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Pneus reformados precisam de certificação

O pneu é um importante item de segurança do veículo. No momento da troca, modelos usados reformados vêm sendo adquiridos pelos consumidores no lugar de produtos novos.

Entretanto, um rigoroso controle de qualidade é essencial para que o usuário não compre pneus sem condições adequadas de rodagem, que poderão ser responsáveis por graves acidentes.

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A AEA (Associação Brasileira de Engenharia Automotiva) apóia o Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial) na implantação de um programa para regulamentar a comercialização de pneus reformados, que exigirá a certificação de qualidade concedida pelo órgão responsável.

Existem três processos de reforma pelos quais os pneus usados podem passar.

A recapagem troca apenas a banda de rodagem, que é a parte que fica em contato diretamente com o chão.

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A recauchutagem troca a banda de rodagem e parte da lateral do pneu, chamada de ombro.

Estes dois procedimentos preservam as inscrições originais do fabricante. Já a remoldagem implica na remoção de todo o revestimento de borracha, impedindo a identificação das inscrições originais do fabricante na lateral do pneu.

“Todas as três operações devem ser realizadas de acordo com normas de qualidade para assegurar a segurança necessária ao consumidor.

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A remoldagem é a mais crítica delas, pois é bastante complexa e deve ser feita apenas por empresas que possuam competência técnica tanto na questão dos equipamentos quanto em mão-de-obra”, ressalta Luiz Antonio Bragatto, diretor da AEA.

O Inmetro publicou recentemente uma resolução colocando em consulta pública a regulamentação aplicável para a certificação de pneus reformados.

Foi estabelecida a data de 1º de janeiro de 2007 para a entrada em vigor do programa de certificação.

Após esta data, apenas poderão ser comercializados pneus reformados de veículos de passeio e caminhonetes que ostentem gravado no produto o selo do Inmetro e que registrem junto ao instituto uma declaração de conformidade às resoluções técnicas estabelecidas.

“Vale lembrar que este prazo já havia sido adiado anteriormente”, destaca o diretor da AEA. O Ipem (Instituto de Pesos e Medidas), em cada um dos Estados, será o órgão responsável pela fiscalização da certificação. A regulamentação para pneus de veículos pesados (caminhões e ônibus) ainda está em discussão e será implementada posteriormente.

Discussões técnicas estão em curso para garantir que o controle do programa seja efetivo.

Um ponto importante é a forma de controlar a procedência e a qualidade das carcaças que serão usadas como matéria-prima no processo de remoldagem.

Durante este processo, as marcações originais da lateral do pneu apagadas são substituídas por novas informações, que deverão ser especificadas no regulamento do Inmetro.

Estas marcações servem para informar ao consumidor sobre o produto que está adquirindo e preservar a sua origem. O controle das marcações deve ser feito de modo adequado pelos órgãos que realizarão as auditorias periódicas nas empresas reformadoras.

Os veículos são projetados pelas montadoras prevendo o uso de pneus adequados. O manual do veículo especifica as características que devem ser respeitadas. A troca de pneus deve ser feita preferencialmente por produtos originais de acordo com as especificações contidas no manual, ou seja, que possuem qualidade controlada pelo fabricante.

“A AEA considera o programa do Inmetro essencial para garantir a qualidade dos pneus reformados adquiridos pelo consumidor. A inexistência do controle de qualidade é perigosa porque pode expor o consumidor a produtos sem a necessária resistência, que poderão contribuir para graves acidentes”, enfatiza Bragatto.

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