Para os apaixonados, interior dos carros é lugar ideal para o namoro
Os apaixonados mais ousados garantem que quem vê o carro como um simples meio de transporte não sabe o que está perdendo.
Por fetiche, curiosidade ou necessidade, o namoro nos carros já virou tradição e as histórias infantis mostram que existe desde os tempos das carruagens.
Para muitos o melhor momento é quando o trânsito está parado. Apesar das películas dificultarem um pouco, a paquera pode rolar e quem sabe a troca de celulares não acontece?
Além de dar uma forcinha no namoro, os carros também são o local preferido de alguns casais para os famosos “amassos”.
“O carro é um lugar ótimo para ficar juntinho. É quentinho e aconchegante, mas hoje em dia está perigoso e evito ficar no carro por muito tempo”, diz Roberta Magalhães, 22, que namora Gustavo Leite, 27, há três anos. Ela diz ser uma pena não poder ficar aproveitando a vista e namorando na avenida Boa Viagem por conta da violência. “É um programa delicioso, mas não dá para ficar de bobeira,” explica.
A saudade venceu a responsabilidade no caso do casal Pedro de Sá e Luísa Braga, nomes fictícios pois não quiseram se identificar, juntos há mais de quatro anos.
“Tivemos uma briga e quando reatamos preferimos ficar um tempo escondido. Não podíamos ficar em casa, então ficávamos no carro mesmo. A película escura nos dava privacidade”, conta Luísa. Os lugares procurados eram os mais desertos e perigosos. “Uma ruazinha escura e deserta era o lugar perfeito. Conhecíamos os riscos, mas não nos controlávamos e às vezes ficávamos nos estacionamentos dos shoppings”, lembra Pedro.
Os adeptos dos “amassos” nos carros dizem que alguns modelos são mais indicados, como os compactos onde os bancos podem ser parcial ou totalmente rebatidos. Nesse quesito os mais propícios são o Renault Scénic, Citroën C3, Honda Fit, Fiat Stilo e Ford EcoSport.
Mas quem não pode contar com bancos grandes e confortáveis não deixa de se virar com o que tem, um Celta, Palio… Tem até a desculpa de quanto menor, mais apertadinho fica, o que é melhor.
Júlia Kacowicz – Pernambuco.com