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AEA aponta adaptações para deficientes no transporte público

Falta de adequação nos meios de transporte públicos priva pessoas com mobilidade reduzida de uma vida social mais ativa

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Cerca de 15% da população brasileira, aproximadamente 24 milhões de pessoas, tem algum tipo de deficiência, que pode ser física, mental, sensorial, entre outras. Só na capital paulista existe um milhão e meio de pessoas deficientes.

Calcula-se ainda que há mais um milhão e meio de pessoas com mobilidade reduzida, como idosos, gestantes, obesos ou qualquer pessoa com dificuldades físicas temporárias para se locomover.

Por este motivo, a AEA (Associação Brasileira de Engenharia Automotiva) aponta a necessidade de meios de transporte coletivo adequados para superar as dificuldades destas pessoas.

Hoje, a indústria automotiva já vem buscando soluções tecnológicas que viabilizem a melhoria na qualidade dos transportes públicos em geral.

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Em São Paulo, diversas ONGs (Organizações Não-Governamentais) e entidades promovem iniciativas para proporcionar aos deficientes uma vida social mais ativa.

Entretanto, essas pessoas enfrentam dificuldades de locomoção para chegar às instituições.

De acordo com a AEA, a infra-estrutura da cidade é deficitária e a acessibilidade das vias públicas é muito precária.

O principal problema está na falta de acesso aos ônibus do transporte público municipal, pois existem veículos, por exemplo, que não comportam cadeiras de rodas e nem dispõem de espaço para um cão-guia.

Além disso, os idosos e obesos sofrem no embarque e desembarque, em função da distância entre o piso do ônibus e a calçada, que é muito alta.

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Durante o seminário “Tecnologias no Transporte de Passageiros”, promovido pela AEA, foram avaliadas algumas soluções a serem implantadas nos veículos de transporte público. Entre elas, está o uso da suspensão pneumática, que permite o “ajoelhamento” do veículo.

Dessa maneira, o motorista controla o rebaixamento de um dos lados do ônibus, facilitando o embarque de passageiros.

Existe ainda a intenção de equipar todos os ônibus com o sistema de freios ABS, medida que garantiria maior dirigibilidade e segurança, diminuindo o tempo de frenagem e economizando os pneus.

Algumas soluções mais simples já estão sendo usadas, por exemplo a plataforma elevatória, uma das opções mais baratas.

Com um investimento da ordem de R$ 10 mil, o proprietário instala o equipamento em um ônibus convencional.

Outra iniciativa que vem sendo trabalhada é o sistema porta a porta, no qual uma van leva o deficiente até o seu destino.

Este trabalho já é realizado em cerca de 49% das cidades do País com mais de cem mil habitantes.

Um exemplo a ser seguido é o sucesso na aplicação das técnicas de acessibilidade no sistema metroviário.

Existe um vagão especial visivelmente sinalizado, com espaço reservado para cadeiras de rodas, e as estações têm pisos táteis para os deficientes visuais.

Além disso, o sistema conta com funcionários treinados para usar a linguagem de sinais na comunicação com os deficientes auditivos.

Vantagens do transporte coletivo – Com uma melhoria significativa no transporte público, os usuários de automóveis também podem se sentir motivados a deixar o carro em casa e melhorar o trânsito nos centros urbanos, que já está saturado.

Esses passageiros em potencial estão em busca de conforto e agilidade na locomoção.

Se o transporte coletivo proporcionar uma redução no tempo da viagem, passará a ser uma opção que, além de aliviar os congestionamentos, auxilia na preservação do meio ambiente.

Segundo um levantamento da SPTRANS, um passageiro de carro ocupa cerca de 15 vezes mais espaço na via do que um passageiro de ônibus.

Além disso, a emissão de poluição por passageiro de automóvel é quase 40 vezes maior do que daqueles que andam nos transportes coletivos.

O uso do transporte coletivo também traz diversas vantagens para a sociedade.

Segundo dados da ANTP/NTU (Associação Nacional dos Transportes Públicos / Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos), o Brasil conta atualmente com uma frota de 95 mil ônibus urbanos e o transporte coletivo gera cerca de 500 mil empregos diretos.

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