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Lançamento do Livro “Hidrogênio, Evoluir Sem Poluir” é um grande sucesso

No último dia 18 de Abril foi realizado o lançamento do livro “Hidrogênio, Evoluir Sem Poluir:a Era do Hidrogênio, das Energias Renováveis e das Células a Combustível” no Clube Curitibano, em Curitiba.

Os mais de 300 convidados presentes puderam conhecer um pouco mais do trabalho realizado pela Brasil H2, através das demonstrações práticas de células a combustível e produção de hidrogênio realizadas pela estudante de engenharia química, Mariana de Bittencourt Grotzner e pelo diretor da Brasil H2, Bruno Zago.

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Eng. Emilio Hoffmann com seu lançamento nas mãos

Além da demonstração de kits educacionais, foram colocados mais de 20 painéis de exposição sobre hidrogênio, células a combustível e aplicações, além de um telão com imagens de projetos já existentes em todo o mundo.

O livro “Hidrogênio, Evoluir Sem Poluir” já está à venda no Portal Célula a Combustível através da Brasil H2 Store.

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O preço é de 41 Reais (entre os dias 29/04 e 8/05 o frete é grátis). Em breve estará à venda em outros sites e livrarias de Curitiba, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

Durante o evento, o Eng. Emilio Hoffmann Gomes Neto, autor do livro, recebeu os convidados e assinou os livros do início ao fim do evento, que começou às 19h45 e foi até 1 hora da manhã do dia seguinte.

Hidrogênio abastecerá os carros e casas do futuro – Nas ruas de países como o Canadá, Japão, Austrália, Alemanha, Portugal e Estados Unidos, os veículos elétricos CaC – equipados com células a combustível – já são uma realidade, ainda que em caráter experimental.

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As próprias indústrias automobilísticas fazem leasings com empresas como o correio e os governos locais e a Honda também deverá oferecer o produto, em breve e nas mesmas condições, para pessoas físicas.

A expectativa, segundo os estudiosos do assunto, é de que até o ano 2007 esses veículos já sejam competitivos tecnicamente em durabilidade e confiabilidade se comparados aos atuais veículos à combustão.

A venda em maior escala no mercado está prevista para 2008 e, em 2015, principalmente na Europa, EUA e Japão, a comercialização já deverá ser feita de forma maciça entre os consumidores.

“Esses países desenvolvidos entendem que, adotando a tecnologia desde o início de seu estudo, poderão deter uma base forte de conhecimento e assim crescer, estabelecendo padrões para a indústria liderar o fornecimento de componentes, subsistemas e serviços e atrair tecnologias complementares, capital e experiências resultantes”, comenta o engenheiro eletricista e estudioso do assunto Emilio Hoffmann Gomes Neto, da empresa paranaense Brasil H2 Fuel Cell Energy. “O Brasil, em termos de recursos naturais, é apontado como a maior potência mundial para a nova era da energia.

Porém, vender apenas combustível não possibilitará que o país se desenvolva e aproveite maiores oportunidades. Temos de desenvolver a tecnologia nacional, principalmente para geração de energia em residências, indústrias e veículos de grande porte, como os ônibus.”

Segundo Emilio, tudo isso depende de uma definição do governo sobre que rumo o país tomará, análises econômicas que mostrem que o Brasil levará vantagens, bem como de equipar laboratórios e universidades, conscientizar a sociedade sobre a tecnologia e o hidrogênio, motivar estudantes desde o ensino médio e fundamental para se interessarem por ciências.

“Ou seja, o país precisa investir em pesquisas e educação para poder entrar na concorrência”, complementa.

“Os automóveis CaC são apenas o início, mas um ponto de partida de suma importância. Esta é uma das maiores oportunidades que o Brasil está tendo de ser uma grande potência mundial, desde o crescimento social e educacional, até o benefício econômico e ambiental. Se não fornecermos logo ferramentas para pesquisadores e empresas nacionais, pecaremos pela omissão.”

Funcionamento de um veículo elétrico a hidrogênio – A célula a combustível é uma tecnologia de geração de eletricidade com alta eficiência, emitindo somente vapor d`água como resíduo final.

A eletricidade produzida a partir da reação eletroquímica entre o hidrogênio e o oxigênio do ar (sem combustão) é fornecida para um motor elétrico.

O motor elétrico pode ser colocado diretamente nas rodas do veículo ou ser utilizado a partir de um sistema de transmissão – tal como ocorre nos automóveis convencionais – fornecendo a energia de movimento para as rodas.

“Com o desenvolvimento da tecnologia, as células a combustível dos veículos também poderão fornecer eletricidade para uma residência ou algum equipamento que precise dela”, esclarece o diretor da Brasil H2 Fuell Energy.

“Alguns veículos que estão sendo testados já utilizam células reversíveis, ou seja, quando o veículo está freando, o motor elétrico atua como gerador de eletricidade e produz hidrogênio e oxigênio a partir de um tanque de água. Para que isto ocorra, a célula a combustível atua como eletrolisador – equipamento que quebra a molécula de água (H2O) em seus constituintes, os gases hidrogênio e oxigênio.”

Emilio explica que as células a combustível também podem ser utilizadas para fornecer energia para equipamentos internos do automóvel, como o ar condicionado e outros equipamentos eletrônicos. Durante a frenagem do veículo, pode-se carregar uma bateria ou ultracapacitor (espécie de bateria), ao invés de produzir hidrogênio, tornando o veículo mais econômico e auto-suficiente.

BARREIRAS A SEREM SUPERADAS – Um dos grandes desafios é a criação da infra-estrutura de postos de hidrogênio para esses combustíveis.

Nos EUA, já existe um projeto para desenvolver o primeiro posto de hidrogênio a partir do etanol, álcool muito utilizado no Brasil, onde o Ministério de Minas e Energia está em fase final da elaboração de um roteiro para a “Política Brasileira do Hidrogênio”.

“A partir do momento em que for colocada em prática essa política, poderemos ter uma previsão mais exata para a introdução dos veículos CaC no país”, comenta Emílio, que vem acompanhando o trabalho realizado pelo Ministério, com outros pesquisadores e especialistas no Brasil.

“Já existem alguns projetos nacionais de ônibus a hidrogênio que deverão ser implantados a partir de 2006. A questão dos custos, ainda considerados altos, deverá ser solucionada quando começar a produção em massa desses veículos com o alcance da maturidade tecnológica.”

Segundo Emilio, a meta é que o custo por quilowatt seja de 50 dólares em 2010. Um automóvel com célula a combustível tem uma potência média de 80 a 100 kW.

Se fossem produzidas 500 mil unidades hoje, o preço ficaria entre 190 e 300 dólares, de acordo com alguns estudos.

O preço dos carros convencionais está em torno de 30 dólares por kW. Com as exigências ambientais e uso de catalisadores mais eficientes, o custo poderá atingir até 100 dólares por kW para os veículos de motores a combustão.

A partir daí, a competitividade dos veículos a hidrogênio deverá terminar com o reinado de 100 anos dos motores a combustão.

“Quem afirmou isso recentemente foi o neto de Henry Ford, um dos inventores dos automóveis”, garante Emilio.

“Os desafios principais são a maior capacidade de armazenamento de hidrogênio, a compactação das células a combustível e a padronização dos componentes para que se diminuam os custos. Os veículos atuais já apresentam uma boa autonomia de aproximadamente 450 km. Entretanto, para o futuro, abre-se a possibilidade de termos veículos com autonomia acima de 1000 km, devido à maior capacidade de armazenamento e também à eficiência do veículo.”

O CARRO QUE ABASTECE A CASA – Os veículos do futuro também poderão funcionar como geradores de energia para as residências.

Esta é uma possibilidade, segundo Emilio, que dependerá, em parte, do interesse das próprias empresas automobilísticas, uma vez que a mesma tecnologia que elas desenvolvem para mover os seus veículos – a célula a combustível – também poderá ser utilizada para geração de energia em residências, hospitais e indústrias. Empresas como a Honda, Toyota e GM já estão oferecendo esta opção.

“Além de vender veículos as empresas automobilísticas poderão vender as próprias células a combustível para geração de energia estacionária, ou seja, em casa. Poderemos ter na concorrência de mercado concessionárias de automóveis fazendo promoções como, ao comprar um veículo a hidrogênio, o cliente ganha uma célula a combustível residencial.”

A potência de um veículo elétrico a hidrogênio fica entre 60 e 110 kW. Uma residência de classe média tem uma demanda de aproximadamente 4 kW.

Ou seja, um veículo pode fornecer energia para mais de uma dezena de casas no caso, por exemplo, de um blecaute em um condomínio. A duração do fornecimento vai depender apenas da quantidade de hidrogênio armazenado no tanque do automóvel.

Atualmente, os veículos não fornecem energia para as residências porque são barulhentos e queimam gasolina, emitindo fumaça e poluentes.

Sem entrar nos custos de produção da energia que, mesmo no futuro, juntamente com o conforto, vão determinar a viabilidade de se fazer isto.

“Algumas empresas de energia elétrica já estão inclusive se preparando para este novo mercado”, diz Emilio.

“Elas venderão o hidrogênio produzido a partir das hidrelétricas, por exemplo, para o setor de transportes. Poderemos ter postos de hidrogênio de empresas como a Copel, Cemig, concorrendo com os postos de combustíveis da Petrobrás, Texaco e Shell, que também estão investindo no hidrogênio e outras tecnologias de geração de energia.”

SEGURANÇA – O hidrogênio é tão seguro ou mais que o gás de cozinha se for adequadamente armazenado. Com a tecnologia, ele poderá ser produzido em casa através da eletrólise da água, utilizando-se para isso equipamentos conhecidos como “eletrolisadores” alimentados com energia elétrica da rede ou a partir da energia solar.

A produção também pode ser feita a partir da rede de gás natural – rico em metano e hidrogênio CH4 ou do biogás produzido a partir da fermentação do lixo orgânico e esgoto. “Tudo depende da economia e do conforto que se deseja ter”, finaliza Emilio Hoffmann Gomes Neto.

Autor na Bienal do Livro no Rio de Janeiro – Entre os dias 12 e 22 de Maio o autor, Emilio Hoffmann, estará participando da Bienal do Livro no Rio de Janeiro, oportunidade em que mais de 300 mil pessoas estarão presentes e terão a oportunidade de conferir o livro e demonstrações que o Engenheiro realizará.

A Organização da Bienal já reservou 4 dias de dedicatórias do autor na Praça do Autógrafo. O Estande do Autor é o de número 162 e estará localizado no Pavilhão Azul.

Promoção – Se você desejar saber mais sobre o Hidrogênio, a Mecânica Online em parceria com Eng. Emilio Hoffmann Gomes Neto, autor do livro, estará sorteando um exemplar entre os e-mail que recebamos no período de 03 a 31 de maio com a resposta da seguinte pergunta:

Funcionamento de um veículo elétrico a hidrogênio – A célula a combustível é uma tecnologia de geração de eletricidade com alta eficiência. Qual o resíduo final emitido durante seu funcionamento?

Enviar a resposta para faleconoco@mecanicaonline.com.br com NOME, CIDADE e ESTADO EM QUE MORA

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