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Um executivo em meio a poeira do Rali Dakar

Dentre os 17 brasileiros que vão acelerar na maior prova off road do mundo, um deles estará lá em busca de mais que um sonho

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O Dakar, ah o Dakar! Rali dos ralis, maior prova do mundo, o rali da morte! O Dakar é o desafio dos desafios.

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É exigente, duro além do imaginável e faz com que seus competidores vivam situações e perrengues dos mais diversos.

Porém, é um desafio que estimula o sonho de superação de muitos. Passeia pelo imaginário de quem ouve histórias absurdamente incríveis daqueles que o experimentaram.

O Dakar faz sonhar – Podemos dizer que foi por todos estes motivos, e mais alguns ainda, que um alto executivo do universo da comunicação convergente, que lida diariamente com decisões importantes dos mercados brasileiro e latino americano, que roda o mundo fazendo negociações importantes e fundamentais para que a tecnologia da comunicação de dados, voz e imagem, chegue em nossas casas com rapidez, qualidade e eficiência, determinasse a sua participação na edição 2009 do Dakar.

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Seu nome é Paulo Henrique Pichini, 44 anos, Presidente da Getronics Brasil, Vice- Presidente da Getronics América Latina.

A Getronics faz parte de um grupo global que fatura 11 bilhões de dólares e se destaca por atender as demandas de TI e Telecomunicações de empresas também globais como banco Santander, banco HSBC, Shell, Makro, entre várias outras corporações.

O rali é seu hobby favorito e este ano devido a um importante projeto de sua empresa, Pichini foi impossibilitado de participar de sua prova favorita, o Rally Internacional dos Sertões.

Determinado, em fevereiro deste ano ele decidiu que era chegada a hora de encarar um Dakar. Ciente de que este será um desafio único e dificílimo, Pichini juntou o desejo pessoal a uma experiência que ele garante, ajuda em sua caminhada profissional.

“Todos os dias trabalho de nove horas ao que for preciso para dar conta das minhas responsabilidades. Na minha função, decisões são parte fundamental do meu dia a dia. Preciso ser eficiente com planejamento, estratégias, velocidade e acerto para chegar a cada objetivo firmado. Viver um Dakar é como fazer um curso adicional de tudo isso, mas com um agravante, o emocional será sacudido todos os dias. Não há conforto, não há facilidades, não há trechos fáceis. Vou em busca disso tudo, de uma experiência de vida a um treinamento onde serei testado ao extremo”, avalia Pichini

No Dakar, seja a mais rica das equipes ou a mais simples delas, todas enfrentarão desafios enormes. Alguns terão vantagens de equipamentos, outros de talento, experiência ou suporte. Porém todos passarão por dificuldades e, em um momento ou outro, serão desafiados a desistir.

Isso acontecerá porque em um rali os problemas são partes do trajeto e a vitória estará na forma como cada time vai lidar com eles.

Para amenizar estas dificuldades, Paulo procurou ter ao seu lado pessoas experientes e que pudessem ajudá-lo nesse sonho. Recebeu suporte técnico de um dos brasileiros que mais vezes participou do Dakar, o ex-piloto de ralis Kléver Kolberg.

Carro e equipe de apoio vieram de Portugal, numa infra-estrutura totalmente organizada pela experiente equipe Red Line, uma das melhores equipes particulares da Europa. E ao seu lado estará o navegador Lourival Roldan.

Juntos, esse time tem como foco levar Pichini a completar o Dakar 2009. E completar um Dakar é algo realmente para poucos.

“O Dakar é inigualável, não há prova igual, nem parecida. Sua variação de terreno e de obstáculos perigosos são armadilhas constantes para quem vai estar lá. Neste ano, por ser a primeira edição fora da África, a organização, deverá surpreender a todos e mostrar que o Dakar é um ícone inquestionável. Se antes podíamos fazer certas preparações por já temos vivenciado um Dakar na África, isso cai por terra para esta edição. Teremos desertos, altitudes difíceis de serem suportadas, as maiores dunas do mundo, trechos pedregosos de pura quebradeira e trilhas onde não haverá caminho algum. Tenho certeza que depois desta edição as pessoas verão a América do Sul com outros olhos”, conta Lourival Roldan.

Paulo empenhou-se tanto neste objetivo que até contagiou pilotos profissionais como Guilherme Spinelli, Bicampeão dos Sertões, a ir treinar nas areias e dunas do Ceará.

Pichini foi o primeiro a aportar por lá e foi ele quem indicou o expert em areia que já lhe atendia para dar aulas de condução neste terreno ao time oficial da Mitsubishi Brasil.

“Desde o dia que decidi participar do Dakar resolvi crescer também nos aspectos técnicos da minha capacidade como piloto. Passei a ouvir mais e busquei aprender com quem realmente é capacitado a me ensinar. E tem sido maravilhoso ver que hoje supero a areia, e as dificuldades de terreno e condução com mais competência. É preciso estar ciente que todo grande desafio exige preparação apurada, conhecimento do assunto e muita fé em você mesmo”, comenta Pichini.

Paulo já participou de cinco edições do Rally Internacional dos Sertões, seu melhor resultado foi um sexto lugar. Para o Dakar, Pichini e Lourival estarão a bordo de um Mitsubishi Pajero DiD, e competirão na categoria T1 Diesel, a mesma em que estarão as equipes favoritas.

A Mitsubishi defenderá o título atual com um carro novo e desenvolvido para a vitória e, com certeza, travará uma guerra de gigantes com a Volkswagem e seus Touaregs. Porém, a BMW e o Hummer de Robby Gordon também querem chegar ao título máximo em jogo.

Toda a beleza da região já está sendo amplamente divulgada, desde o site da prova até a cobertura de mídia de pelo menos 50 países que estarão presentes no evento e que devem gerar uma divulgação extraordinária não apenas da competição, mas tanto da Argentina, quanto do Chile para todo o mundo.

O Dakar terá largada no dia 3 de janeiro e encerramento em 18 do mesmo mês. Largada e chegada acontecerão em Buenos Aires, mas a prova percorrerá 9.500 quilômetros, sendo 5.650 de especiais (trechos cronometrados) entre Argentina e Chile.

Vamos aos números – No total, serão 530 veículos, divididos em 230 motos, 30 quadriciclos, 188 carros e 82 caminhões, representando 49 nacionalidades distintas.

Dunas, muita areia, estradas de terra e montanhas farão parte do cenário da competição. Esta será a 30ª edição da prova que, em janeiro deste ano, foi cancelada devido a ameaças terroristas.

Em sua última edição, 189 países, através de 80 canais de comunicação acompanharam o dia a dia do Dakar. O site oficial da prova recebeu quase 50 milhões de acessos no período da competição.

Apenas 17 brasileiros estarão na prova, 7 pilotos de motos, 1 de quadriciclo, 8 nos carros (4 duplas) e mais 2 a bordo de um caminhão. Paulo Pichini e Lourival Roldan tem o patrocínio de Getronics e Cisco. O apoio é da IT Mídia.

Paulo Pichini acelera em treino para o Dakar

Dakar 2009: chegar será para poucos – Em um Dakar a única garantia que se tem é que todos vão largar; estatísticas mostram que apenas 5% dos pilotos estreantes conseguem terminar a prova

Por mais que as pessoas queiram definir o que é viver um rali como o Dakar, só mesmo quem já foi a um conseguirá transformar em palavras o dia a dia de uma disputa como esta. O deserto alterna altas temperaturas de dia a baixos e congelantes graus centígrados à noite.

As emoções vividas, as superações que desafiarão seus competidores e os obstáculos naturais que eles deverão dar conta para chegar ao fim da trajetória proposta nos dão uma boa noção do que homens e mulheres buscam em 16 dias de competição, dos quais 14 serão de etapas cronometradas.

Aventura para eles não é apenas uma palavra, é uma forma de perceber a vida de um ponto de vista diferente.

O dinheiro até pode ter permitido o acesso ao melhor equipamento; no momento porém, de encarar um pneu ou tanque de combustível furado no meio do nada ou, então, passar uma noite na trilha, a sensação de impotência será idêntica para todos, abastados e menos favorecidos.

E já que falamos de dinheiro agregue a isso à questão estrutura. As equipes de grande investimento levam carros que mais parecem de outro planeta comparado aos que nós, brasileiros, vamos ter com nossas duplas.

Por tudo isso, apenas as equipes de fábrica como Mitsubishi, Volkswagem e BMW, para citar as que mais se destacam, podem de fato sonhar com a vitória na geral. Para elas nada é impossível, mas só uma vencerá.

Daí talvez você se pergunte, mas então o que um competidor amador como Paulo Pichini (foto ao lado), Presidente da Getronics Brasil, Vice- Presidente da Getronics América Latina vai fazer por lá? Vencer, é claro! Porém entenda, vencer aqui traz mais significados do que talvez possamos imaginar.

Para participar de um Dakar, primeiro é preciso saber se sua inscrição será aceita. Depois vêm as vistorias, e nada pode estar fora das regulamentações pré determinadas pela organização.

Passadas as vistorias tanto técnicas quanto administrativas, uma coisa já é certeza: o concorrente está apto a largar, mas nada garante que ele vai conseguir chegar.

Segundo estatísticas da própria organização, apenas 5% dos estreantes conseguem a façanha de largar e chegar em sua primeira participação. O fato é tão valorizado que a ASO, empresa organizadora do evento, faz questão de premiar o melhor estreante do ano, seja nas motos, carros ou caminhões.

No site oficial do evento, há ate um espaço dedicado a dicas consideradas importantes para quem vai debutar por lá, e ainda uma informação motivadora, em 2007 o trofeu amador distribuiu dentre os primeiros colocados 22.800 €.

Pichini, piloto amador e estreante faz questão de ressaltar que o seu conceito de vitória é bem específico.

“Não sou um corredor profissional, como outros concorrentes; para mim, sucesso é gerir todos os elementos envolvidos nesta disputa de uma maneira excelente, de forma a garantir uma grande conquista: a chegada”.

Ao seu lado estará Lourival Roldan (foto ao lado), navegador experiente ele fará sua quinta participação na prova e traz em seu currículo de Dakar um 11º lugar na geral em 2004, competindo ao lado de Kléver Kolberg, sendo este o melhor resultado de uma dupla brasileira na categoria carros no Dakar.

“Fico muito feliz em poder compartilhar o que aprendi em todas as minhas idas ao Dakar com alguém tão ávido de aprender. O Dakar vai levar com ele o Paulo Pichini que conhecemos hoje e nos devolver um cara que vai voltar mais rico de vivências extraordinárias e mais apaixonado ainda por ralis. Sempre que participo de um Dakar, há um momento que me faz parar para me perguntar se vale a pena continuar, e ao cruzar a linha de chegada entendo que cada edição nos faz mais fortes e nos dá a percepção que somos pequenos e que há muito a ser feito e conquistado “, nos conta Lourival.

A dupla Paulo/Lourival já está em para Buenos Aires. A partir de agora eles estão em ritmo de véspera de prova. Amanhã começam os compromissos junto a organização do evento com a apresentação dos pilotos. Na terça-feira, dia 30/12, chegam todos os componentes da equipe de Pichini e Lourival, a portuguesa Red Line, que fará apoio a dupla brasileira e contará com 15 pessoas e 6 veículos de assistência em seu staff, sendo dois caminhões de apoio mecânico, um caminhão de apoio rápido dentro da competição e três veículos 4×4.

Por estar inserido em uma equipe com base em Portugal, o carro da dupla foi vistoriado na Europa e neste momento está no porto da capital Argentina aguardando a liberação da organização para a equipe, que acontecerá também na terça-feira.

Os brasileiros competirão a bordo de um Pajero nº 444, e poderão ter seu desempenho acompanhado através do hot site www.itmidia.com.br/rally_dakar. Uma outra opção é acompanhar a prova pelo site oficial, www.dakar.com.br.

Para Paulo Pichini a meta está traçada: largar, vivenciar, superar, chegar. Isso tudo será igual a vencer. E ele complementa, “Tenho certeza de que este será um marco na minha vida. Que venham os desafios, pois são eles que nos capacitam para conquistarmos nossos sonhos”.

Palavras de alguém que já viveu grandes desafios para conquistar o sucesso em sua trajetória empresarial, palavras de um campeão na vida.

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