O sonho de um Nordeste mais desenvolvido economicamente e competitivo começa a virar realidade, desde o dia 6 de junho, com o início, em Missão Velha, no Ceará, das obras de construção da Nova Transnordestina, uma parceria entre a Companhia Ferroviária do Nordeste (CFN) e a União
O evento, que contou com a presença do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva; do ministro da Integração Regional, Pedro Brito; de governadores de estado; do presidente da CFN, Jayme Nicolato; e do presidente da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), Benjamin Steinbruch.
A ferrovia interligará o Nordeste, ampliando o escoamento das produções locais, gerando emprego e renda para as comunidades locais e unificando projetos independentes de infra-estrutura, transportes e logística.
Serão 1.860 quilômetros de malha ferroviária, que terão papel fundamental no desenvolvimento sustentável de toda a região.
A Nova Transnordestina vai integrar sete estados aos portos de Suape (no Ceará) e Pecém (em Pernambuco), por meio de uma ferrovia de nível mundial.
Uma extensa região do Nordeste passará a ter benefícios econômicos e sociais — sendo os maiores deles o desenvolvimento sustentável de inúmeros setores das atividades econômicas e a criação e crescimento de pólos e arranjos produtivos locais.
Orçada em R$ 4,5 bilhões — dos quais R$ 1 bilhão serão recursos próprios da CFN —, a obra tem previsão de durar quatro anos.
O cálculo é que sejam gerados mais de 600 mil empregos em diversas cadeias produtivas ao longo da vida do projeto. O agronegócio e as exportações serão potencializados.
O projeto vai viabilizar também as indústrias extrativas e de mineração, bem como a produção do biodiesel e do álcool.
A nova ferrovia terá potencial de consumir 150 milhões de litros anuais do combustível, fabricado na própria região, à base de mamona e outras oleaginosas.
A Nova Transnordestina vai permitir crescimento tanto nas diversas linhas produtivas, principalmente no setor de grãos e combustíveis, quanto na melhoria significativa dos índices sociais.
Ou seja, esperança de tempos melhores para produtores e para a população do Nordeste.
Outro fator importante é o aumento de competitividade na região.
Com tecnologia avançada, a Nova Transnordestina terá trens transportando 11 vezes mais do que os atuais, consumindo 80% menos combustível e com um custo operacional quatro vezes menor.
— O Nordeste do país é muito rico em potencial, mas pouco explorado pela falta de infra-estrutura.
Com esse projeto vamos dar a oportunidade de transformar a região em um grande mercado competitivo em diversos setores da nossa economia — destaca o diretor-presidente da CFN, Jayme Nicolato.
Mapa do Progresso – A Nova Transnordestina vai passar por sete estados e ligar, através de outros ramais já existentes, toda a região aos principais portos do Nordeste, principalmente os de Pecém, no Ceará, e de Suape, em Pernambuco.
A primeira parte do projeto será a implementação de um novo ramal ligando Eliseu Martins, no interior do Piauí, ao Porto de Suape.
Esse ramal será interligado, em Salgueiro (PE), com ramal que será remodelado e terá como destino o Porto de Pecém (CE).
Em seguida os investimentos serão direcionados para ramais existentes que cortam os estados de Alagoas, Paraíba, Rio Grande do Norte e Maranhão.
Investimentos e Geração de Empregos – A Nova Transnordestina aumentará a oferta de empregos na região e nos Estados nordestinos, melhorando o índice de desenvolvimento humano da população.
O investimento totalizará R$ 4,5 bilhões com prazo de execução de 4 anos com a construção de 1.860 km de ferrovias, pátios de carregamento e terminais marítimos.
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