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Europa quer seguir modelo brasileiro de biocombustíveis

O modelo brasileiro de agroenergia e biocombustíveis, que no período de 1975 a 1989, recebeu investimentos agrícolas e industriais de US$ 5 bilhões, enquanto a poupança com a redução de importações chegou a US$ 52 bilhões entre 1975 e 2002, está servindo de referência para a Comissão Agrícola do Parlamento Europeu, segundo o seu presidente, o deputado francês Joseph Daul.

“Os europeus querem estimular a oferta de culturas voltadas à produção de biocombustíveis e matérias-primas renováveis, o que chamam de “ouro verde”.

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O problema é que seus agricultores não conseguem concorrer com os produtores do Brasil, que é o campeão mundial na relação custo-benefício”, afirma Ronaldo Knack, organizador da Feira Internacional de Agroenergia e Biocombustíveis – Enerbio/2006.

A Enerbio/2006 será promovida em São Paulo, de 13 a 15 de novembro no Transamerica Expo Center.

Até lá, um “road show” da feira e do seu conjunto de eventos paralelos e simultâneos, percorre vários Estados brasileiros e visita vários países.

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Em setembro o país escolhido será a Alemanha. Antes disto, serão visitados Argentina, Colômbia, Estados Unidos, África do Sul, Índia, China e Austrália.

“A agroenergia e os biocombustíveis são a verdadeira “salvação” da lavoura nacional e mundial. Com a tendência de baixa dos preços das commodities agrícolas e a disponibilidade de terras, clima e mão-de-obra em nosso país, temos uma extraordinária vantagem competitiva para produzirmos etanol e biodiesel com vistas ao mercado doméstico e criando um fluxo permanente de exportações”, afirma Ronaldo Knack

A saída, lembra, é incentivar a formação de grupos e cooperativas de produtores para o plantio de cana-de-açúcar e grãos e a sua transformação em etanol e biodiesel.

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“Se já somos um dos maiores celeiros do mundo para a produção de alimentos, temos que nos preparar agora para assumir a liderança mundial na produção de biocombustíveis, sem que um setor afete ao outro. Ao contrário, há sinergia entre ambos, que se complementam”, garante Knack.

MUDANÇAS – A Feira Internacional de Agroenergia e Biocombustíveis foi criada com o objetivo de reunir, anualmente em São Paulo, os maiores cientistas e pesquisadores deste que é o setor mais promissor e dinâmico da economia mundial.

“Não adianta apenas produzir, temos que conduzir este processo e assumir, de fato e de direito, sua liderança internacional”, defende.

Junto com vários seminários e conferências, que serão promovidos paralelamente à Enerbio/2006, os produtores de máquinas, implementos agrícolas, equipamentos, serviços, insumos e tecnologia, terão a oportunidade de se mostrarem ao Brasil e ao mundo.

Há um grande mercado para a exportação destes produtos e o parque industrial instalado em nosso país possui grande capacidade ociosa que pode ser voltada para este setor.

“Só o Estado de São Paulo terá 89 novas usinas de cana até 2010, segundo a Secretaria Estadual da Agricultura. Novas fronteiras agrícolas estão sendo abertas, como o Rio Grande do Sul e o Acre. Para a expansão da produção nacional de cana, açúcar e etanol, estão previstos investimentos de mais de US$ 10 bilhões nos próximos anos. Isto sem contar as plantas de biodiesel”, acrescenta Knack.

Ao comentar as comemorações pela conquista da auto-suficiência de petróleo, Ronaldo Knack sugere que “ele, cada vez mais caro e finito, deveria ser guardado para as gerações futuras ou ser exportado. Temos aqui em abundância o nosso “ouro verde”, que ao contrário do petróleo, não polui o meio ambiente, gera empregos, distribui renda e é renovável.”

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