quinta-feira, 21 novembro , 2024
28 C
Recife

Desmistificando o diesel

Engana-se quem pensa que um dos combustíveis mais econômicos do mercado é o mais poluente. Atualmente, os motores da nova geração são silenciosos, limpos, seguros e rápidos, garantindo uma agressão menos danosa ao meio ambiente

Economia: este é o principal atrativo de um veículo a diesel. O combustível chega a custar 30% menos que a gasolina, sem contar que o motor consome 40% menos que os dos demais veículos.

- Publicidade -

Porém, o diesel é liberado no Brasil apenas para caminhões, ônibus e veículos utilitários com certa capacidade mínima de carga ou de passageiros.

É o caso dos veículos Mahindra. Toda a linha da marca é equipada com motor turbo diesel CDe-2 6L. Além da alta performance, ele é considerado “verde”, pois a sua tecnologia reduz a geração de resíduos na queima do combustível e segue os padrões mais rígidos no combate de emissão de poluentes.

“As pesquisas avançaram muito e, hoje em dia, o mercado oferece motores menos agressivos. Além disso, os veículos a diesel possuem maior durabilidade, resistência e confiabilidade, além de que a vida útil do motor em relação aos outros combustíveis é muito maior”, considera o diretor da Govesa Mahindra, Estênio Tibério Pereira da Costa.

- Publicidade -

Mesmo com tantos benefícios, há quem ainda torça o nariz para o diesel por considerá-lo muito ofensivo ao meio ambiente. Mas Estênio garante: “um motor a diesel bem regulado solta mais partículas sólidas, mas emite menos gases nocivos que um motor a gasolina”, defende.

Outro ponto a favor é o avanço das pesquisas que buscam uma alternativa aos combustíveis derivados do petróleo como é o caso do biodiesel. Apesar do índice de adição ao diesel ainda ser reduzido, estudos mostraram que ele é eficiente e reduz consideravelmente a emissão de dióxido de enxofre.

Levando em consideração o custo-benefício, os veículos a diesel necessitam de uma atenção redobrada na manutenção preventiva – troca de óleos e filtros.

- Publicidade -

“Por possuírem maior número de filtros que os motores a gasolina/álcool, a revisão torna-se cerca de 10 a 15% mais cara que os demais. Por outro lado, possuem menor índice de quebras e reparos”, explica.

Para diminuir ainda mais os reparos e garantir a durabilidade do motor, o diretor alerta para o cuidado que se deve ter na hora de abastecer um veículo a diesel.

Estênio tem razão para ficar preocupado. A Bosch realizou recentemente uma pesquisa para avaliar a qualidade do combustível vendido em postos na região do Mercosul.

Os dados revelaram que 70% das amostras de diesel recolhidas em vários lugares do Brasil, Uruguai, Paraguai e Argentina estavam contaminadas com pequenas partículas erosivas e abrasivas que causam sérios danos ao motor.

“Passa a ser alarmante o fato de termos diesel adulterado em nossas bombas, já que as novas tecnologias de construção de motores e de sistemas de injeção eletrônica de diesel (common rail) são mais sensíveis”, alerta. Entre os danos causados pelo uso do combustível contaminado estão o mau funcionamento e comprometimento de peças importantes como bomba injetora, bicos e componentes internos do motor.

Na hora de abastecer o carro, Estênio sugere algumas dicas para não cair no golpe do diesel adulterado. “É necessário levar em consideração a bandeira e o índice de rotatividade do posto, verificar se o mesmo possui filtros na parte externa das bombas e evitar os postos que estão afastados dos perímetros urbanos onde a fiscalização Agência Nacional do Petróleo (ANP) torna-se menos eficaz”, pontua.

Os proprietários de um veículo a diesel também precisam conhecer as características próprias de uso e manutenção.

Os motores a diesel têm uma série de diferenças em relação aos propulsores movidos a gasolina ou álcool.

A combustão, por exemplo, é obtida por compressão e não por faísca de vela. Outra particularidade é o maior torque em baixas rotações, o que os tornam adequados para transporte de carga ou que precisem mais de força do que de potência pura.

“Sendo assim, eles vão precisar de cuidados diferenciados para garantir a sua durabilidade”, enfatiza Estênio.

O pai da idéia – Em 1894, o engenheiro alemão Rudolf Diesel idealizou um dos mais importantes sistemas mecânicos da história da humanidade.

Nas suas pesquisas, ele desenvolveu um motor a combustão de pistões que explorava os efeitos de uma reação química natural, que acontece quando o oxigênio puro se mistura ao óleo causando uma explosão.

Além disso, ele precisou desenvolver outros inventos para controlar a reação como engrenagens, bombas injetoras, entre outros acessórios. Três anos mais tarde, Diesel patenteou o seu motor-reator batizando com o seu próprio nome.

Dicas para garantir a durabilidade do veículo a diesel:

  • Deixar o motor em marcha lenta de 15 a 30 segundo antes de desligá-lo, principalmente nos modelos turbinados produzidos antes de 2001. Se ele for desligado rapidamente, o eixo da turbina continuará girando sem lubrificação, aumentando o desgaste;
  • Usar 0,5 litros de óleo lubrificante para cada 100 litros de diesel. Se essa quantidade for maior, o veículo pode estar com vazamentos;
  • O lubrificante usado também é diferente. As especificações ideais são a CG4, CH4 e C. Quanto maior a graduação, maior o nível do aditivo, que aumenta a vida útil do motor;
  • O filtro de combustível precisa ser drenado para retirar a água acumulada durante a filtragem. Esse check-up precisa ser feito toda a semana, sob o risco de causar falhas no motor por excesso de água;
  • Ao ligar o motor, espere a luz de pressão de óleo apagar para só depois acelerar. Isso reduz o desgaste das peças internas;
  • O giro também é diferente. Se deixar para trocar a marcha no limite do motor diesel (4.000 a 5.00 rpm), não haverá ganho de rendimento. A troca precisa ser feita de 2.00 a 3.500 rpm. Verifique no manual a faixa de torque máximo e faça as mudanças nessa rotação para ganhar em desempenho e em consumo.

Matérias relacionadas

Ofertas FIAT

Mais recentes

Manutenção de férias Chevrolet
Novo Peugeot 2008

Destaques Mecânica Online

Avaliação MecOn