Ao invés de rolamentos, o veículo SAE Mini Baja da UFC correu com buchas de nylon; outro grupo propõe o uso do etanol em um motor diesel; e um avião que decola na vertical.
As três propostas estudantis serão apresentadas no dia 23 de novembro, às 17h30, no Painel Futuros Engenheiros.
Quando o assunto é inovar, os estudantes de engenharia brasileiros são os melhores. Com criatividade, encontram solução para quase tudo, principalmente quando a verba é curta.
Foi assim que a equipe de mini baja da Universidade Federal do Ceará (UFC) desenvolveu um sistema inovador que substitui os rolamentos do veículo por buchas de nylon, para diminuir custos e o peso do carro.
Com o novo sistema, enfrentaram com sucesso as rígidas provas da 11ª Competição SAE BRASIL-PETROBRAS de Mini Baja, realizada em abril deste ano, e percorreram mais 300 km depois disso.
O processo que levou ao desenvolvimento dessa nova tecnologia e os resultados obtidos serão apresentados no ‘Painel dos Futuros Engenheiros’, dia 23 de novembro, às 17h30, durante o XIV Congresso e Exposição Internacionais de Tecnologia da Mobilidade SAE BRASIL, que acontece entre os dias 22 e 24 de novembro, no Transamérica Expo Center, em São Paulo, juntamente como outros dois projetos também elaborados por estudantes de engenharia: um motor diesel a etanol e um avião que decola e pousa na vertical.
Desenvolvido por alunos da Escola de Engenharia Instituto Mauá de Tecnologia, de São Caetano, o motor ciclo diesel a etanol estuda a viabilidade econômica de se utilizar etanol em um motor fabricado originalmente para funcionar com diesel, uma vez que a legislação brasileira impede o uso de veículos de passeio a diesel.
Já os estudantes da Escola de Engenharia de São Carlos da USP (EESC-USP) apresentam um estudo sobre uma aeronave de pouso e decolagem vertical, que já está em seu quarto protótipo e em fase de implementação dos controles.
O objetivo é que o veículo seja capaz de fazer vigilância aérea em lugares de difícil acesso, com a vantagem de ter as partes rotativas ‘carenadas’, fator que protege o avião de possíveis colisões.
“Nosso papel é elevar ao máximo o nível de formação dos estudantes e incentivar o desenvolvimento de idéias, que enriquecem o futuro da engenharia brasileira”, afirma o engenheiro Ariel Soares, diretor em Produtividade e Qualidade da AHM Consultoria e diretor do Comitê de Atividades Acadêmicas do Congresso.