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A relação entre a turboalimentação e o meio-ambiente

Curso para especialistas ressalta como o sistema de alimentação de motores é imprescindível para a redução de emissão de poluentes

A Honeywell Turbo Technologies – Garrett – aproveitou o início do Protocolo de Kyoto para promover um curso de formação de especialistas em turboalimentação, considerado um dos principais recursos para a redução dos níveis de emissões dos motores de veículos.

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Em comemoração à entrada em vigor desse acordo, a empresa reuniu em sua sede, em Guarulhos (SP), 50 profissionais que trabalham com assistência técnica em turboalimentação em todo o Brasil para reforçar a importância que a tecnologia adquire para a preservação do meio ambiente.

O Protocolo de Kyoto é um acordo ratificado por cerca de 140 países com o objetivo de reduzir, entre 2008 e 2012, a emissão de gases que causam o efeito estufa em cerca de 5% em relação aos níveis de 1990.

“Consideramos o melhor momento para transmitir aos profissionais a importância da turboalimentação de motores e contribuir efetivamente para esse esforço mundial”, informou George Norio Kikuchi, gerente de Marketing e Pós-Vendas da empresa.

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O sistema de turboalimentação de motores é um dos principais recursos que a indústria automobilística dispõe para a redução da emissões de gases poluentes.

Por esse atributo e pelas restrições cada vez mais rigorosas para a preservação do meio ambiente, o mercado europeu apresenta grande evolução nas vendas de automóveis equipados com motores a diesel e sistemas de turboalimentação.

No ano passado, a Honeywell mundial produziu oito milhões de turbos, dos quais seis milhões destinaram-se exclusivamente para o mercado europeu. No Brasil a produção atingiu a marca de 210 mil unidades.

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Além da economia de combustível, a turboalimentação contribui para os fabricantes de motores atingirem os cada vez mais rigorosos limites de emissões de gases, impostos pelas legislações européia, asiática e norte-americana.

No Brasil, em janeiro passou a vigorar a norma Euro III (que corresponde à fase 5 do Conama).

George Norio Kikuchi informou que a turboalimentação reduz de forma significativa a emissão de gases e explica que enquanto um carro vendido no mercado europeu com motor 1.4L a gasolina e sem turbo, emite 157 g/kg de CO2 (dióxido de carbono), o mesmo modelo, com motor 1.4L a diesel e com turbo, produz 114 g/kg, numa redução correspondente a 27%.

O executivo explica que entre os fatores que contribuem para os motores turbodiesel apresentarem mais baixas emissões de CO2 está o menor consumo de combustível em relação aos modelos a gasolina.

No Brasil, todos os veículos comerciais equipados com motor a diesel (esse com bustível ainda é proibido para carros de passageiros), contam com o sistema de turboalimentação, considerado o único recurso para os fabricantes de motores atenderem aos limites estabelecidos pelas normas ambientais.

Protocolo de Kyoto: mais benefícios para os países em desenvolvimento que para o meio ambiente – Em vigor desde o dia 16 de fevereiro deste ano, o Protocolo de Kyoto estabelece que os países industrializados devem reduzir a quantidade de gases poluentes em pelo menos 5% em relação aos níveis emitidos em 1990.

Mas, este acordo mostra-se mais eficiente para proteção do meio ambiente no papel do que na prática.

Isto porque os Estados Unidos, responsáveis por 36% das emissões mundiais de poluentes – cerca de 5 milhões de toneladas de dióxido de carbono (CO2) ao ano -, não ratificaram o Protocolo.

As justificativas são que este acordo pode vir a limitar o desenvolvimento interno do país. Mesmo não participando, os EUA se comprometem a aprimorar suas tecnologias, visando emitir menos poluentes.

Independente desta ausência, o meio ambiente terá benefícios já que anualmente deixarão de ser emitidos milhões de toneladas de CO2.

A redução das emissões deverá acontecer em várias atividades econômicas, principalmente nos transportes, responsáveis por um terço das emissões mundiais de dióxido de carbono.

Para o Protocolo entrar em vigor, foi necessário que os países signatários representassem pelo menos 55% das emissões mundiais de poluentes, meta que foi atingida com a adesão da Rússia.

Benefícios para o Brasil – Os países em desenvolvimento, que em princípio não são obrigados a cumprir o tratado, também serão beneficiados.

No caso do Brasil, os combustíveis renováveis, como o álcool etílico, podem ser adotados pelos países industrializados. Estes combustíveis além de poluir menos, também retiram da atmosfera gases como o CO2, durante o processo para sua produção.

“O nosso País está em uma situação privilegiada, precisando apenas preservar as florestas e aperfeiçoar as tecnologias já utilizadas. Os veículos com sistemas flex (álcool, gasolina ou a mistura de ambos) são exemplos de tecnologias nacionais que podem ser adotadas no mundo todo”, analisa Alfredo Castelli, diretor de Meio Ambiente da AEA.

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