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Inovações tecnológicas estimulam produção de biocombustíveis na América Latina

Estudo da Frost & Sullivan mostra que tecnologias alternativas, como a segunda e a terceira gerações de biocombustíveis, poderão impulsionar esse mercado

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Com abundantes recursos naturais, a América Latina vem se tornando um destino promissor para fornecedores e usuários de biocombustíveis.

Estima-se que a região deverá se beneficiar da crescente necessidade de combustíveis alternativos – sustentáveis e ambientalmente corretos – determinada não só pela elevação dos preços do petróleo mas também por normas ambientais cada vez mais rigorosas.

Uma nova análise da Frost & Sullivan, intitulada Latin American Market for Second and Third Generation Biofuels (O Mercado Latino-Americano de Biocombustíveis da Segunda e Terceira Gerações), mostra que o mercado de biocombustíveis na América Latina poderá registrar um impulso significativo em função do desenvolvimento de tecnologias alternativas, como a segunda e a terceira gerações (2G e 3G) desse produto.

“Os biocombustíveis 2G e 3G poderiam ajudar muito na diminuição do risco de competição entre alimentos e combustíveis,” afirma Jorge De Rosa, analista da Frost & Sullivan

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“As novas tecnologias de biocombustíveis, que empregam insumos alternativos, criam oportunidades para o uso de outras matérias-primas na fabricação de biodiesel.”

A produção doméstica de biocombustíveis poderia eliminar, ou diminuir, problemas relacionados com a falta de óleo vegetal e a volatilidade dos preços e, assim, estabilizar a balança comercial.

Além disso, ao criar oportunidades de emprego e reduzir os custos da energia, a produção de biocombustíveis poderá trazer alívio para a situação econômica na América Latina.

Maior produtividade – Os fabricantes de biocombustíveis estão sob pressão para aumentar a produtividade e, ao mesmo tempo, evitar efeitos colaterais negativos como o alto consumo de água e uma eventual competição com lavouras alimentares.

Para contornar tal situação, as empresas de biocombustíveis estão investindo em técnicas de produção que permitam atender às necessidades de desenvolvimento sustentável e, ainda, reduzir os custos de produção, aumentar a eficiência e suavizar a competição entre alimentos e biocombustíveis. A expectativa é que as tecnologias 2G e 3G ajudem bastante nesse esforço.

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“No caso do etanol de cana-de-açúcar, por exemplo, o processo lignocelulósico (produção de álcool a partir de material celulósico) poderá aumentar a produtividade em 25% a 35%”, observa De Rosa. “Assim, usando a mesma área de plantação e tonelagem de cana-de-açúcar, o produtor poderá produzir um volume mais significativo de biocombustível.”

Embora a produção de biocombustível exija rápida reposição da matéria-prima, ela supera outros processos de produção no uso de culturas não alimentares, como os caules de trigo e do milho, as culturas especiais de biomassa e a biomassa de resíduos.

“Esses processos poderiam utilizar os resíduos produzidos pela atual agricultura de base alimentar na fabricação de combustíveis de forma sustentável,” afirma De Rosa. “Plantas-piloto já foram definidas para a produção de etanol a partir do caule do trigo e de diesel sintético, a partir de lascas de madeira.”

A análise Latin American Market for Second and Third Generation Biofuels faz parte do programa do Serviço de Parceria para o Crescimento do setor de Produtos & Materiais Químicos, que inclui também pesquisas sobre os mercados de tintas e de revestimentos no Brasil e no México.

Todos os serviços de pesquisa incluídos nas assinaturas fornecem informações detalhadas sobre oportunidades de mercado e tendências da indústria – definidas a partir da realização de inúmeras entrevistas com players do mercado.

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