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Engatando a 7ª

Virado o século, a Mercedes-Benz viu BMW e Audi, antes distantes, aproximar de seus números de venda. Pesquisou e concluiu, a sua imagem sóbria, careta, desviava consumidores jovens aos concorrentes.

Mudou o estilo, avançou sem futurismos, agregou novos itens confortos. Deu certo mundialmente, e outras características Mercedes, como a brutal resistência e a preocupação com assistência técnica implementaram vendas.

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No Brasil cresceu 37% ao ano desde 2004. Pretende Dimitri Psilakis, diretor de automóveis, vender 10 mil Mercedes neste ano, expandir 100 % desde 2009.

Como usual, no meio do ciclo de vida, o Classe C passou por alterações para chamar atenções dos interessados.

Grande mudança frontal, grupo óptico, grade, para choques, e total mudança no interior, com re arranjo de espaços, evolução do painel e instrumentação, possibilidade de sistemas como a facilidade para o estacionamento, tela com GPS, mapas brasileiros e instruções em português – de lá -, interação com o exterior.

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Perceptível aos sentidos é o desenvolvimento do motor e seu casamento com a caixa hidráulica com sete velocidades.

Os motores, recém evoluídos com sistema de injeção direta + turbo, produzem elevada cavalagem relativamente à cilindrada.

As versões com motor de 4 cilindros, 180 – 156 cv -, 200 – 184 cv e o V6 250 – 204 cv – tem torque e potência bem aproveitadas pelas novas sete marchas da confortável transmissão.

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O bom resultado não é apenas dinâmico, pela disposição em andar, mas ecológico pelas emissões reduzidas, e de baixo consumo.

Em padrão europeu, apenas citado, o 180 faz mais de 15 km/litro. Na prática o bom torque em baixas rotações permite a automática troca de marchas, rodar em baixos giros e conseqüente baixo consumo.

Entretanto, demandando reações, premindo o acelerador, as reduções se procedem e o automóvel reage rápido e suave na passagem das marchas.

Para 2012 a linha foi simplificada em cinco produtos: 180 apenas Classic, de entrada, projetando-se 60% das escolhas. Relativamente ao modelo 2010, em fim de estoque, é menos equipado – a regulagem de curso dos bancos dianteiros é manual.

Glauci Toniato, nova superintendente de marketing de automóveis, entende que isto não reduzirá vendas. Crê, na compra de um Mercedes novo, para os novos clientes a realização de um sonho, o importante não é o olho do dono para o interior do Mercedes, mas a visão dos de fora à sua passagem … Boa avaliação. Acima, 200 Avant Garde, superior em decoração e confortos.

E, ótima combinação, o novo 250. Nele a transmissão melhor aproveita torque e potencia do motor de seis cilindros em “V”.

A diferença de 48 cv a mais relativamente ao 180 é exponencial, mas não a tornará a mais vendida, apesar de cobrar baratos R$ 1.770 para cada um dos bons cavalos alemães. Para ele, como para o 200, calcula-se 20% das escolhas.

Na lista, superlativo, pontual, peremptório, um dos melhores sedãs esportivos da atualidade, o C AMG 63, motor V8, bi turbo, 457 cv e a monumentalidade de aproximados 60 kgmf de torque – um carro 1.0 tem menos de 10 kgmf de torque.

Mercedes-Benz Classe Cmotor   cvR$
180 CGI Classic4L          156116.900
200 CGI Avant Guarde4L          184156.900
250 CGIV6          204191.900
AMG 63V8          457202.000 (USD$)

Organizar e re-nacionalizar? – Regra antiga, ensinada pela vida: para explicar alguma coisa, chame um homem. Para faze-la, convoque uma mulher.

Pelo que se vê, Dona Dilma Roussef, no. 1 do Brasil, se irritou com as posturas de Dona Cristina Kirschner, sua equivalente na Argentina, quanto à criativa flexibilidade interpretativa nas regras de convívio comercial do Mercosul. E pisou na automática liberação das importações.

Consequencia legal da medida administrativa, estende-la a todas as importações, incluindo as provenientes do México, com quem o Brasil tem acordo de isenção alfandegária, e peças e às demais, submetidas a impostos.

Resultado prático, Dona Cristina não falou com Dona Dilma por saber inócua a ligação; não marcou um chá no Planalto com receio de falta de agenda pela anfitriã; iniciou bailado diplomático: encontro de embaixador com ministro; secretários com secretários; ministros com ministros.

Coisa para, pelo menos, dois meses de atividades, novos ajustes, juras de admiração e respeito eternos – até a próxima crise.

Há pontos claros, como o botar ordem nas relações com o Mercosul. O Brasil, díspar na relação econômica, na gestão Lula de excessiva leniência com parceiros e vizinhos, das firulas inventadas pelos argentinos, até a tomada da refinaria da Petrobrás na Bolívia, tratadas com afago em lugar de indignação.

Mas há itens pouco explicados, sobre a extensão do ato de delongar a emissão das licenças de importação a todos os países. José Luiz Gandini, presidente da Kia, importando 100 mil veículos neste ano, e da Abeiva, a associação dos importadores, acha necessário ver o que acontecerá. Homem do interior, só tem medo de onça – e não do urro. Vai esperá-la.

Qual a instigação da freada ?É para travar os argentinos ? É para proteger as montadoras aqui instaladas vendando comparação com os importados ? É para auditar importações e seu valor ? É para equilibrar a balança comercial no setor, hoje em US$ 1,9B contra US$ 790M em 2010 ?

Um pouco de tudo. Entretanto, o maior problema não é o medido com a régua de hoje, mas com o telescópio do futuro.

Não está na atual importação de carros dos países sem acordo – Alemanha, Japão, Espanha, França, China. Mas na crescente desnacionalização interna, por uso de partes importadas, gerando queda na produção local.

Comparação alarmante e para tocar o alarme no governo, hoje, por exemplo, na montadora CAOA e seus produtos, o caminhãozinho HR e o velho Tucson, há menos nacionalização em operações industriais e peças do que na montagem de Dodges e Chrysler pela Brasmotor ao fim dos anos ´40 e início dos ´50, antes do presidente JK criar o GEIA e implantar a indústria automobilística brasileira.

Roda-a-Roda – Fusão – Entesourada e em processo de megalomania, a matriz alemã da Volkswagen ofertou US$ 20B – uns R$ 34B – pela patrícia MAN Caminhões e Motores, 3º. fabricante mundial de caminhões, e aqui, dona da antiga VW Caminhões e Ônibus. Tem 30% da MAN e quer fazer sinergia com a sueca Scania, controlada por ela.

Ainda – À venda o Citroën C3 2012. Líder de vendas na marca, quase 200 mil unidades. Mantém as versões 1.4; 1.6; XTR e a opção de transmissão hidráulica.

Detalhes de decoração para marcar: faróis, rodas, interior, acionamento elétrico para vidros, espelhos externos. Parte dos R$ 37.990.

Dúvida – O lançamento, próxima semana, do novo C3 Picasso, versão do Aircross, sonhada alavanca para elevar vendas em 20% e conquistar 3,5% do mercado, não tomará vendas ao C3 atual ? Rogério Franco, interface da Citroën com a imprensa diz não, centrando o objetivo do C3 Picasso acima, no concorrer com Fiat Ideia, GM Meriva, VW Spacefox.

Efeito JAC – Completos, a nova safra de produtos chineses, puxados pelos JAC, geraram o previsto pela Coluna: sacudiu a indústria local. Forçou melhor equipar seus veículos e baixar preços em médios R$ 3 mil.

Ford Fiesta, Renault Sandero estão nesta oficialmente, e as outras marcas criam bônus a concessionários para flexibilizar descontos.

Lançamentos – Fiat confirma o Freemont, sua versão para o Dodge Journey, lançado ao início de agosto. Em setembro o Fiat 500. Ambos mexicanos e menos equipados, e preços sonhados: R$ 70 mil e R$ 46 mil.

Acredite – No primeiro trimestre deste ano a gaúcha Marcopolo, agora multi nacional, produziu 6.852 ônibus – cerca de 100 unidades diárias. Uns dois quilômetros de ônibus por dia!

Oportunidade – “Como o Brasil pode aproveitar a Década Mundial de Ações de Trânsito ?” É o pretende traçar o Forum Volvo-OHL, tradicional e maior evento nacional de trânsito em Brasília, 15 de junho. Autoridades, o australiano Eric Howard, consultor em projetos nesta área, e Pere Navarro, que reduziu à metade a mortalidade no trânsito na Espanha

Trato – Após comprar a famosa Meguiar´s e seus produtos de primeira linha para trato e conservação de veículos, a 3M inicia divulgá-la, com promessas de aparência de carro de exposição nos veículos normais.
Saber mais ? www.meguiars.com.br.

Nacionais – A Kawasaki incluiu Versys e Z1000 em sua montagem na Zona Franca de Manaus, AM. Metade dos 18 modelos da marca: Ninja 250R, ER-6N, Ninja 540R,Z750, Vulcan 900, Custom e Classic LT.

Papo – Diz texto da CAOA, montadora de Hyundais, ter construído a primeira fábrica no Brasil com capital nacional. Inverdade. O foram a Gurgel, a Puma e, recentemente, a Mitsubishi. Pródiga em inverdades, é a única montadora punida pelo Conar, o Conselho de Publicidade.

Vrum – Programa de qualidade e competência, o VRUM do SBT mudou de horário, agora às 8h30 de domingo.

Especialidade – Loja conceito no circuito de Interlagos, SP, a U|Racer implanta sistema de franquias. Quer 32 em cinco anos. Justifica pela paixão nacional pela velocidade, a diversidade de campeonatos, as quase duas centenas de corridas. A fim ? www.uracer.com.br

Mimo – Disponibiliza por download calendário mensal para fundo de tela, no www.hbnet.com.br/uracer_maio.jpg

Ecologia – Fabricando sete modelos de scooters elétricos, a Kasinski desenvolve Posto de Reabastecimento gracioso para os usuários. Placa fotoelétrica de 3m2 capta luz solar transformando-a em corrente elétrica.

Antigos – Montadoras brasileiras desprezam sua história. Nenhuma preservou a primeira unidade produzida – exceto Mercedes com os Classe A primeiro e último e caminhão 312. A Mitsubishi, reúne os carros que fizeram a história dos Souza Ramos.

Agora, a Kia acaba de restaurar a primeira unidade vendida no país, caminhãozinho Ceres, 4×4, carroceria basculante. No caminho do bom exemplo.

Gente – Fabiano Severo, 28, jornalista, novo caminho. OOOO Trocou redação por assessoria na Volkswagen: interface técnica. OOOOCélia Murgel, jornalista, re-eleita presidente da Abiauto, associação que reúne jornalistas especializados em automóvel.

OOOO Consequencia de gestão que ampliou o espectro institucional e elevou, por ações concretas, o relevo da entidade. OOOO

E a Fiat volta aos EUA – Início de 2009 a Fiat assumiu 35% das ações da Chrysler LCC por conta de sua expertise gerencial e compromisso de produzir nos EUA motores e veículos com menores consumo e emissões. Detém tecnologia de vanguarda nesta área, e a reversão num corajoso processo interno para vitorioso crescimento, foi dado empresarial para o acordo de gestão da Chrysler.

Sua chegada aos EUA iniciará pelo apuro mecânico destes veículos, e o primeiro Fiat a marcar sua volta aos EUA será o Novo 500, em 2011.

O vocábulo “volta” está correto. Não se refere apenas à saída do mercado norte-americano em 1982, mas a fato histórico de pouco conhecimento: a produção de Fiats made in USA entre 1908 e 1924.

Forte em projetos, a montadora italiana implantou enorme fábrica às margens do Rio Hudson, na pequena Poughkeepsie, 120 km de Nova Iorque.

Ali fez leque de produtos da série Tipo e o Fiacre, primeiro destinado ao serviço de taxis, com habitáculo protegido, à época uma das referências da vibrante cidade.

O pós I Guerra Mundial incrementou o crescimento da Fiat, a criação de mecanismos de financiamento, a produção em larga escala reduzindo custos, a ascensão do fundador Giovanni Agnelli como CEO, e a chegada de Mussolini ao poder, mudaram o foco da companhia.

Recolheu a visão de internacionalização, fechou operações na Austrália, na Rússia e, em 1924, encerrou sua produção norte-americana. Um ano antes do nascimento da Chrysler. Centrada na Itália, voltou-se aos carros menores, ávaros em consumo, seu conceito mundial.

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