As empresas filiadas à Abeiva anotam crescimento de 6,17% nos emplacamentos, com 464 unidades, em relação ao mês anterior, quando foram emplacadas 437 unidades.
No acumulado de 10 meses, as seis marcas associadas à Abeiva – BMW, Ferrari, Kia Motors, Maserati, Porsche e SsangYong – comercializaram 4.441 veículos, 54,57% acima de igual período de 2004, quando registraram 2.873 unidades.
A dois meses do fechamento do ano, a entidade mantém a projeção de se alcançar volume ao redor de 5.200 unidades.
Segundo André Muller Carioba, presidente da Abeiva, no entanto, “embora no total do ano as nossas associadas possam chegar a uma taxa de crescimento de algo como 43%, voltamos a enfatizar que este resultado não será satisfatório, na medida em que a comparação será feita sobre a base frágil de 2004, quando os emplacamentos alcançaram apenas 3.619 unidades ou – simplesmente – 0,24 % do total do mercado nacional.
Na avaliação de Carioba, o andamento das negociações preparatórias à reunião da Organização Mundial do Comércio (OMC), em Hong Kong, em dezembro, está preocupando a entidade, pois – neste momento – há sérios indícios de que ela não será bem sucedida, impondo novo adiamento à conclusão da Rodada Doha prevista para 2006, com naturais reflexos, também, sobre a finalização das negociações visando o Acordo Mercosul-União Européia.
Com isso, segundo Carioba, ficariam eliminadas as expectativas de um novo tratamento tributário a curto prazo para as importações de veículos, permanecendo, portanto, a alíquota de 35% e, assim, fazendo a indústria local permanecer excessiva e desnecessariamente protegida.
“Há cinco anos, estamos operando no Brasil no limite de nossas capacidades operacionais, sacrificando nossas margens e a dos nossos concessionários, e sem condições de ampliarmos a oferta de produtos para os segmentos intermediários do mercado, em face do elevado preço final decorrente do impacto de uma alíquota de importação de 35%”, argumenta.