O mini-motor tem duas grandes vantagens: o baixo custo e a economia de combustível, que poderá deixar os carros tradicionais com o mesmo consumo dos ainda caros veículos híbridos.
Pesquisadores do MIT, Estados Unidos, estão desenvolvendo um novo motor a combustão que, segundo eles, deixará os carros tão econômicos quanto os novíssimos modelos híbridos – veículos que utilizam motores a combustão e elétricos, intercambiáveis de forma automática, sem necessidade de intervenção do motorista.
O mini-motor tem duas grandes vantagens: o baixo custo e a economia de combustível, que poderá deixar os carros tradicionais com o mesmo consumo dos ainda caros veículos híbridos.
O segredo da inovação está na injeção de etanol diretamente nos cilindros do motor sempre que for exigida uma potência extra, como no caso de uma subida ou da necessidade de aceleração para se fazer uma ultrapassagem.
Batendo o pino – Por décadas, os esforços para a construção de motores a combustão mais eficientes têm se defrontado com uma barreira chamada “batida de pino”: alterações que poderiam tornar o motor muito mais eficiente causam uma combustão espontânea – marcada por um característico baralho metálico, capaz de danificar o motor.
Agora, utilizando sofisticadas simulações em computador, os engenheiros do MIT descobriram uma forma de utilizar o etanol para eliminar a combustão espontânea e remover a barreira que impedia a fabricação de motores mais eficientes.
Quando o motor está trabalhando com a potência total e se aproxima o risco da batida de pino, uma pequena quantidade de etanol é injetada diretamente na câmara de combustão, onde o álcool se vaporiza rapidamente, resfriando o combustível e o ar e diminuindo a chance de ocorrência da pré-combustão.
Segundo as simulações, o problema deixará de ocorrer mesmo se o motor estiver trabalhando com uma taxa de compressão três vezes maior do que a que é utilizada hoje. Os primeiros testes práticos confirmaram a teoria.
Inovações possíveis – Com a pré-combustão essencialmente eliminada, os pesquisadores poderão incorporar em seus motores duas técnicas que ajudam a deixar os motores a diesel atuais tão eficientes, mas sem causar a grande emissão de poluentes característica dos motores a óleo.
Em primeiro lugar, o motor poderá ser fortemente turbinado. Em outras palavras, o ar que entra no motor é comprimido, de forma que muito mais ar e combustível possam caber no interior do cilindro. O resultado é um motor de mesma cilindrada gerando muito maior potência.
Com a segunda técnica, o motor poderá ser projetado com uma taxa de compressão mais elevada. Os gases da queima se expandem mais em cada ciclo, retirando mais energia de uma mesma quantidade de combustível.
As duas modificações combinadas poderão aumentar a potência de um dado motor para mais do que o dobro. Só que, ao contrário de procurar aumentar o desempenho do veículo, como tem sido a tendência nos anos recentes, os engenheiros foram diminuindo o tamanho do motor e mantendo a potência original. O resultado é um motor com apenas metade do tamanho do motor atual.
Os resultados atuais mostram que um veículo equipado com o mini-motor poderá reduzir o consumo de combustível em até 30%, a um custo adicional, em relação aos modelos normais, de cerca de US$1.000,00.
Segundo os engenheiros, o novo motor ainda está em fase de aprimoramento e só deverá chegar ao mercado dentro de cinco anos.
Fonte: Inovação Tecnológica