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Os combustíveis do futuro

Três pesquisadores do Grupo Volvo na Suécia, dois especialistas da Volvo do Brasil e um cientista da USP foram os palestrantes do Seminário Volvo de Meio Ambiente, realizado nos dias 10 e 11 de novembro de 2006.

Os pesquisadores e os temas abordados foram Inge Horkeby, da AB Volvo, que discorreu sobre problemas ambientais; Henrik Kloo, especialista em meio ambiente da Volvo Technology AB, de Gotemburgo, sede mundial da Volvo, na Suécia, sobre o sistema híbrido diesel-elétrico; Jan Gustafsson, da Volvo Truck Corporation, sobre o que a empresa tem feito para tornar suas unidades fabris isentas de CO2 (dióxido de carbono); Alexandre Parker, do departamento estratégico da Volvo do Brasil, sobre biodiesel; a engenheira Edna Berg, sobre a gestão ambiental na fábrica de Curitiba, Paraná, sede sul-americana da marca; e José Roberto Moreira, da USP, sobre o setor de transportes e sua influência no meio ambiente.

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O lançamento de um motor híbrido diesel-elétrico Volvo dentro de poucos anos, a minimização de emissões de CO2 nas fábricas do Grupo ao redor do mundo, o desenvolvimento de produtos cada vez menos poluentes e o eventual fim dos combustíveis fósseis, foram as temáticas principais do encontro.

Inge Horkeby iniciou os trabalhos dizendo que “O Grupo Volvo tem muitos anos de experiência com questões ambientais. O respeito ao meio ambiente é um dos três valores fundamentais da marca, ao lado de segurança e qualidade”.

Os produtos da marca atendem às mais estritas regulamentações mundiais de emissões, suas fábricas possuem sistemas de gestão ambiental certificados pela norma 14001, e seus caminhões têm um índice de reciclabilidade de 96%.

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Henrik Kloo foi muito direto: “O óleo diesel obtido do petróleo cru será o principal combustível para veículos pesados por muitos anos ainda, mas a longo prazo teremos de passar a outros combustíveis e outras fontes de energia”.

Paralelamente, descortinou soluções, falando sobre a solução híbrida diesel-elétrica para veículos pesados e que dentro de poucos anos estará no mercado.

O conjunto motriz é destinado a aplicações urbanas tipo pára/anda, gera zero emissões com o veículo parado e reduz em até 35% o consumo de diesel – importantíssimo quando se sabe que o combustível chega a representar metade da planilha de custos do transportador, e a redução desse custo traz com ela a minimização da emissão de CO2, que a parte diesel do conjunto motriz pode queimar biodiesel e outros biocombustíveis.

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A solução Volvo é conhecida pela sigla I-SAM. O motor elétrico funciona em paralelo com o motor diesel, e tem força suficiente para acelerar um caminhão ou ônibus pesado sem o auxílio do motor diesel.

Paralelamente, o uso de um sistema de frenagem regenerativa transforma o calor das frenagens em energia elétrica e a armazena em baterias acumuladoras, que quando necessário energiza o motor elétrico e acelera o veículo.

Uma energia que, de outra forma, seria jogada no meio ambiente, literalmente desperdiçada, sob a forma de calor.

O motor elétrico é normalmente usado apenas em arranques e acelerações, até uma velocidade de cerca de 20 km/h, deixando o motor diesel desligado.

Após essa velocidade, o motor elétrico ‘descansa’ e o diesel assume o trabalho, passando também a recarregar as baterias.

Assim, o motor elétrico trabalha tanto como unidade motriz como alternador. Não apenas não polui quando funciona, mas também é extremamente silencioso – duas enormes vantagens num veículo urbano.

Com o veículo parado em tráfego congestionado ou durante operações de coleta e entrega, carga e descarga, somente a energia elétrica é utilizada.

O motor diesel é completamente desligado, seus níveis de ruído e emissões mantendo-se em zero.

O conceito de híbrido paralelo diesel-elétrico traz outra grande vantagem: como as duas fontes de energia trabalham de forma independente, numa eventual falha um dos sistemas não afeta o outro.

Ian Gustafsson disse que o consumo global de energia cresce mais de 2% ao ano, ou seja, dobra a cada 30 anos.

Discorreu então sobre o programa de redução das emissões de dióxido de carbono nas fábricas do grupo, com o aumento de fontes livres de CO2 e redução do consumo de energia.

O Grupo está investindo pesado para eliminar as emissões de dióxido de carbono em suas fábricas de Ghent, na Bélgica, e Umea e Tuve, na Suécia.

Na fábrica belga, está a ponto de construir três usinas eólicas (geração de energia pelo vento), além de uma nova planta de eletricidade e calor por biocombustível.

Hoje, a fábrica utiliza gás natural para aquecer suas instalações, onde emprega 1.500 funcionários e produz caminhões FH, FM e FL.

A fábrica de Umea, que produz cabines para as plantas de Ghent e Gotemburgo, desenvolve em conjunto com a Universidade local e com a empresa de energia Umea Energi um processo para substituir o GLP por um gás biossintético inofensivo ao meio ambiente.

O gás biossintético otimizado, desenvolvido pela Universidade local, será produzido por uma usina de gaseificação, num reator de fluxo, que mói e transforma em gás os subprodutos residuais da indústria florestal.

A Volvo Trucks desde a década de 80, substitui o óleo por um sistema local de geração e distribuição de calor – e na década de 90 chegou a mais de 80% de diminuição de emissões.

Em Tuve, na região de Gotemburgo, a Volvo, em contrato com as Göteborg Energi, passará a receber energia de origem eólica livre de CO2.

Cada uma das seis unidades geradoras terá capacidade de gerar 2MW, e pelo menos duas delas serão erguidas em propriedades da própria Volvo.

Para o aquecimento da planta, uma nova caldeira de 10 MW está sendo instalada, queimando biocombustível.

A Volvo do Brasil, como não poderia deixar de ser, está alinhada a este programa de redução de emissões de CO2.

Os caminhões e ônibus produzidos na fábrica da Grande Curitiba já alcançam uma redução de 15,2%.

Fonte: Tech Talk

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