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Audi convoca para recall e número de veículos convocados já passa de 5 milhões

A Audi está convocando proprietários de 3.274 veículos modelo A3, com motores 1.8 Turbo 150 e 180 cv, para substituir o tubo de vácuo do sistema de freio.

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Fazem parte da lista modelos de 2002 até 2005, sendo que 2.554 estão no Brasil e os demais foram exportados para Argentina, Chile, Colômbia, México, Peru e Venezuela.

Os proprietários dos veículos convocados correm o risco, numa situação de emergência, de serem surpreendidos com o mau funcionamento do sistema de freio.

Audi anuncia recall do A3 no Brasil – A Audi do Brasil constatou a possibilidade de ruptura da tubulação de vácuo do sistema de freio dos veículos Audi A3 equipados exclusivamente com motores 1.8 Turbo 150 e 180 cv e transmissão mecânica, ano modelo 2002, 2003, 2004 e 2005, produzidos no Brasil.

Esta ruptura pode acarretar na diminuição da eficiência de frenagem do veículo e aumento de esforço no pedal de freio.

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Diante desta constatação e com o objetivo de resguardar a segurança e a satisfação dos seus consumidores, a Audi está convocando os proprietários dos veículos que atendem a descrição, incluídos no intervalo de chassis discriminados abaixo, a entrarem em contato com um Concessionário Audi, para agendamento do serviço de substituição do tubo de vácuo do sistema de freio.

Ano Modelo:
Números de Série do Chassi
2002
24006658 a 24008878
2003
34000003 a 34010758
2004
44000004 a 44005836
2005
54000005 a 54000049

Para esclarecimento de eventuais dúvidas, a Audi colocou à disposição de seus clientes o Centro de Atendimento Audi, pelo telefone 0800-149 149.

No ano de 2004 aproximadamente 190.000 veículos foram convocados, em 40 recalls registrados no Brasil.

Segundo o autor do livro Recall: 4 Milhões de Carros com Defeito de Fábrica, Rodolfo Alberto Rizzotto, o número dos convocados no Brasil desde 2000 supera os 3,6 milhões de veículos, o que corresponde ao total aproximado da produção de automóveis no país de 2003 e 2004 somados.

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Na estimativa de Rizzotto, nos últimos 10 anos foram convocados mais de 5 milhões de veículos por possível defeito grave.

“Há muitas convocações em que as empresas não informam o número total de veículos objeto de recall, mas confirmados são 4.820.743 nos últimos 10 anos”.

A estimativa de Rizzotto é de que mais de dois milhões de proprietários de veículos convocados não atenderam ao chamado por desconhecimento ou negligência, e circulam com os veículos correndo risco.

Fiat pagou multa, mas GM não – Segundo admitiu o DPDC (Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor) o órgão já realizou 51 averiguações preliminares desde a implantação do Código de Defesa do Consumidor em 1991, sobre possíveis irregularidades. Somente duas empresas foram processadas administrativamente: Fiat e GM.

Ambas por problemas com convocações relativas a cinto de segurança. No caso da Fiat a empresa foi multada em R$ 351.120,00 em 2002 e pagou após perder o recurso na justiça.

A GM foi multada em decorrência de realizar o recall dos modelos Corsa e Tigra em outubro de 2000, quando ficou provado que já tinha conhecimento do problema na fixação dos cintos desde 1999.

Na ocasião foram convocados 1,3 milhões de veículos, quase 300 mil tinham sido exportados. A empresa admitiu que duas pessoas podem ter morrido em decorrência do desprendimento do cinto.

Apesar da multa aplicada pela Secretaria de Direito Econômico de R$ 3.192.300,00. A empresa não pagou, chegou a ser inscrita na dívida ativa da União e entrou com recurso na Justiça questionando o pagamento.

Na Comarca de São Caetano, a empresa realizou transação penal em 2002, espécie de pena alternativa, para evitar a possível condenação de vários executivos, dentre eles José Pinheiro Neto, vice-presidente da empresa.

Na ocasião, os executivos assumiram a obrigação de pagar prestação pecuniária que variou entre R$ 10.000,00 e R$ 12.000,00 por pessoa.

A GM assumiu a responsabilidade de doar 22 Celtas para instituições assistenciais e a realizar nova convocação, de 550.000 Corsas, que ainda não tinham atendido ao recall dois anos após a realização da convocação.

As empresas são obrigadas por lei e pela Portaria 789 a realizarem divulgação na mídia da realização do recall.

“A divulgação é precária e normalmente ocorre num único dia, a maioria das pessoas não tomam conhecimento do recall”, esclarece Rizzotto.

Nem mesmo no site do DPDC, encarregado de realizar a fiscalização das empresas, é feita a divulgação adequada do recall.

Dos 13 recalls realizados desde setembro deste ano, apenas um foi divulgado, envolvendo veículos Subaru, Os demais, com modelos da Honda, Mercedes Benz (duas), Volvo, Jaguar, Peugeot (duas), Chrysler (duas) e Audi, além dos recalls de pneus da BF Goodrich e Michelin, não foram noticiados pelo órgão responsável por fiscalizar se as empresas estão divulgando o recall adequadamente.

O DPDC apenas colocou no seu banco de dados de recall, mas não informou aos consumidores a realização dos mesmos.

Recall da VW no exterior é grátis e no Brasil está sendo cobrado – Em abril de 2004 a VW realizou recall envolvendo 870.000 veículos Passat e Audi, destes a empresa admitiu que 17.000 estariam no Brasil.

O motivo é o desgaste prematuro das buchas de suspensão. A VW do Brasil entendeu não se tratar de recall, porque não envolve item de segurança, embora as notícias da imprensa internacional revelam que o problema pode afetar a dirigibilidade do veículo.

No Brasil, a empresa decidiu apenas enviar carta aos prováveis proprietários, de modelos fabricados entre 1996 e 1999, o que já caracteriza chamar de volta, tradução da palavra recall.

Segundo a assessoria da empresa, os proprietários que comparecerem às concessionárias terão as peças trocadas mas deverão pagar pelo serviço.

“Essa é a diferença. Nos EUA, por exemplo, o governo investiga defeitos e determina o recall, independente da empresa fazer espontaneamente. No Japão, em junho deste ano, executivos da Mitsubishi foram presos por não terem realizado recall de um determinado modelo. No Brasil, o fabricante é que decide quando fazer ou não, e também se uma convocação pode ser cobrada ou não, segundo seus critérios”, afirma Rizzotto.

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