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Assim como as rugas, logomarcas trazem histórias das marcas

Os emblemas dos fabricantes de automóveis são mais do que simples símbolos de identificação das marcas.

A maioria deles traz embutidos diversos aspectos da história da marca, capazes de aguçar a curiosidade dos aficionados por carros.

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As logomarcas acompanham o surgimento das primeiras fábricas de automóveis, no início do século passado.

Como escuderias, agremiações esportivas e outras associações, os primeiros fabricantes de automóveis não dispensavam um símbolo de identificação do modelo, seguindo uma tradição surgida na Idade Média, como os brasões nobiliárquicos.

Veja o significado dos que mais ficaram marcados na história do automóvel:

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Audi: As quatro argolas unidas representam as marcas alemãs que formaram a Auto Union, fundada em 1947.

São elas: Horch, Audi, Wanderer e DKW. No dia 1º de janeiro de 1985, a Auto Union passou a se chamar Audi AG, com sede empresarial em Nekarsulm, na Alemanha.

Alfa Romeo: O símbolo é composto pela bandeira com a cruz vermelha (brasão da cidade de milão) e pela serpente devorando um homem (símbolo da família real milanesa).

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O nome do fabricante italiano, fundado em 1910, é a combinação da sigla A.L.F.A (Anonima Lombarda Fabbrica Automobili) com o sobrenome do engenheiro Nicola Romeo, fundador da marca.

BMW: Representa uma hélice de avião, nas cores azul e preta. Foi criada depois que os irmãos Karl Rath e Gustav Otto conseguiram permissão do governo alemão para produzir motores de avião, em 1917.

O primeiro carro a ter o símbolo da marca alemã foi o modelo Dixi 3/15, de 1928. BMW é a abreviatura de “Fábrica de Motores da Bavária” (Bayerische Motoren Werk).

Chevrolet: Diz a lenda que o logotipo em forma de gravata borboleta foi baseado na ilustração do papel de parede de um hotel em Paris onde um dos fundadores da marca, William Durant, teria se hospedado, em 1908.

Durant guardou a amostra na carteira para usá-la como símbolo da marca de automóvel que fundou em parceria com o piloto Louis Chevrolet.

Chrysler: A antiga estrela de cinco pontas, formada a partir de um pentágono com cinco triângulos, representa a precisão da engenharia.

O logo atual é um escudo com asas, que já havia sido foi adotado entre as décadas de 30 e 50.

Citroën: Os dois “V” invertidos, conhecidos na França como ” Deux Chevron”, simbolizam a engrenagem bi-helicoidal criada pelo engenheiro Andre Citroën, fundador da marca francesa.

Dodge: O búfalo simboliza a cidade de Dodge, localizada no estado de Kansas (EUA), no oeste norte-americano.

Ferrari: O cavalo preto empinado sobre o fundo amarelo era usado no avião de Francesco Barraca, piloto de caça italiano morto na Primeira Guerra Mundial.

A pedido da mãe de Barraca, o comendador Enzo Ferrari passou a adotar o emblema em seus carros a partir de 1923.

Fiat: A sigla em letras brancas sobre fundo azul significa Fábrica Italiana de Automóveis de Turim.

Ford: O símbolo oval com a assinatura de Henry Ford permanece quase inalterado desde a fundação da empresa, em 1903. Hoje ele inspira o desenho das grades dos carros da marca.

Jeep: Marca norte-americana cuja origem vem da pronúncia, em inglês, da sigla G.P (General Purpose), utilizada para identificar os modelos destinados a vários tipo de uso.

Lamborghini: O touro que aparece no símbolo dos esportivos italianos é uma homenagem do fundador da marca, Ferruccio Lamborghini, às lutas de touro, pelas quais era fanático.

Tanto que os carros da marca (Diablo e Murciélago) têm nomes de touros famosos.

Maserati: O logotipo da marca italiana representa o tridente de Netuno, símbolo da cidade de Bolonha. A fábrica foi fundada em 1919 pelos irmãos Carlo, Bindo, Alfieri, Ettore e Ernesto Maserati.

Mercedes-Benz: A estrela de três pontas representa a fabricação de motores para uso na terra, água e mar.

Surgiu depois que Gottlieb Daimler enviou cartão postal para sua mulher, dizendo que a estrela impressa no cartão iria brilhar sobre sua obra.

Mitsubishi: Um diamante de três pontas que remete à resistência e preciosidade. O símbolo veio do nome da marca: “Mitsu” significa três em japonês; “Bishi”, diamante

Nissan: A moldura azul (cor do céu e do sucesso na cultura japonesa) e um círculo vermelho ao fundo (que representam a luz do sol e a sinceridade) remetem ao provérbio “sinceridade leva ao sucesso”. Nissan significa “indústria japonesa”.

Peugeot: O leão estilizado, que representa a “qualidade superior da marca” e homenageia a cidade de Lion (França), é usado desde 1919. Desde então, o logotipo sofreu sete modificações.

Porsche: São dois brasões sobrepostos – o da região de Baden-Württemberg e o da cidade de Stutgartt (o cavalo empinado), sede da marca alemã. A marca adotou o símbolo a partir de 1949.

Quadrifoglio: O trevo de quatro folhas dos esportivos da Alfa Romeo é o amuleto usado pelo piloto Ugo Sivocci, considerado herói da marca depois de ter morrido em um acidente, em 1923, no circuito de Monza (Itália).

A partir daquele ano, todos os carros de corrida passaram a ter esse logotipo na carroceria.

Renault: O losango parecido com um diamante foi adotado em 1925, para sugerir sofisticação e prestígio.

Desde então, teve quatro mudanças de visual. O primeiro símbolo, de 1898, eram dois “R”, em homenagem aos irmãos Loiuis e Marcel Renault, fundadores da marca francesa.

Rolls Royce: Os dois “R” do logotipo eram estampados em vermelho. Com a morte de seus dois fundadores, Charles Rolls (1910) e Frederick Royce (1933), as letras passaram a ser grafadas em preto, em sinal de luto.

Saab: Uma das marcas sob controle da GM, a sueca Saab começou a fabricar aviões em 1938.

O nome vem de Svenska Aeroplan Akteebolaget. A produção de automóveis começou em 1959.

O logotipo circular tem um animal mitológico com cabeça de águia e garras de leão, símbolo da vigilância. O azul de fundo é a cor da marinha.

Subaru: Na língua japonesa, Subaru significa “plêiade” (conjunto de estrelas). Isso explica a constelação adotada como logotipo da marca.

Volvo: O polêmico logotipo da marca sueca (que hoje é controlada pela Ford) é o símbolo da masculinidade. Por esse motivo já foi muito contestado por movimentos feministas na Europa.

Texto: Glauco Lucena e Carlos Guimarães

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