Com 40% do fornecimento de pastilhas de freio para veículos leves no mercado montador e 25% da reposição no mesmo segmento, a TMD Friction do Brasil, com a marca Cobreq, também passará a produzir pastilhas para veículos pesados atendendo os mercados doméstico e de exportação – inclusive já com alguns contratos firmados.
A produção de pastilhas de freio Cobreq para veículos pesados já é conseqüência do investimento de quatorze milhões de euros de um total de dezoito, que o grupo alemão TMD Friction está fazendo em sua unidade brasileira de Indaiatuba, interior de São Paulo.
A TMD é líder no mercado europeu de pastilhas para veículos comerciais. No Brasil é, também, fornecedora de pastilhas para freios a disco de alguns veículos que competem na Fórmula Truck. As pastilhas, para caminhões e ônibus, que serão lançadas, atendem às especificações internacionais dos clientes e da própria TMD, com certificações em condições de extrema severidade.
Estes produtos sairão da primeira planta – 13.000 m2 de área construída -, que ganhou novas tecnologias de produto e modernos processos, possibilitando ao cliente um leque mais completo de soluções e opções.
No mesmo local já existe, embora ainda não inaugurada, uma segunda planta, de 5.000 m2, com maquinários e sistemas modernos, que acompanham o mesmo nível da matriz.
A primeira fase da nova fábrica da TMD está pronta, com a produção efetiva de 5 milhões de peças anuais e com a capacidade de misturar o material de fricção das pastilhas.
Para finalizar esta planta, as obras recomeçarão em meados deste ano e terminarão em 2008. Todo o investimento em novas tecnologias, novos maquinários e em obras resultarão numa participação ainda maior no mercado brasileiro e nas exportações.
Feres Macul Neto, presidente da TMD Friction do Brasil, diz que em 2006 “as exportações aumentaram em volume de peças, mas não em valor. Mas o planejado é continuar exportando, como já fazemos para aplicações na Ford americana e DaimlerChrysler e no fornecimento a fabricantes de sistemas de freio, como a Continental Teves, Bosch e Arwin Meritor”.
A TMD considera que, apesar das dificuldades do câmbio, as exportações foram importantes para a empresa. E, para continuar competitiva, teve de implantar e adotar programas de Manufatura Enxuta e Melhoria Contínua.
Para Feres, o caminho adicional de crescimento da TMD Friction do Brasil encontra-se nas exportações, “já que o mercado interno deverá apresentar um cenário parecido com 2006, ou seja, com taxas modestas de crescimento. Mas esperamos um segundo semestre de 2007 melhor que o primeiro” – finaliza.