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Catalisador falsificado piora a poluição

Pesquisas realizadas pelo Laboratório de Poluição Atmosférica da Faculdade de Medicina da USP (Universidade de São Paulo) apontam que cerca de 300 crianças são mortas por ano devido a grande concentração de poluição em grandes centros urbanos, como São Paulo.

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Além disso, segundo o SUS (Sistema Único de Saúde), a taxa de mortalidade de idosos acima de 65 anos cresce 12%.

Isso se deve ao aumento do nível de óxidos de nitrogênio que são lançados no ar. Os veículos são responsáveis por 90% dessa poluição. Isso porque, em média, 3,5 milhões de automóveis rodam com catalisador falsificado no País.

“É importante conscientizar os motoristas que o equipamento é fundamental para evitar que os veículos emitam gases tóxicos que causam problemas à saúde da população”, comenta Carlos Eduardo Moreira, gerente de Marketing da Umicore, principal fabricante de catalisadores do Brasil.

Uma pesquisa da Escola de Saúde Pública da Faculdade de Medicina de Harvard aponta que a poluição reduz a expectativa de vida do ser humano. Durante 16 anos, pesquisadores acompanharam um grupo de 8 mil pessoas com idade entre 45 e 60 anos, em diversas cidades norte-americanas.

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O estudo comprovou que os habitantes de cidades com altos índices de poluição vivem, em média, 2,5 anos menos do que os moradores de locais com o ar mais limpo.

Solução

Para contribuir com a melhora da qualidade do ar é imprescindível o uso do catalisador automotivo original, pois o equipamento reduz em até 98% o nível de gases poluentes emitidos pelos automóveis.

O catalisador é responsável pela conversão de gases tóxicos liberados pelo motor em inofensivos para a saúde da população e o meio ambiente.

“O monóxido de carbono, ao passar pelo equipamento, é transformado em gás carbônico, que exalamos pela respiração”, explica Stephan Blumrich, gerente de Tecnologia de Aplicação e Industrial da Umicore.

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O uso do equipamento adulterado representa uma violação à legislação, além de poluir o meio ambiente e danificar o motor dos veículos.

Nos carros, as conseqüências imediatas são o aumento do consumo de combustível pelo desarranjo da regulagem do motor e perda de potência.

“A marca estimada de 3,5 milhões de catalisadores falsificados compromete nosso trabalho para reduzir a poluição do ar”, afirma Moreira.

A falsificação do catalisador ocorre com a retirada da cerâmica interna, que contém metais nobres. Estes são responsáveis pela transformação dos gases poluentes em inofensivos.

Com a carcaça vazia, o interior do equipamento é preenchido com palha de aço ou um pedaço de tubo de escapamento, que tem as suas extremidades soldadas ao corpo da cápsula metálica do catalisador. Isso confere peso, consistência e volume semelhantes ao da peça original.

Transformação dos gases

Confira na tabela abaixo os gases emitidos por veículos sem catalisador, as conseqüências para a saúde da população e o resultado da catálise feita por um equipamento original.

Gases Efeitos Após a catálise
HC (Hidrocarbonetos) Causa irritação nas vias respiratórias, anemias, leucemias e câncer pulmonar Transformado em vapor d’água e gás carbônico (gás exalado ao respirarmos)
CO (Monóxido de Carbono) Causa asfixia sistêmica, pneumonias e danos cerebrais Transformado em gás carbônico (gás exalado ao respirarmos)
NOx (Óxidos de Nitrogênio) Causa ardência nos olhos, nariz e mucosas. Também provoca bronquite, enfisema, insuficiência respiratória e até mutações genéticas Transformado em N2 (Nitrogênio), que representa 75% do ar que respiramos da atmosfera
O3 (Ozônio) Causa irritação nos olhos, na garganta e infecções generalizadas São originados das reações fotoquímicas da luz solar com os poluentes HC e NOx
Fonte: Umicore

A Umicore Brasil, empresa de origem belga, com sede em Bruxelas, adquiriu recentemente os negócios Precious Metal Group (PMG), que pertenciam à americana OMG.

No Brasil, a Umicore está dividida em três Unidades de Negócios – Catalisadores Automotivos, em Americana (SP); Metaloquímica e Materiais Técnicos; em Guarulhos (SP).

Seus produtos atendem aos mercados automotivo, químico, petroquímico, farmacêutico, eletroeletrônico e energia. A empresa também atua no refino e reciclagem de metais.

Catalisador: a solução para as motocicletas

Em 1992, a produção de motos para o mercado brasileiro foi de 53 mil unidades. Após 10 anos, de acordo com a Abraciclo, associação que representa os fabricantes de motocicletas, a produção deste tipo de veículo saltou para 861.469 motos, sendo que 753.159 unidades foram destinadas ao mercado nacional.

Com o rápido crescimento do segmento, ocorreu no início deste ano a implantação da primeira fase do Promot (Programa de Controle da Poluição por Motociclos e Veículos Similares), que estabelece o limite de emissão de poluentes em 13 g/km para monóxido de carbono (CO); 3,0 g/km para hidrocarbonetos não queimados (HC) e 0,3 g/km para óxidos de nitrogênio (NOx).

“Este primeiro passo da legislação garante que as motocicletas produzidas desde o início do ano poluam menos em comparação aos modelos fabricados até 2002”, afirma Stephan Blumrich, gerente de Tecnologia de Aplicação e Industrial da Umicore.

De acordo com a Umicore, principal fabricante de catalisadores automotivos, com 60% de participação no mercado brasileiro, para que as motocicletas atinjam o reduzido nível de emissão de poluentes será preciso a incorporação de modernas tecnologias.

“Uma das soluções para as motos deixarem de liberar gases tóxicos na atmosfera é equipá-las com catalisador”, ressalta Carlos Eduardo Moreira, gerente de Marketing da Umicore.

A empresa já produz mundialmente o catalisador para motocicletas. Existem duas tecnologias principais. Para aplicações leves, a Umicore desenvolveu o Hot Tube®. Trata-se de um tubo metálico perfurado que, com um revestimento catalítico, realiza a conversão dos gases emitidos pelo escapamento da motocicleta.

“O equipamento diminui significativamente as concentrações de poluentes provenientes dos motores das motocicletas, com a grande vantagem de ser simples e com quase nenhuma influência na condução dos gases no sistema de escape”, explica Blumrich.

A outra tecnologia é o catalisador monolítico. Este, similar ao equipamento utilizado nos automóveis, tem maior eficiência, devido à área superficial da peça ser muito maior.

Nos Estados Unidos e na Europa, a maioria das motos são equipadas com catalisador monolítico e, na Ásia, o Hot Tube tem inúmeras aplicações em motocicletas – a maioria de pequenas cilindradas.

“Com as duas tecnologias disponíveis, podemos desenvolver uma aplicação otimizada para cada moto no que se refere à atividade catalítica, perda de pressão e custos“, afirma Blumrich.

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