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Agora ou nunca: o imperativo da colaboração automotiva

O relatório revela mudanças fundamentais na indústria até 2010

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A IBM Business Consulting Services, divisão de consultoria da companhia, prevê que até 2010 a forma de atuação do setor automotivo passará por transformações consideráveis, baseando-se em relações colaborativas entre fornecedores, revendas e outros agentes da cadeia produtiva.

Esta previsão faz parte do novo relatório, “Agora ou nunca: o imperativo da colaboração automotiva”, que traça estratégias para o setor, as quais irão levar a uma forma mais flexível de condução dos negócios e de resposta às exigências do mercado.

Segundo o estudo, haverá uma transformação no modelo atual das relações montadora-fornecedor, dominado atualmente pela desconfiança e interesses conflitantes.

As montadoras deixarão de procurar a melhoria dos seus resultados através do poder de negociação para forçar fornecedores a reduzirem preços.

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Ao contrário, a colaboração entre diversas empresas no ambiente de projeto e engenharia irá acelerar a criação de valor e com isso, aumentar as margens operacionais.

“Na última década, a estrutura de fabricação automotiva passou por uma grande mudança. A estratégia ”crescer para sobreviver” foi substituída por uma consolidação, onde as Original Equipment Manufacturers (OEM) individuais foram substituídas por empresas globais, as Vehicle Brand Enterprises (VBE), cada qual gerenciando um conjunto de marcas.

O modelo de negócios colaborativo constituirá o caminho para que as montadoras consigam competir e vencer nesse novo ambiente.”, diz Paulo de Tarso Petroni, consultor responsável pelo setor automotivo da IBM Business Consulting Services.

O estudo mostra que, com o tempo, as montadoras e fornecedores mais bem-sucedidos criarão comunidades colaborativas integradas de alto desempenho.

A concorrência entre custos continuará a ser um imperativo, no entanto as empresas competirão em termos de velocidade e melhor funcionalidade.

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Os ciclos de vida dos produtos serão curtos, exigindo melhorias significativas de produtos e serviços para que se possa continuar competitivo.

Dentro deste novo modelo, a tendência para a consolidação se mantém e o estudo prevê que, até 2010, não haverá mais de 20 a 30 grandes fornecedores do setor automotivo no âmbito global.

Fatores que motivam a mudança
Os investimentos inerentes à rápida criação, desenvolvimento e fornecimento de novas tecnologias para consumidores, cada vez mais exigentes, irão forçar as empresas a repensar suas posições no mercado.

No futuro, a concorrência irá deixar de ser entre empresas isoladas, transferindo-se para o nível da comunidade (entre núcleos de fornecedores).

As empresas que forem capazes de reunir a melhor comunidade logística e acelerar a inovação voltada para o consumidor mais rapidamente que os núcleos de seus concorrentes, alcançarão e manterão vantagem competitiva.

“Os vencedores de longo prazo serão as comunidades automotivas que conseguirem aliar uma sólida gestão de relações com o consumidor a um processo de inovação bem gerenciado. Elas também investirão com êxito nas necessidades dos clientes em relação ao processo produtivo, vendas de veículos e serviços”, diz Petroni.

É importante frisar que a montadora bem-sucedida do século 21 irá combinar agilidade, flexibilidade e rapidez de comercialização.

Essa tendência será provocada por descobertas tecnológicas de engenharia veicular e o advento do software nos carros.

As montadoras irão descobrir que as mudanças tecnológicas no veículo irão encurtar o ciclo de vida do produto, aumentando a importância estratégica da agilidade e da flexibilidade.

Comércio de Produto Colaborativo
Para responder a estes desafios, as empresas precisarão adotar uma nova abordagem de criação e distribuição de valor entre os parceiros comerciais.

O primeiro passo para criação desse modelo é a identificação das empresas certas para se construir valor mútuo por meio de um conjunto certo de ferramentas, práticas e relações, chamado Comércio de Produto Colaborativo (CPC).

O CPC é a aplicação de uma estrutura coesa de e-business a todos os aspectos do ciclo de vida do produto, que no final irá permitir a ligação entre o consumidor e o processo de desenvolvimento do mesmo.

Ao dar a todos os agentes dentro de uma empresa acesso simultâneo à mesma informação, o sistema permite que questões relacionadas ao desenvolvimento de produto, comercialização e gestão de ciclo de vida sejam tratadas de forma mais eficiente.

Os benefícios dessa abordagem incluem redução de custos, ciclos de vida mais curtos e desenvolvimento de produtos e serviços voltados para o consumidor, sustentando a vantagem competitiva das empresas.

As relações integradas permitirão também, aos membros da comunidade, concentrar esforços em suas atividades principais e desenvolver as competências dos seus parceiros colaborativos.

As ferramentas de colaboração, dentro de uma cadeia logística complexa, já estão disponíveis e a necessidade de um novo processo colaborativo é clara.

A transição para esse modelo não será fácil mas, no final, será menos dolorosa que a tentativa de manter, no século 21, o modelo de “pressão” do século 20.

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