Mais álcool que gasolina: uma mistura explosiva que pode deixar o consumidor a pé. Conheça os campeões da fraude do combustível no País e saiba como denunciá-los
Encontrar combustível adulterado é bem mais comum do que você imagina. Dois estados do Nordeste são campeões de “batismo” de gasolina. Os números são surpreendentes.
Em Alagoas, o motorista que enche o tanque do carro corre o risco de não ir muito longe. Uma pesquisa feita pela Agência Nacional de Petróleo – ANP – revela: 32% dos postos do estado vendem combustível adulterado. É o maior índice do país.
Em Pernambuco, situação parecida: o estado ocupa o segundo lugar no ranking da adulteração de combustíveis, 18% dos postos vendem gasolina fora dos padrões. Não é difícil para o consumidor descobrir o problema.
Em apenas uma das distribuidoras que abastecem Pernambuco, 66,7% do combustível vendido é adulterado. A empresa diz que desconhece o problema e alega que a adulteração pode ocorrer fora da distribuidora.
Os exames feitos neste laboratório da Universidade Federal de Pernambuco indicam que a mistura do álcool, acima do índice máximo de 23% estabelecido pelo governo, é o principal problema observado na gasolina vendida no Nordeste.
De acordo com a ANP, a situação é mais grave na época da safra da cana-de-açúcar, quando cresce a produção de álcool no Nordeste.
“O teste mais simples, que todo dono de posto é obrigado a fazer quando recebe o produto ou quando o consumidor pede é o teste do teor alcoólico”, diz Luiz Augusto Horta, da ANP.
Na dúvida, o consumidor tem o direito de pedir que o gerente do posto faça o teste na hora. E, se ele se recusar, procure a Agência Nacional do Petróleo.
Para fazer uma denúncia, saber mais sobre o seu posto e pesquisar preços, vá ao site da Agência Nacional do Petróleo. www.anp.gov.br.