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Retração na indústria automotiva: cenário difícil para o primeiro trimestre

Os resultados da indústria automobilística em fevereiro e no primeiro bimestre do ano foram revelados pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores, Anfavea, na quinta-feira, 5, em São Paulo. Os dados apontam ligeira retração de 2,3% na produção de autoveículos ao se comparar as 200,1 mil unidades produzidas no segundo mês de 2015 com as 204,8 mil de janeiro.

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A comparação com fevereiro do ano passado, que registrou 281,6 mil, mostra redução de 28,9%, enquanto o acumulado de 2015 contra 2014 foi 22% menor. Para Luiz Moan Yabiku Junior, presidente da Anfavea, o cenário extremamente difícil projetado para o primeiro trimestre está se confirmando:

“Em fevereiro tivemos menos dias úteis em razão da celebração do Carnaval em todo o País, sendo que no ano passado as festividades foram realizadas em março. Contudo, não há dúvidas de que os ajustes atuais, aliado ao aumento do IPI no início do ano, têm impactado diretamente a confiança do consumidor, comprovando a tese de que teremos um primeiro trimestre extremamente complexo”.

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O licenciamento de autoveículos nos primeiros dois meses do ano – 439,8 mil unidades – caiu 23,1% frente as 572,0 mil unidades registradas no mesmo período de 2014. A análise mensal mostra que os 185,9 mil autoveículos comercializados em fevereiro representam queda de 28,3% sobre fevereiro anterior e 26,7% ante janeiro deste ano.

Nas exportações houve resultado expressivo de 91,8% de crescimento na comparação de fevereiro com janeiro – 31,3 mil contra 16,3 mil – e de 9,2% com relação as 28,6 mil de fevereiro de 2014. Em contrapartida, no resultado acumulado a queda é de 7,2%: 47,6 mil unidades deixaram as fronteiras brasileiras em 2015, enquanto no ano passado 51,2 mil já haviam saído do País.

Veículos pesados – O panorama também é complexo para os veículos pesados. No segmento de caminhões a produção de 16,2 mil unidades no primeiro bimestre de 2015 significa redução de 43,9% sobre as 29,0 mil de igual período de 2014. Apenas em fevereiro foram fabricados 7,8 mil caminhões, baixa de 48,7% contra fevereiro do ano passado e de 7,8% sobre janeiro.

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No licenciamento a queda é de 50,3% no comparativo dos meses de fevereiro deste ano e do anterior – 5,2 mil unidades versus 10,4 mil – e de 32,5% ante as 7,7 mil do primeiro mês de 2015. O desempenho acumulado deste ano está 39,4% menor: 12,9 mil unidades contra 21,2 mil licenciadas em 2014.

As exportações seguem a tendência de baixa, apesar de fevereiro ter registrado alta de 22,2% em relação a janeiro: a comparação dos dois primeiros meses de 2015 e de 2014 mostra que as 2,6 mil unidades deste ano estão 11,1% abaixo das 2,9 mil do ano passado. No caso do segmento de ônibus, há estabilidade ao se comparar as 733 unidades exportadas nos dois meses transcorridos deste ano com as 746 do primeiro bimestre de 2014.

Já no licenciamento as 1,5 mil unidades de fevereiro estão em queda tanto com relação as 1,9 mil de janeiro quanto com as 2,8 mil de fevereiro do ano passado – 18,5% e 44,5% respectivamente. O acumulado do bimestre de 2015, com 3,4 mil, está 24,2% mais baixo do que as 4,5 mil dos primeiros dois meses de 2014.

A produção de chassis apresentou aumento de 15,5% de janeiro para fevereiro – 2,5 mil no primeiro mês contra 2,9 mil no segundo –, mas queda de 23,5% na comparação dos meses de fevereiro deste ano e do anterior. Com o resultado, o acumulado aponta redução de 13,4% entre 2015 e 2014: 5,4 mil contra 6,2 mil.

Máquinas autopropulsadas – A produção de máquinas agrícolas e rodoviárias registrou acréscimo de 3,1% na comparação das 4,8 mil unidades de fevereiro contra as 4,6 mil de janeiro, mas decréscimo de 38,2% no confronto com as 7,7 mil do segundo mês de 2014. Na soma dos dois primeiros meses de 2015 foram produzidas 9,4 mil máquinas, resultado 27,4% menor do que as 12,9 mil de igual período do ano passado.

Nas vendas internas no atacado também houve alta, de 10,3%, na comparação das 3,7 mil unidades de fevereiro com as 3,3 de janeiro, mas a queda com relação as 5,6 mil de fevereiro do ano anterior é de 34,1%. No período acumulado também há retração: 2015, com 7,0 mil, está 24,9% menor do que as 9,4 mil de 2014.

As exportações de máquinas ascenderam 49,4% quando confrontadas as 826 unidades de fevereiro com as 553 de janeiro, mas caíram 20,7% frente 1,0 mil de fevereiro de 2014. Já a retração na comparação dos primeiros bimestres é de 13,8% – foram 1,4 mil este ano e 1,6 mil no ano passado.

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