas.

Para eles os motoristas na rua dificultam a passagem, na maioria das vezes por falta de conhecimento. “As pessoas conduzem de forma lenta na faixa esquerda e tentam ser rápidas pela direita. O trânsito fica mais difícil assim”, diz Moisés Nilo.

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Outra queixa dos pilotos é sobre a falta de atenção nas ruas. Eles contam que é comum encontrar pessoas com os vidros do carro fechados, e o som ligado em volume alto, o que atrapalha na hora de escutar a sirene.

Além dos que falam ao celular, apesar da proibição legal.

Os profissionais do volante fazem um alerta e pedem aos motoristas para que fiquem atentos, principalmente nos maiores corredores viários, por onde circulam sempre muitos veículos. “Eles podem perder uns minutos, não nós”, observa Carlos Freire.

DIFÍCIL – Ter uma profissão destas não é fácil: além de precisar ser aprovado num concurso público, no caso dos policiais militares e bombeiros, é necessário um curso de direção específica. Os aprovados também têm que ficar, periodicamente, fazendo cursos de reciclagem.

Os cursos duram, em média, quinze dias e com instruções de oficiais das corporações e de técnicos do Detran. Ao terminar as aulas o motorista vai adquirindo aos poucos o ritmo do trabalho nas ruas.

Nas aulas eles aprendem como guiar em situações de perigo, sem pôr em risco a vida dos integrantes da viatura, ou os outros motoristas no trânsito.

“O mais difícil é enfrentar um tiroteio em velocidade. Temos a responsabilidade de nunca atingir ninguém, ao contrário dos bandidos”, conta Peçanha.

Os motoristas da Rádio Patrulha ainda devem desempenhar uma segunda função, auxiliando os colegas na hora de isolar um local. Para isto eles empunham a arma e se posicionam atrás do veículo, para dar cobertura ao pessoal de campo.

“Todos envolvidos na operação devem participar, antes de sermos motoristas, somos policiais”, diz Nilo.

Encarar troca de tiros é exclusividade da polícia, mas o motorista de ambulância Carlos Freire vive situações difíceis, ouvindo os pacientes gritarem, o que, normalmente, tiraria a concentração no trânsito.

“No começo ficava muito nervoso quando isto acontecia, hoje tento deixar um pouco de lado, porque tenho que ser rápido e ao mesmo tempo cuidadoso ao volante”.

TRANSPORTE (IN)SEGURO
“Usar vidro temperado em pára-brisa
de ônibus fere leis de trânsito”, alerta executivo

De acordo com o artigo 1º da resolução do Conselho Nacional de Trânsito nº 710, de 16 de agosto de 1988, é obrigatório o uso de vidro de segurança laminado no pára-brisa de todos veículos automotores de fabricação nacional, produzidos a partir de 1º de janeiro de 1991. No entanto, segundo o gerente da Vitrotec Vidros de Segurança, Luiz Carlos Mendes, “muitas empresas de ônibus não cumprem esta exigência”.

O executivo diz haver empresários que alegam não saber distinguir um vidro laminado de um vidro temperado. O artigo 2º da resolução, no entanto, é muito claro: determina que os pára-brisas laminados devem conter a identificação com o certificado emitido pelo Instituto Nacional de Metrologia, Normatização e Qualidade Industrial (Inmetro) em local apropriado. “Não há justificativa plausível para não ver a diferença. Se não houver identificação no vidro, este produto está irregular”, afirma Mendes.

O gerente da Vitrotec informa que os veículos saem das montadoras com vidros laminados e que o problema começa depois. “Quando ocorre algum problema que exige a troca do vidro, este é substituído por um temperado, geralmente mais barato que o laminado”, diz Mendes.

“Os usuários e os condutores correm riscos. É preciso que os empresários tenham esta consciência e que os sindicatos lutem pela segurança dos trabalhadores”, afirma o executivo. Em um acidente ocorrido recentemente em Fortaleza, uma passageira foi atirada para fora do ônibus pelo pára-brisa e em seguida atropelada pelo próprio veículo.

“Se o vidro fosse laminado, ele não teria se rompido”, afirma Mendes. “Em colisões, os estilhaços de vidros temperados podem causar sérios ferimentos aos motoristas, podendo até mesmo cegá-los.”

O vidro laminado, é composto por lâminas de vidro intercaladas por películas de polivinil butiral, um plástico (polímero) resistente que impede o estilhaçamento.

Mecânica Online & Ex-Libris Assessoria

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