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Vai pegar a estrada? Não esqueça dos pneus

Antes de uma viagem é muito importante revisar o carro. Calibrar e conferir o estepe pode evitar problemas

É preciso lembrar que a manutenção preventiva é a melhor maneira de evitar problemas mecânicos indesejáveis no caminho.

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Há itens do motor e de segurança que merecem atenção especial, mas não é porque freios, faróis e motor estão em ordem que a segurança está garantida. Entre os elementos de maior importância para o bom funcionamento do veículo estão os pneus.

Quem dá as dicas de cuidados é Raimundo Vasconcelos, superintendente de Vendas da Siqueira Campos Importação e Distribuição.

Há mais de vinte cinco anos atuando no ramo, Vasco – como é conhecido – afirma que o primeiro alerta em relação aos pneus diz respeito ao alinhamento e ao balanceamento.

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“O veículo deve ser alinhado e balanceado a cada 10 mil quilômetros rodados”, enfatiza. A ausência desses cuidados acelera o processo de desgaste dos pneus. Como conseqüência, o sistema de suspensão e direção é afetado, o que compromete a dirigibilidade do veículo e aumenta o consumo de combustível.

Em seguida, é preciso estar atento ao rodízio. Também a cada dez mil quilômetros é necessário trocar o local dos pneus traseiros com o dos dianteiros. Isso permite que o desgaste natural do pneu ocorra de forma mais homogênea.

De duas em duas semanas é a freqüência com que se deve fazer a calibragem. O ideal é manter a pressão recomendada pelo fabricante do pneu ou do veículo. A atenção deve ser redobrada quando houver aumento de carga.

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Além do respeito aos limites de peso, deve-se mudar o calibre quando o carro estiver mais pesado.

“Em longas viagens, o carro costuma carregar muitas bagagens. Nessas horas, o motorista deve procurar um revendedor de pneus autorizado para saber qual é a pressão ideal”, enfatiza Vasco.

Outro alerta é para a observação do indicador de desgaste da rodagem (TWI). Apesar de ser o que revela o momento em que o pneu deve ser trocado, este fator costuma ser esquecido por diversos motoristas.

“É preciso observar a aproximação da borracha ao ponto TWI, que fica na lateral (ombro) do pneu”, destaca o superintende. Quando a superfície do material da banda de rodagem estiver no mesmo plano do ponto TWI, significa que o pneu já perdeu bastante aderência. Isso representa um verdadeiro risco para os que utilizarem o veículo.

Por afetarem drasticamente a durabilidade do veículo, os produtos químicos devem ser evitados. A utilização de piche após as lavagens é extremamente danosa, pois resseca o pneu. O produto mais indicado é a cera líquida própria para isso.

Os cuidados também envolvem o respeito às normas da via. Vasco afirma que esse aspecto é bastante simples, mas essencial para a durabilidade dos pneus e para a segurança de passageiros e motoristas no trânsito. Freadas bruscas, por exemplo, desgastam os pneus e podem causar graves acidentes.

Por último, Vasco alerta os motoristas para a atenção às dicas dos revendedores. É essencial que eles se informem a respeito dos índices de carga e velocidade, e mesmo sobre a calibragem.

“Essas são dicas que procuramos dar aos nossos clientes, e fazemos questão de que eles nos perguntem”, conclui.

OS 10 MANDAMENTOS PARA UM BOM USO DOS PNEUS:

1) Calibrar os pneus pelo menos uma vez por semana, seguindo a indicação do manual do fabricante do veículo;

2) Fazer pelo menos a cada seis meses o rodízio de pneus;

3) Evitar sobrecarga no veículo. Excesso de peso compromete a estrutura do pneu e aumenta o risco de alterações estruturais;

4) Fazer, a cada ano, o alinhamento e o balanceamento das rodas. De nada adianta comprar pneus novos se todo o conjunto restante (rodas, amortecedores, suspensão, freios etc.) estiver com problemas.

A boa dirigibilidade de um veículo depende do equilíbrio entre todos os componentes;

5) Manter os quatro pneus com o mesmo desenho da banda de rodagem e com o mesmo tipo de roda. Dessa forma, o desempenho do veiculo se manterá linear, principalmente sob chuva;

6) Alinhar o sistema de direção, suspensão e balancear os pneus pelo menos, a cada 10.000 Km, e sempre que o veículo sofrer impactos fortes, houver troca de pneus e o veículo estiver puxando para o lado;

7) Garantir que as rodas não estejam amassadas ou com trincas. Checar com freqüência a banda de rodagem e a lateral dos pneus. Desgaste excessivo, presença de rachaduras ou eventuais cortes exigem a substituição imediata do pneu;

8) Observar periodicamente o indicador de desgaste da rodagem (TWI). Este indicador existe em todos os pneus e mostra o momento certo de efetuar a troca. Isso reduz o risco de rodar com o pneu careca;

9) Não esquecer do estepe. Quase sempre escondido sob a bagagem de toda a família, ele deve receber a mesma atenção dedicada aos demais pneus, principalmente na hora de fazer o rodízio;

10) Evitar direção agressiva. Freadas fortes e mudanças bruscas na direção prejudicam os pneus. Nunca ignorar lombadas, buracos e imperfeições na pista.

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