sábado, 27 julho , 2024
28 C
Recife

História de 12 caminhoneiras vira tema de agenda e calendário da Tortuga

Desde fuga por amor até o sonho de participar do Paris-Dakar, cada uma carrega na carroceria do caminhão relatos de anos nas estradas

“Minha vida é andar por esse país”. A canção popular Vida de Viajante do rei do baião, Luiz Gonzaga, pode ser considerada um hino para um grupo de 12 mulheres, caminhoneiras e guerreiras, exemplos de profissionalismo em um ambiente dominado pelos homens; as estradas. Esse seleto grupo foi escolhido para ilustrar o kit de final de ano da empresa paranaense Tortuga, maior fabricante de câmaras de ar da América Latina.

- Publicidade -

As caminhoneiras Veridiana Hennig, Elizabeth Lima, Iracema Celestina, Ivana do Carmo, Marcele Brambila, Maria Goretti Hebipein, Flávia Stein, Maria Simone Speranseta, Patrícia Concheski, Rosangela da Silva, Selma Aparecida e Tânia Maria Huçulak emprestam seus rostos e, principalmente, suas histórias de vida e trabalho para serem contatas na agenda corporativa, calendário de mesa e cartão temático da empresa.

“A nossa proposta foi produzir o kit de final de ano com o intuito de valorizar e reconhecer essas profissionais. Elas representam uma pequena parcela das mulheres que deixam suas casas, filhos e famílias para ter uma vida nômade. Apesar das dificuldades, a história de cada uma mostra o amor que elas têm pela profissão que escolheram”, destaca Caio Fontana, diretor de Marketing da Tortuga.

Todas têm em comum o fato de serem apaixonadas pela rotina do asfalto. A maioria tem uma ligação antiga com a boléia. Muitas têm pai, irmãos ou marido caminhoneiro. E, foi sob o olhar atendo destes, que deram as primeiras aceleradas e rodaram os primeiros quilômetros pelas estradas brasileiras.

- Publicidade -

“Meu pai, com quem aprendi a dirigir, e meus irmãos são caminhoneiros. Sou separada de um caminhoneiro e o meu atual namorado também tem a mesma profissão. Além disso, meu filho de 12 anos já escolheu a profissão; carreteiro”, afirma a orgulhosa mãe Ivana do Carmo, caminhoneira há oito anos acostumada a cargas inflamáveis ou de alta periculosidade.

“Eu sou filha de carreteiro e cinco dos meus 12 irmãos também são. Fui gerada, nasci e vivi até os sete anos dentro da carreta. Já está no sangue!”, complementa Maria Goretti.

Entre os relatos de suas vidas estão muitas histórias de amor, como a de Iracema, que fugiu dos pais com sua grande paixão, alegrias e amizades feitas nas estradas. E também muitos apuros. Marcele, por exemplo, conta que, por causa do cabelo curto, já foi confundida com um homem no banheiro feminino e ameaçada por um marido-caminhoneiro com um facão na mão. Elas também passaram por muitos momentos de tensão por conta das condições precárias de muitas estradas, relata Elizabeth.

- Publicidade -

“Fiz muita viagem com meus filhos. No Nordeste, muitas pontes eram apenas troncos de árvore. Eu mandava os meus filhos descerem do caminhão e ficar esperando do outro lado da ponte. E, dizia: se a mãe cair, não se apavorem”, conta Elizabeth que começou a dirigir aos 16 anos para ajudar o irmão a “puxar” madeira.

Na lista de desejos para o futuro, um é a unanimidade; muitas das caminhoneiras querem comprar o próprio caminhão. Mas, um sonho ganha destaque. Maria Simone teve o gosto por caminhões despertado enquanto viajava com o marido. Hoje, além de dirigir pelas estradas, encontra tempo para participar de provas de perícia, com muito sucesso. E, o desejo é chegar ainda mais longe.

“Hoje, o meu principal desejo é ter mais caminhões e constituir uma frota. Pois, o sustento da minha família vem da estrada. Nas horas vagas, eu gosto de participar de competições e gincanas. A adrenalina vai a mil. Mas, o grande sonho mesmo é participar da competição Paris-Dakar. Quem sabe um dia o sonho não vira realidade”, diz a caminhoneira.

No calendário e na agenda, a história de cada uma das 12 caminhoneiras será contada através de um poema individual, especialmente escrito com base nos relatos pessoais.

Ficha Técnica

Calendário TortugaJaneiro – Rosangela da Silva – 30 anos – Natural de Curitiba/PR

Fevereiro – Flávia Stein – 28 anos – Natural de Curitiba/PR

Março – Maria Goretti – Natural de Lages/SC

Abril – Veridiana Henning – 29 anos – Natural de Rio Negro/PR

Maio – Iracema Celestina – 59 anos – Natural de Palmeiras das Missões/RS

Junho – Maria Simone Speranseta – 37 anos – Natural de Adrianópolis/PR

Julho – Patrícia Concheski – 37 anos – Natural de Curitiba/PR

Agosto – Tânia Maria Huçulak – 32 anos – Natural de Curitiba/PR

Setembro – Elizabeth Lima – 52 anos – Natural de Vacarias/RS

Outubro – Selma Aparecida – 28 anos – Natural de Ibaiti/PR

Novembro – Marcele Brambila – 31 anos – Natural de Campo Mourão/PR

Dezembro – Ivana do Carmo – 38 anos – Natural de Curitiba / PR

Matérias relacionadas

Ofertas Peugeot 208

Mais recentes

Clínica de Serviços Chevrolet

Destaques Mecânica Online

Com a Volvo rumo ao Zero Acidentes – Itapemirim

Avaliação MecOn

FIAT na mão