K. Venkatesh Prasad, chefe do grupo de pesquisas técnicas de Infotrônica da Ford, explica que o maior desafio futuro que as montadoras terão “será não colocar mais componentes digitais no veículo do que será necessário estar nele nos próximos cinco a dez anos”.
Sistemas de navegação, acesso à Internet, conectividade sem fio, sistemas de áudio e uma série de outros hoje ainda desconhecidos, não serão absolutamente indispensáveis em todos os veículos, devido a um fato muito simples:
‘Pegue algo tão simples como um conector USB, do tipo que você encontra num laptop, e que tipicamente é projetado para uma vida útil de dois anos. Agora, especifique-o para um automóvel, e suponha que ele tenha de durar dez anos, você vai querer um soquete USB que foi ‘emparruzado’ para 10.000 encaixes. Passa a ser muito caro para todo mundo”.
Mas se o dono do carro puder entrar numa oficina qualquer e trocar este porto USB por menos de um dólar – que tal? Este é o cenário que está muito perto dos objetivos da Ford: componentes de telemática que possam ser sujeitos a um upgrade quando o dono assim o desejar.
Outro problema que as montadoras terão de enfrentar tem a ver com o download ilegal de música, especialmente com a procura cada vez maior de tocadores MP3 e entradas para iPod nos veículos: elas podem ser acionadas por ser uma ‘via’ para essa prática ilegal.
Mais um problema: como encaixar todos esses novos sistemas no cockpit do carro ou caminhão, e como fazer com que sua utilização seja facilitada.
A telemática vai ter de ser cada vez mais intuitiva, provavelmente com cursos básicos iniciais dados no concessionário onde o veículo é comprado.